Miramez – Capítulo 83 do Livro Médiuns

O Evangelho de Jesus Cristo

Mas é necessário que primeiro o Evangelho seja
pregado a todas as Nações. (Marcos, 13:10)

Nos ensinos do Cristo se encontra uma gama infinita de conhecimentos, assimiláveis de acordo com a evolução de cada alma. Para quem já se  converteu à caridade e se esforça no amor, é mais fácil falar as dimensões do saber evangélico, que se perde na eternidade.

O anúncio das verdades espirituais, feitos por Jesus, foi uma misericórdia de Deus à humanidade. Nós, antes do Mestre, éramos como frutos pendentes ao amadurecimento, sem o devido conhecimento da nossa utilidade.

Libertação – André Luiz

Operações seletivas – Ovóides
Libertação – André Luiz

O Perispírito de todos os que aí se enclausuravam, pacientes e expectadores, mostrava a mesma opacidade do corpo físico. Os estigmas da velhice, da moléstia e do desencanto, que perseguem a experiência humana, ali triunfavam, perfeitos...

Gúbio estampou na fisionomia significativa expressão e ajuntou: Quem se atreveria a nomear um anjo de amor para exercer o papel de carrasco?

Ao demais, como acontece na Crosta Planetária, cada posição, além da morte, é ocupada por aquele que a deseja e procura. Vagueei o olhar, em derredor, e confrangeu-se me toda a alma.

Fluidos & Miasmas Deletérios

1. Qualidade dos Fluidos

Os fluidos em si são neutros. Os tipos de pensamentos e sentimentos do espírito é que lhes imprime determinadas características.

Sendo assim, do mesmo jeito que existe a água pura ou impura para consumo, a pureza ou impureza dos sentimentos do emissor dos fluidos é que determinará a qualidades boa ou má dos fluidos, através da vibração.

Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável. Lembrando que bom e mau dependem do uso do pensamento.

Centros Vitais ou Centros de Força (Chakras)

1. - Perispírito

Envolvendo o gérmen de um fruto, há o “Perisperma”; do mesmo modo, uma substância que, por comparação, se pode chamar “Perispírito”, serve de envoltório ao espírito propriamente dito. (O Livro dos Espíritos de Allan Kardec).

Por ter sido um termo criado por Kardec, creio que todos admitimos que ninguém melhor que ele para definir perispírito: É o órgão sensitivo do espírito por meio do qual este percebe coisas espirituais que escapam aos sentidos corpóreos.

O espírito vê, ouve e sente, por todo o seu ser, tudo o que se encontra na esfera de irradiação do seu fluido perispíritico”. (A Gênese de Allan Kardec).

Miramez – Capítulo 82 do livro Médiuns

Kardec é um Prisma

Porque antes de tudo, estou informado haver divisões entre vós
quando vos reunis na igreja; e eu em parte o creio.
(I Coríntios, 11:18)

Somente Deus é a Luz da totalidade da vida. Todos os missionários disseminados no mundo são raios do Entendimento Maior. Mesmo em se falando da Terra, esse átomo em comparação ao infinito, algum dia vai ter um só pastor e um só e um só rebanho.

Todavia, vai demorar. As distonias existentes nos lares, nas igrejas e nas nações mostram que, se ainda não conseguimos harmonizar, a própria casa física, que nos serve de roupagem, como viver em plena coerência com a humanidade?

Bem aventurados – Por Irmão X

Bem aventurados – Por Irmão X

E respondendo ao companheiro que lhe havia solicitado a tradução do Sermão do Monte, em linguagem moderna, o velhinho amigo deteve-se no capítulo cinco do Apóstolo Mateus, e falou, com voz cheia e vibrante:

Bem-aventurados os pobres de ambições escuras, de sonhos vãos, de projetos vazios e de ilusões desvairadas, que vivem construindo o bem com o pouco que possuem, ajudando em silêncio, sem a mania da glorificação pessoal, atentos à vontade do Senhor e distraídos das exigências da personalidade, porque viverão sem novos débitos, no rumo do Céu que lhes abrirá as portas de ouro, segundo os ditames sublimes da evolução.

Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também

Testemunho diferente - Richard Simonetti

Relata o Capítulo 5º dos "Atos dos Apóstolos", livro do Novo Testamento que descreve as atividades iniciais da igreja cristã, que a simpatia de que desfrutavam Simão Pedro e seus companheiros, em Jerusalém, em face do piedoso trabalho que realizavam na Casa do Caminho, despertou a ira dos senhores do Sinédrio, que os prenderam e submeteram ao açoite.

