O homem Jesus

Dezembro é um mês muito especial. Como são todos os meses de dezembro. As casas, as ruas, as avenidas se enchem de luzes. Cantos, cantigas, dramatizações do nascimento de uma criança singular se reprisam em escolas, templos e associações.

Em nome de um menino, os corações se sensibilizam e cada qual procura tornar muito bom o dia do Natal. Eclodem emoções. E ante tanta sensibilidade que desfila ao longo desses dias, é de nos indagarmos: Quem é essa criança cujo nascimento é evocado, mesmo após decorridos mais de vinte séculos da sua morte?



Porque afinal, costumamos comemorar o aniversário na terra dos que estão conosco. Depois que realizam a grande viagem, rumo ao invisível, nós lembramos outras datas. Mas ninguém pensa em realizar festa de aniversário para aquele que já se foi.

E outro detalhe muito significativo. No dia em que se comemora o aniversário dessa criança, quem recebe os presentes são os que promovem a festa, numa alegre troca de embrulhos, lembranças e mimos.

A Doutrina de Sócrates e Platão

I. O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação ela existia unida aos tipos primordiais, às idéias da verdade, do bem e do belo; encarnando, separou-se deles, e, lembrando-se do seu passado ela fica mais ou menos atormentada pelo desejo de a ele voltar.

Não se pode explicar mais claramente a diferença e a independência entre o princípio inteligente, ou seja, a alma, e o princípio material, isto é, o corpo.


Além disso, é a doutrina da preexistência da alma, da vaga intuição que ela conserva de um outro mundo ao qual ela aspira, da sua sobrevivência ao corpo, da sua saída do mundo espiritual para encarnar e da sua volta a esse mesmo mundo após a morte, é, enfim, o gérmen da doutrina dos anjos decaídos.