Parasitoses Físicas

Embora o júbilo que a todos nos dominava, após as excelentes experiências de que participamos na clínica psiquiátrica, mantivemos silencio e reflexão, durante o transcurso da jornada em direção do nosso campo de repouso, em face da quantidade de material para pensar.

A alienação mental, sob qualquer aspecto considerada, não deixa de ser áspera provação necessária ao restabelecimento da paz no Espírito rebelde. A perda do raciocínio e a incapacidade de exercer o autocontrole geram no individuo situações calamitosas, desagradáveis, infelizes.


Se as pessoas saudáveis se permitissem visitar, periodicamente que fossem, alguma clínica psiquiátrica ou mesmo outras encarregadas de atender portadores de enfermidades degenerativas como Parkinson, Alzheimer, câncer, hanseníase, é muito provável que se dessem conta da vulnerabilidade do corpo físico e dos seus processos de desorganização, optando por diferente conduta mental e moral.

Igualdade – Ave Luz

André, irmão de Pedro, também de Betsaida, era pescador de profissão, como seu irmão. Nascera naquela aldeia sob o beneplácito estrutural da religião judaica, modelada pelo famoso profeta judeu-egípcio Moisés, escolhido entre milhões para compor o livro mais conhecido do mundo, no qual todas as religiões, ou quase todas, se baseiam.

Todos os escritores consultam esse livro, ou quase todos. Todas as nações o respeitam, ou quase todas. Todas as leis da Terra nele se assentam, ou quase todas. O próprio Moisés talvez não imaginasse a fama que esse livro sagrado poderia dar a seu nome, nem que as escrituras fossem servir de ponto indicativo das pregações do grande Messias.


André de Betsaida tinha um caráter formado nesse ambiente que tinha como lei central os dez mandamentos, para que todos pudessem disciplinar seus impulsos por eles, amando a Deus para amar ao próximo. André, quando conheceu Jesus, já era discípulo de João, o Batista.

Matrimônio e divórcio

Poderíamos receber algumas noções acerca do matrimônio, bem como do divórcio no Plano Físico, examinados espiritualmente? Nas esferas elevadas, as almas superiores identificam motivo de honra no serviço de amparo aos companheiros menos evoluídos que estagiam nos planos inferiores.

Não podemos olvidar que, na Terra, o matrimônio pode assumir aspectos variados, objetivando múltiplos fins. Em razão disso, acidentalmente, o homem ou a mulher, encarnados podem experimentar o casamento terrestre diversas vezes, sem encontrar a companhia das almas afins com as quais realizariam a união ideal.


Isso porque, comumente, é preciso resgatar essa ou aquela dívida que contraímos com a energia sexual, aplicada de maneira infeliz ante os princípios de causa e efeito.

Aborto criminoso

Reconhecendo-se que os crimes do aborto provocada criminosamente surgem, em esmagadora maioria, nas classes mais responsáveis da comunidade terrestre, como identificar o trabalho expiatório que lhes diz respeito, se passam quase totalmente despercebidas da justiça humana?

Temos no Plano Terrestre cada povo com o seu código penal apropriado à evolução em que se encontra; mas, considerando o Universo em sua totalidade como Reino Divino, vamos encontrar o Bem do Criador para todas as criaturas, como Lei básica, cujas transgressões deliberadas são corrigidas no próprio infrator, com o objetivo natural de conseguir-se, em cada círculo de trabalho no Campo Cósmico, o máximo de equilíbrio o com respeito máximo aos direitos alheios, dentro da mínima pena.


Atendendo-se, no entanto, a que a Justiça Perfeita se eleva, indefectível, sobre o Perfeito Amor, no hausto de Deus em nos que movemos e existimos, toda reparação, perante a Lei básica a que nos reportamos, se realiza em termos de vida eterna e não segundo a vida fragmentária que conhecemos na encarnação humana.

Desencarne

O que significa para o Espírito, o desencarne? Para o espírito, a morte significa Liberdade.  A vida do Espírito é eterna; a do corpo é transitória, passageira. Quando o corpo morre, a alma retorna à vida eterna.

Morte ou Desencarne? Para ajudar a esclarecer esse assunto, é preciso antes de tudo, conhecermos o significado dos termos morte e desencarne para o Espiritismo. A morte é o fim da vida do corpo físico, ocorre quando o corpo, natural ou forçadamente, não tem mais condições de se manter vivo.


O desencarne é o processo de desligamento do Espírito (seu corpo espiritual ou períspirito), do seu corpo físico. É para o espírito, início de uma nova oportunidade para que se cumpra a Lei do Progresso, que é uma das leis de Deus.