Depois os soltaram, ordenando-lhes que nunca mais falassem de Jesus. Registram os versículos 41 e 42: "E eles se retiraram do Sinédrio, regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse nome. E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e pregar a Jesus, o Cristo."

A fé religiosa - Condição da fé inabalável

A fé religiosa - Condição da fé inabalável
Capítulo XIX - Evangelho segundo o Espiritismo

6. Sob o ponto de vista religioso, a fé é a crença nos dogmas particulares que constituem as diferentes religiões, e todas as religiões têm seus artigos de fé.

Quanto à fé, ela pode ser raciocinada ou cega. A fé cega nada examina, aceita sem controle o falso como o verdadeiro, e se choca, a cada passo, com a evidência e a razão; levada ao excesso, ela produz o fanatismo.

Princípio inteligente e Matéria inteligente


Princípio inteligente e matéria “inteligente”
Adams Auni

A Gênese, Cap. XI, Princípio Espiritual, item 5 - São a mesma coisa o princípio espiritual e o princípio vital? Partindo, como sempre, da observação dos fatos, diremos que, se o princípio vital fosse inseparável do princípio inteligente, haveria certa razão para que os confundíssemos.

É cabível se admita que a vida orgânica reside num princípio inerente à matéria, independente da vida espiritual, que é inerente ao Espírito.

Ora, desde que a matéria tem uma vitalidade independente do Espírito e que o Espírito tem uma vitalidade independente da matéria, evidente se torna que essa dupla vitalidade repousa em dois princípios diferentes.

Miramez – Capítulo 81 do livro Médiuns

Só Eu estou certo!

Portanto és indesculpável quando julgas, ó homem, quem quer que seja;
porque no que julgas o outro, a ti mesmo te condenas;
pois praticas as próprias contas que condenas.
(Romanos, 2:1)

Comumente condenamos aquilo que ainda temos que reparar em nós mesmos. Pensar que somente nós estamos certos é o meio mais fácil de errar.

Não existe perfeição, nem que as virtudes de todos os homens se congreguem. Debatemo-nos ainda em faixa evolutiva inferior, cada um carecendo muito do outro, mas muito.

As Bem-Aventuranças e Carl Gustav Jung

Uma Visão Psicológica das Bem-Aventuranças
Centro Espírita Celeiro de Luz

Jesus tinha uma profunda consciência da realidade da psique. Moisés reconhecia a realidade das Escrituras, quando nos deixou os Dez Mandamentos, promulgados no Monte Sinai; esses eram apropriados aos costumes e ao caráter do povo.

Jesus reconheceu a realidade dos estados psíquicos interiores, onde falava em forma de parábola para que a mensagem penetrasse na mente dos homens com maior facilidade, mexesse com os seus interiores e sentissem vontade de renovar-se de acordo com as novas informações adquiridas.

A lei de amor

A lei de amor - Capítulo XI do
Evangelho segundo o Espiritismo

O amor resume inteiramente a Doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso alcançado.

Na sua origem o homem só tem instintos, mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o ponto mais delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar da palavra, mas o sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas.

A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; ela extingue as misérias sociais. Feliz aquele que, indo além da sua humanidade, ama com um amor generoso os seus irmãos em sofrimento; feliz aquele que ama, porque não conhece nem a angústia da alma, nem a do corpo; seus pés são ligeiros e ele vive como transportado fora de si mesmo.

Quando Jesus pronunciou essa palavra divina: amor, ela fez os povos estremecerem, e os mártires, inebriados de esperança, desceram ao circo.

Por sua vez, o Espiritismo vem dizer uma segunda palavra do alfabeto divino; ficai atentos, porque essa palavra levanta a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação triunfando sobre a morte, revela ao homem deslumbrado o seu patrimônio intelectual; não é mais aos suplícios que ela o conduz, mas à conquista do seu ser, elevado e transfigurado.

O sangue resgatou o espírito, e o espírito deve hoje resgatar o homem da matéria. Eu disse que, no seu início, o homem só tem instintos, portanto aquele em que os instintos dominam está mais perto do ponto de partida do que do objetivo a alcançar.

