Autoconhecimento

Santo Agostinho e o autoconhecimento
Assim como sei que sou, sei também que me conheço.
Agostinho – Astrid Sayegh

Toda a trajetória humana consiste em uma busca progressiva de respostas, na qual o homem procura superar a si mesmo em meio aos conflitos existenciais em direção à almejada verdade libertadora. Efetivamente, importa em um primeiro momento questionar: como se chegar a essa verdade? E ainda, o que é a verdade?

Ao se questionar qual o meio prático mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir ao arrastamento do mal, Santo Agostinho responde em “O Livro dos Espíritos”: Um sábio da Antigüidade vos disse: “Conhece-te a ti mesmo”. Tal aforismo, já inscrito no oráculo de Delfos, nos leva inicialmente a entender que a libertação e alegria do Espírito não consistem em um estado, mas em um processo de busca da verdade em si mesmo, o qual define-se, consoante a pedagogia socrática, em dois momentos: “a ironia e a maiêutica”.

Planeta Terra, nossa casa

Um dos arquétipos mais palpitantes da psique humana é a Casa. Não significa apenas o prédio de tijolos onde habitamos com nossa família, mas ela expressa a nossa necessidade de aconchego, de proteção, de ternura, que sentimos no âmago do ser. A Casa simboliza o amor que nos liga profundamente aos familiares e aos amigos queridos aos quais nos vinculamos pelos laços sagrados do coração.


Representa, também, segurança, conforto, tranqüilidade e é também um refúgio doce e terno que nos protege das intempéries, dos perigos, da solidão. É o ninho acolhedor, pleno de calor, no qual nos unimos às pessoas que amamos. A Casa nos fornece orientação, equilíbrio e harmonia. Sabemos que no final do dia um abrigo aconchegante nos abrirá seus braços e poderemos adormecer em paz.

O planeta Terra é a nossa Casa. Ele nos hospeda com amor e nos oferece o seu regaço de mãe. Como avezinha implume, chegamos um dia com frio, amedrontados, frágeis e este Lar nos acolheu, oferecendo-nos proteção, alimento e as experiências necessárias ao nosso crescimento físico, mental e espiritual.

Homicídios espirituais

Uma revelação importante que os espíritos trouxeram aos homens é a que diz respeito à influência que aqueles exercem sobre estes. A uma pergunta que lhes foi feita, os habitantes do mundo invisível disseram que influem nos atos humanos muito mais do que se possa pensar por aqui, na Terra.

Essa revelação espantosa, da qual boa parte dos homens sequer suspeita, está contida em “O Livro dos Espíritos”, obra produzida pelos próprios espíritos e coordenada por Allan Kardec, depois de muita observação e estudos criteriosos. Estes seres do outro mundo chegaram a afirmar que essa influência é tal, que “muito frequentemente são eles que nos dirigem”.

DEUS

O primeiro desafio que temos a enfrentar quando ousamos entender Deus, é o da limitação. É do senso lógico que o limitado não abrange o ilimitado. A parte não absorve o todo. O relativo não se sobrepõe ao absoluto, nem o finito descreve
com plenitude o infinito.

Alguém pode pensar simploriamente que uma gota do oceano seja capaz de lhe desvendar os mistérios. Concordamos em parte que sim. A essência, os elementos químicos formadores de suas moléculas, algumas formas de vida nela existentes, as transformações relativas aos fenômenos físico-químicos poderiam fornecer pálida idéia do conjunto formado pelo oceano.

Pensamentos: o alimento da alma

Recordando o Evangelho, bússola mora pela qual devemos sempre nos mirar, sejamos nós espíritas ou não, Jesus lançou-nos um desafio fundamental para alcançarmos, um dia, a  tão desejada felicidade plena, muito distante ainda deste mundo de dores excruciantes e sofrimentos lancinantes no qual presentemente estagiamos, ou seja: “Sede perfeitos como é perfeito o PAI que está no céu”. (Mateus 5: 48)

Como é missão do Espiritismo moderno o sublime papel de agente transformador das consciências humanas rumo a tal desiderato, é imprescindível examinarmos, portanto, à luz dos seus ensinamentos como tem sido o teor dos nossos pensamentos, objetivo deste ensaio.

Posto isso, cumpre inicialmente destacar que o pensamento é algo tão vital que o Espírito Joanna de Ângelis esclarece, na obra “Atitudes renovadas”, que “a força dinâmica geradora e mantenedora do universo é o Divino Pensamento”.

A obsessão e o delinqüente

A influencia da Obsessão na Ação do Delinqüente
Espiritismo e Criminologia de Deolindo Amorim

Pode a obsessão privar o individuo do exercício da vontade? Ela pode levar alguém à prática de um crime? Assim como um Espírito obsessor pode causar perturbações orgânicas de consequências imprevisíveis, também pode, em determinadas situações, forçar o indivíduo a fazer o que não quer, como pode, finalmente, induzi-lo a praticar um ato criminoso.

A obsessão é uma forma de constrangimento, e varia muito, de acordo com a resistência que o individuo possa oferecer à sugestão e aos contatos do Espírito desencarnado. Ensina Kardec que: “A obsessão apresenta caracteres diversos, que é preciso distinguir e que resultam do grau de constrangimento e da natureza dos efeitos que produz”.