A disciplina do pensamento – 2 parte

Vivemos numa época de anemia intelectual, que é causada pela raridade dos estudos sérios, pela procura abusiva da palavra pela palavra, da forma enfeitada e oca, e, principalmente, pela insuficiência dos educadores da mocidade. Apliquemo-nos a obras mais substanciais, a tudo o que pode esclarecer-nos a respeito das leis profundas da vida e facilitar nossa evolução.

Pouco a pouco, edificar-se-ão em nós uma inteligência e uma consciência mais fortes e nosso corpo fluídico iluminar-se-á com os reflexos de um pensamento elevado e puro. Dissemos que a alma oculta profundezas onde o pensamento raras vezes desce, porque mil objetos externos ocupam-no incessantemente.


Sua superfície, como a do mar, é muitas vezes agitada; mas por baixo se estendem regiões inacessíveis às tempestades. Aí dormem as potências ocultas, que esperam nosso chamamento para emergirem e aparecerem. O chamamento raras vezes se faz ouvir e o homem agita-se em sua indigência, ignorante dos tesouros inapreciáveis que nele repousam.

A disciplina do pensamento – 1 parte

O pensamento, dizíamos, é criador. Não atua somente em torno de nós, influenciando nossos semelhantes para o bem ou para o mal; atua principalmente em nós; gera nossas palavras, nossas ações e, com ele, construímos, dia a dia, o edifício grandioso ou miserável de nossa vida presente e futura.

Modelamos nossa alma e seu invólucro com os nossos pensamentos; estes produzem formas, imagens que se imprimem na matéria sutil, de que o corpo fluídico é composto. Assim, pouco a pouco, nosso ser povoa-se de formas frívolas ou austeras, graciosas ou terríveis, grosseiras ou sublimes; a alma se enobrece, embeleza ou cria uma atmosfera de fealdade.


Segundo o ideal a que visa, a chama interior aviva-se ou obscurece-se. Não há assunto mais importante que o estudo do pensamento, seus poderes e sua ação. É a causa inicial de nossa elevação ou de nosso rebaixamento; prepara todas as descobertas da Ciência, todas as maravilhas da Arte, mas também todas as misérias e todas as vergonhas da humanidade.

Nossos filhos não são nossos

Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos, para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem.

Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e de medo de perder algo tão amado. Perder? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo de DEUS. (José Saramago)


Quem são nossos filhos? Nossos filhos são espíritos que foram atraídos ao agrupamento familiar, através dos laços da simpatia ou antipatia, dependendo das necessidades cármicas.

Remorso

Melhor é resolver as questões e não protelar reconciliações, enquanto é tempo. Muitas pessoas imaginam que não há grandes diferenças entre remorso e o arrependimento.

No livro “Aborto à Luz do Espiritismo”, Eliseu Florentino da Mota Jr. Escreve que “dentre as causas determinantes das anomalias psíquicas é induvidoso que o remorso assume especial relevância, porquanto, ao contrário do arrependimento, que é o primeiro passo para a reabilitação diante de um erro cometido, ele determina o surgimento do complexo de culpa, levando a pessoa que eventualmente tenha errado a crises nervosas, chegando mesmo à loucura”.


Dessa forma, podemos entender claramente essa diferença, deixando para reflexão o quanto o remorso é prejudicial para o indivíduo. Sempre nos questionamos quando deixamos alguma questão mal resolvida ou de não se ter uma reconciliação – isto acontece quando o nosso desafeto venha a falecer.

Numa cidade estranha

Após a travessia de várias regiões, “em descida”, com escalas por diversos postos e instituições socorristas, penetramos vasto domínio de sombras. A claridade solar jazia diferençada. Fumo cinzento cobria o céu em toda a sua extensão. A volitação fácil se fizera impossível.

A vegetação exibia aspecto sinistro e angustiado. As árvores não se vestiam de folhagem farta e os galhos, quase secos, davam a ideia de braços erguidos em súplicas dolorosas. Aves agoureiras, de grande tamanho, de uma espécie que poderá ser situada entre os corvídeos crocitavam em surdina, semelhando-se a pequenos monstros alados espiando presas ocultas.


O que mais contristava, porém, não era o quadro desolador, mais ou menos semelhante a outros de meu conhecimento, e, sim, os apelos cortantes que provinham dos charcos. Gemidos tipicamente humanos eram pronunciados em todos os tons.

Renovação

As revelações dos Espíritos convidam naturalmente a ideais mais elevados, a propósitos mais edificantes. Para as inteligências realmente dispostas à renunciação da animalidade, são elas, sublime incentivo à renovação interior, modificando a estrutura fluídica do ambiente mental que lhes é próprio.

Se a civilização exige o desbravamento da mata virgem, para que cidades educadas surjam sobre o solo e para que estradas se rasguem soberanas, é indispensável a eliminação de todos os obstáculos, à custa do sacrifício daqueles que devotam ao apostolado do progresso.