Para avançar em direção ao objetivo é preciso vencer os instintos em proveito dos sentimentos, isto é, aperfeiçoar estes últimos, reprimindo os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; eles trazem consigo o progresso, como a semente que encerra em si o carvalho; e os seres menos avançados são aqueles que, se despojando apenas lentamente das suas crisálidas, permanecem escravos dos instintos.

O espírito deve ser cultivado assim como a terra, toda a riqueza futura depende do trabalho presente, e mais do que bens terrestres ele vos dará: a gloriosa elevação.

É então que, compreendendo a lei de amor que une todos os seres, buscareis nela os suaves prazeres da alma que são o prelúdio das alegrias celestes. (Lázaro. Paris, 1862.)

A Reforma Protestante

A Reforma protestante
Revista Cristã de Espiritismo.

A burguesia que se formava na Europa do século XIV tinha reivindicações muito claras para dar continuidade ao florescimento comercial das cidades: liberdade de locomoção pessoal, liberdade de comércio, liberdade de ofício.

Essas reivindicações chocavam-se frontalmente com as estruturas medievais mantidas pelo Sacro Império Romano Germânico e pela Igreja Católica.

Os camponeses não podiam locomover-se de uma região para outra sem o consentimento da nobreza e do clero, viviam presos à terra em que trabalhavam. Eram exigidos impostos e dízimos e o destino profissional de cada um era determinado pelas classes dominantes.

Havia toda uma estrutura religiosa e ideológica que impedia o desenvolvimento de novas tendências.
A Igreja opunha-se ao direito de enriquecimento, aliadas a reis e príncipes que também deveriam render tributos ao Papado e ao Sacro Império.

Foi nesse ambiente que despontaram as idéias da resistência nacional contra a Igreja Católica, sugerindo uma reforma de costumes religiosos e morais. Do ponto de vista ideológico religioso, a luta contra o Papado desenvolveu-se num movimento que ficaria conhecido como “Reforma”.

As
primeiras idéias de Reforma já eram conhecidas na Inglaterra do século XIV, época em que os camponeses livres perderam suas terras. Entre os agitadores, geralmente concentrados em Oxford, liderados por John Wycliffe, estudante de teologia que propunha uma volta à economia coletiva e a defesa de uma Igreja pobre e pura.

A ação de Wycliffe, transformou-se num grande movimento social que estimulou as insurreições camponesas em 1381. Considerado herege pelo Sínodo de Lion, entretanto, suas teorias encontraram eco por toda a Europa, notadamente na Bohemia, enclave do Sacro Império Romano Germânico, onde o estudante de teologia John Huss seria intérprete das tendências anticlericais.

As obras de John Huss, principalmente escritas em theco, fizeram dele um herói nacional da Bohemia, onde o patriotismo theco se fortaleceu com suas doutrinas reformadoras baseadas em Wycliffe.

Foi excomungado pelo Papa Alexandre V e queimado vivo por sentença do Concílio de Constança, apesar de um salvo conduto que lhe havia dado o imperador Sigsmundo.

Teve suas cinzas lançadas no Rio Reno. Sua vida e seu martírio foram considerados decisivos para o posterior desenvolvimento do luteranismo na Alemanha, onde no início do século XVI o espírito religioso da sua população era muito mais arraigado do que no resto da Europa.

Martinho Lutero

Em vista disso, o
Papa Leão X escolheu a Alemanha para vender as indulgências, entretanto, não tardaria, o movimento de revolta em que todas as insatisfações, tanto da nobreza quanto do campesinato, desembocariam num ataque frontal à Igreja.

O intérprete da oposição às autoridades eclesiásticas foi um monge agostiniano, pouco conhecido, que em 31 de outubro de 1517, afixou na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg seus pensamentos na forma de 95 Teses, rebelando-se contra a prática de indulgências, embora não negasse diretamente ao Papa o direito de concedê-las.

As teses de
Martinho Lutero eram profundamente acadêmicas e não tratavam de todos os problemas religiosos da época, além disso, não representavam tudo aquilo que o luteranismo desenvolveria no futuro.

O reformador já havia encontrado um novo caminho teológico, fundamentado no estudo da Epístola aos Romanos, do apóstolo Paulo. O monge procurava compreender o significado do Evangelho e da salvação pela fé, em oposição à doutrina corrente, que afirmava ser o pecado vencido pelas obras.