A Humanidade atual, em seu aspecto coletivo, considerada mentalmente, ainda é a floresta escura, povoada de monstruosidades.

Companheiro – Ave Luz

Simão Pedro Bar-Jonas, natural de Betsaida, conhecedor profundo do sistema de trabalho mais amigo, talvez o mais antigo do mundo, que é a pesca, era homem simples e bondoso, porém, quando irritado, enérgico e, por vezes, violento.

Passados alguns minutos, arrependia-se de sua reação, chegando até as lágrimas. Os seus sentimentos variavam como as ondas do mar. Tinha muitas amizades por todas as redondezas. Seu irmão André o assessorava na pesca e era quem contemporizava com ele em certas discussões.


Pedro fechava o cenho por meras brincadeiras e sorria por um simples olhar. Eis alguns traços do apóstolo Pedro, o primeiro a ter o privilégio de ouvir o “segue-me” de Jesus.

O Perispírito e as mortes prematuras

Na problemática do aborto imagina-te ansiado pelo ingresso em determinada oficina, de cujo salário e experiência necessitas para efeito de aperfeiçoamento e promoção. Alcançando-a pelo concurso de mãos amigas, alimentas a melhor esperança. Em tudo, votos de paz e renovação aguardando o futuro.

Entretanto, ainda nesta hipótese, observas-te em profundo abatimento, incapaz de comandar a própria situação. Assemelhas-te ao enfermo exausto, sem recursos para te garantires e sem palavra que te exprima, suplicando em silêncio a compaixão e a bondade daqueles aos quais a sabedoria te confiou a necessidade por algum tempo e a quem prometes reconhecimento e veneração.


Mentalizado semelhante painel reflete no desapontamento e na dor que te tomariam de assalto se te visses inesperadamente debaixo de fria e descaridosa expulsão, a pancadas de instrumentos cortantes ou a jatos de venenosos agentes químicos. Nessas circunstâncias, que sentimentos te caracterizariam a reação? (Mensagem de Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier)

Técnica da Mediunidade – 5 parte

Parte I – Plano Físico – Eletricidade

Assim, teórica e praticamente observamos a transmutação das ideias de um ser para outro, no ponto exato da transformação das ondas. Mas restanos ainda ver o processo da comunicação propriamente dita.

Transmissão e Recepção: O mecanismo de comunicação (transmissão e recepção) do rádio obedece, em linhas gerais simplificadas ao seguinte:

1º estágio: A Pessoa fala, produzindo ondas acústicas; estas ferem o microfone, fazendolhe vibrar a lâmina, que transmite essas ondas em corrente variável a uma válvula amplificadora.

Esta aumenta muito os sinais e os envia ao aparelho transmissor, que as transforma em ondas hertzianas, fixandolhes a frequência; e a potência, modulandoas e lançandoas pela torre de transmissão.


2º estágio: As ondas hertzianas correm pelo ar atmosférico e batem em todas as antenas, penetrando todos os ambientes, tenham ou não aparelhos receptores: a atmosfera terrestre está permanentemente saturada de ondas hertzianas provenientes de todas as estações transmissoras do globo.

3º estágio: Um aparelho especializado (receptor) recebe todas essas ondas. Mas o ouvinte escolhe, por meio de seu condensador variável, qual das ondas ele quer ouvir.

Nada de novo...

O vácuo absoluto existe em alguma parte no Espaço universal? Não, não há o vácuo. O que te parece vazio está ocupado por matéria que te escapa aos sentidos e aos instrumentos. (Allan Kardec. O livro dos espíritos, q. 36)


Adeptos há da Doutrina Espírita que rejeitam, até hoje, a versão ultimamente muito ventilada pelos Espíritos desencarnados, por meio de obras ditadas psicograficamente, de um mundo material, invisível aos olhos carnais, mundo esse vibrátil e intenso, no qual existirá, em estado aperfeiçoado, ampliado até a vertigem, muito do que na Terra existe.


Respeitamos, certamente, a opinião dos refratários a essa revelação, visto que, se é dever de qualquer cidadão respeitar opiniões alheias, ao espírita, com muito maior razão, assistirá o dever de consideração à opinião do próximo, ainda quando antagônica ao seu modo de ver e pensar.

Resiliência na Visão Espírita

Um acidente com uma lancha, faz uma professora de 33 anos, passar por uma trágica situação. Teve suas pernas decepadas. Hoje está treinando para andar com as pernas artificiais. Seis meses após o acidente, a professora mantém o otimismo. Perguntada sobre a origem desse ânimo ela confessa não saber que tinha toda essa força.