Para Lutero, a salvação significava muito mais: era um dom gratuito que emanava do poder de Deus e transmitia paz à alma e confiança plena.

Piedade filial - Em homenagem ao dia das mães!

Piedade Filial - Capítulo XIV
Evangelho segundo o Espiritismo

3. O mandamento Honrai vosso pai e vossa mãe”; é uma conseqüência da lei geral de caridade e de amor ao próximo, porque não se pode amar o próximo sem amar nosso pai e nossa mãe; mas a palavra honrai contém um dever a mais com relação a eles: o da piedade filial.

Com essas palavras Deus quis mostrar que ao amor é preciso juntar o respeito, os cuidados, a submissão e a condescendência, o que resulta na obrigação de se ter para com eles, de uma forma mais rigorosa ainda, o procedimento determinado pela caridade em relação ao próximo.

Esse dever naturalmente se aplica às pessoas que estão no lugar de pai e de mãe, e que tanto mais mérito terão, quanto menos obrigatório for o seu devotamento. Deus pune sempre, de uma forma rigorosa, toda violação desse mandamento.

Honrar pai e mãe não é somente respeitá-los, é também assisti-los nas suas necessidades; é proporcionar-lhes repouso na sua velhice; é cercá-los de solicitude, como eles fizeram conosco em nossa infância.

Origem do dia das Mães




Hoje vou contar pra vocês quem inventou o Dia das Mães. É uma história muito bonita, mas o final faz a gente pensar...




Há muitos anos atrás, em 1864 nascera Anna Jarvis, em Virgínea nos Estados Unidos. Era uma moça muito bonita que vivia muito bem com sua mãe, viúva, e sua irmã mais nova que era cega.

Apesar de serem só as três, viviam felizes, pois se amavam e não tinham problemas com dinheiro.

Mas,
em 1905, sua mãe morreu. Anna ficou muito, muito triste. Sentia muita falta de sua mãe. Tinha uma linda casa, cuidava bem de sua irmã, mas sofria de saudades de sua mãe.

Então,
num belo dia, teve a idéia de criar um dia para as mães! Sugeriu a idéia ao prefeito Reyburn de Filadélfia (onde ela passou a morar).
 

Miramez – Capítulo 80 do livro Médiuns

Auto análise

Examine-se, pois, o homem a si mesmo,
e assim coma do pão e beba do cálice. (I Coríntios, 11:28)

Não somos andróides como pensam alguns, mas Espíritos conscientes, mais ou menos, da vontade de Deus, pelos canais da lei. Examinar a nós mesmos, de vez em quando, é ouvir o tribunal da própria consciência, e querer escolher o melhor.

Se pensamos muito na nossa liberdade, naquilo que podemos fazer, o que os nossos impulsos determinarem, lembremo-nos até que ponto essa liberdade começa a prejudicar os outros.

Se somos impetuosos por natureza, de maneira a não tolerarmos obediência aos outros, tenhamos um pouco de cuidado: o mundo não foi feito da maneira como gostaríamos que fosse.

Nem as coisas, nem os Espíritos fogem à educação e à disciplina. Andamos na dimensão a que pertencemos, em pleno arrocho, pois esse é o processo evolutivo que a soberania divina determinou para nós, de todos os planos da Terra.

Podemos ficar irritados se quisermos ir contra certos preceitos já firmados, como certos para a nossa paz, e pensar, falar e fazer o que bem entendermos, mesmo que a consciência não aprove ou fuja da moral evangélica. Todavia, é de lei que respondamos pelos desastres que cometermos.

A projeção e as formas-pensamento

A projeção e as formas-pensamento

Por Victor Rebelo


Há alguns anos atrás passei por algumas dificuldades, tanto na área financeira quanto no campo afetivo. Foi uma fase muito difícil da minha vida, porém, analisando a fundo tudo o que estava passando e buscando despertar minha consciência, soube canalizar forças e superar minhas dificuldades


Para isso, contei com a ajuda de irmãos espirituais que estiveram ao meu lado, não como “babás espirituais”, mas como amigos dispostos a me orientar e amparar, sem a intenção paternalista de percorrer o caminho que só cabe a mim percorrer.

Entre estes espíritos amigos, está um que se apresentou como sendo o exu Sr. Tranca-Ruas. Certa noite, já de madrugada, despertei projetado fora do corpo físico, no corredor da minha casa, que liga a sala com a cozinha.

Antes que pudesse pensar em fazer qualquer coisa, algo me chamou a atenção no fundo do corredor. Era uma forma monstruosa, parecida com aquele fantasma verde do filme Ghostbusters – Os caça-fantasmas!

Ela veio voando na minha direção e me atravessou. Olhei para trás e vi outro monstro, parecido com o primeiro, que também voou na minha direção, me atravessando.

Pensei, então: – Meu Deus, são espíritos obsessores! Estou sendo assediado. Imediatamente, comecei a rezar o Pai Nosso, mas não consegui terminar. Aqueles monstros não paravam de voar, atravessando meu perispírito, fazendo caretas e me provocando no intuito de me assustar.

E estavam conseguindo! Recomecei a orar, e nada de conseguir terminar a prece. Então, não tem jeito! – pensei. Preciso pedir auxílio a algum guardião!


Em torno do Cristianismo - Cairbar Schutel

Em torno do Cristianismo
Cairbar Schutel – abril de 1934
Revista Internacional de Espiritismo

O Cristianismo veio abrir à humanidade um vasto campo de estudo e de observação. Lendo-se, com atenção, o Novo Testamento, vê-se muito bem que o escopo principal de Jesus, longe de querer fundar uma religião, teve por fim incutir nos seus discípulos e ouvintes a idéia de uma vida intérmina que resiste às injunções da destruição.

As “bem-aventuranças”, excelentes exortações de esperança e consolação com que Ele erguia o ânimo abatido dos sofredores e desprotegidos da sorte, os Seus feitos maravilhosos de curas, os Seus prodígios na manipulação dos pães e dos peixes, no deserto, seja a transformação da água em vinho, nas bodas de Caná, todos esses fatos assinalam muito bem os poderes psíquicos de que Ele era dotado, poderes esses que se desenvolvem atualmente nos homens e se acham magnificamente catalogados no “Livro dos Médiuns” e constituem o apanágio das almas que têm suas vistas voltadas para as coisas espirituais.

Em todos os seus discursos e exortações à multidão que o cercava,
Jesus não Se esquecia de anunciar o Seu principal ponto de vista, que Ele resumia muito bem, na seguinte sentença: “O mandamento que eu trouxe do Pai é Vida Eterna; e eu, segundo o meu modo de ver pessoalmente, vos afirmo, porque tenho conhecimento pleno, de que há Vida Eterna”.

Esse divino preceito, emanado de seus lábios puríssimos,
foi plenamente demonstrado depois pelo incomparável Missionário, com as Suas aparições e manifestações depois da morte, fenômenos transcendentes que, pode-se dizer, constituem a base fundamental da Sua Doutrina, o alicerce indestrutível da Sua Palavra.

A Imortalidade, para Jesus, constitui a grande luz, cujas sublimes irradiações se estendem ao passado, projetando-se numa trama maravilhosa, em coloridos mosaicos, pela senda da perfectibilidade de ascendentes estâncias felicitantes, que nos estão reservadas. Assim têm compreendido todos os grandes homens que estudam e perquirem o porquê da vida, o motivo das peripécias por que passamos na Terra.

É muito natural e lógico que,
existindo um Ser Superior, Autor da nossa vida, não poderia Ele nos criar a não ser para um fim útil de eterna existência e de incessante progresso, para apreciarmos e tomarmos parte na grande obra Universal, com as suas luzes e sons cambiantes, formando a maravilha dos mundos, que, como disse o Senhor, são as Suas múltiplas moradas.

Continuador, agora, da grande Doutrina Cristã, o Espiritismo,
desdobrando-se em fatos que podem ser estudados e examinados por todos, vem prender a atenção do mundo inteiro, novamente, para a Doutrina da Imortalidade, base principal de toda a ciência, de toda a religião e de toda a organização social.

Os fenômenos psíquicos e sensoriais hodiernos, produzidos como têm sido, com certa intensidade, vêm assinalar, como outrora,
o nascimento de uma era nova para a humanidade, tão desviada da fé, do amor e da sabedoria.

Estes fatos, como os que cimentaram o Cristianismo, não têm caráter milagroso e sobrenatural, como lhes pretendem dar os sacerdotes das seitas oficiais, cujos dogmas e sacramentos têm desvirtuado a essência da idéia Cristã, têm desnaturado, por completo, a Doutrina Imaculada do Filho de Deus.