Atribui a Deus e ao apoio da família e conta que no início, foi ela quem deu força para o marido e os filhos. Decidira não viver lamentando o que perdera e sim o que ganhara, ou seja, a “vida”. Estar viva para ela foi uma vitória, ainda que sem as pernas.


Mas o que esse fato tem a ver com a resiliência do título? A resiliência é caracterizada por um conjunto de atitudes adotadas pelo ser humano para resistir aos embates da vida. O conceito se destaca exatamente pela capacidade do indivíduo dar a volta por cima das situações de risco e voltar “transformado”, crescendo com a experiência.

Evolução do princípio espiritual

Não sabemos ainda como se deu a criação do espírito, pois a sua geração pela vontade suprema do Criador perde-se na eternidade, numa época em que a consciência espiritual se escondia na intimidade da mônada divina, recém-criada e individualizada e ainda sem noção de si mesma, por se encontrar na fase inicial de sua evolução.

Eis a dificuldade dos espíritos em localizar, num tempo que se dilata na eternidade, a sua criação e as formas pelas quais vieram a existir.


Sabemos, no entanto, que esse princípio inteligente, ou mônada, iniciou suas experiências revestindo-se da matéria primordial ou fluido cósmico, passando por etapas sucessivas de materialização e desmaterialização, até atingir vibratoriamente a união com a matéria mais grosseira e bruta do plano físico, em processos de despertamento de suas qualidades adormecidas, ainda incompreensíveis para a humanidade.

Técnica da Mediunidade – 4 parte

Parte I – Plano Físico – Eletricidade

Além da intensidade da corrente, e da resistência que a ela opõe o condutor, encontramos outras especialidades a estudar.

Potencial: A diferença de pressão elétrica entre uma ponta do fio e a outra extremidade determina o potencial elétrico da corrente. Medese esse potencial pela unidade volt. Então, 1 volt é a diferença de potencial que produzirá 1 ampère de corrente, através de 1 ohm de resistência.

Logicamente, quanto maior a diferença entre os dois extremos do condutor, maior a voltagem. E é exatamente essa diferença de potencial que faz com que a corrente flua ou caminhe, do lado mais forte para o mais fraco, (geralmente chamado “terra”).


Então, numa corrente de 120 volts, precisamos de uma resistência de 120 ohms, para termos uma corrente de 1 ampère. Temos duas maneiras de “ligar” uma corrente a elementos isolados.

A Música Espírita

Recentemente, na sede da Sociedade Espírita de Paris, o Presidente fez-me a honra de pedira minha opinião sobre o estado atual da música e sobre as modificações que poderiam me trazer a influência das crenças espiritas. Se não acedi em seguida a esse benevolente e simpático apelo, crede bem, senhores, que só uma causa maior motivou a minha abstenção.

Os músicos, ai! São homens como os outros, mais homens talvez, e, a esse título, são falíveis e pecáveis. Eu não fui isento de fraquezas, e se Deus me fez a vida longa a fim de dar o tempo de me arrepender, a embriaguez do sucesso, a complacência dos amigos, as adulações dos cortesãos, freqüentemente, me arrebataram o meio.


Um maestro é uma força, neste mundo onde o prazer desempenha um papel tão grande. Aquele cuja arte consiste em seduzir o ouvido, em abrandar o coração, vê muitas armadilhas serem criadas sob seus passos, e ele nelas cai, o infeliz! Ele se embriaga com a embriaguez dos outros; os aplausos lhe tapam os ouvidos, e ele vai direto ao abismo sem procurar um ponto de apoio para resistir ao arrastamento.

Formação dos mundos

Na formação do planeta Terra, juntamente com outros mundos dispersos pelo espaço, foram estruturados também elementos etéricos, que constituíram a forma fluídica dos mundos. A matéria primitiva e a dela derivada vibram em vários campos ou dimensões.

Na formação do planeta, sob a amorável orientação da consciência cósmica de Jesus, foram também estruturadas as várias camadas dimensionais que compõem a realidade energética dos mundos. Os espíritos processam sua evolução ao longo dos milênios tanto na parte mais densa ou física quanto na parte extrafísica, que constitui a realidade energética da criação.


Tanto a parte física ou materializada como as dimensões paralelas que circundam as crostas dos mundos dispersos na amplidão estão estuantes de vida e movimento, constituindo campo abençoado de aprendizado para as consciências em processo de evolução. Interpenetrando-se e irradiando-se a partir da matéria densa que constitui os mundos ou planetas materiais, outros mundos existem, estruturados em matéria sutil, imperceptíveis ainda pelos instrumentos da tecnologia humana.

Entre os dois mundos

Diariamente mergulham na névoa carnal milhares de Espíritos abençoados pela sublime dádiva do recomeço. Simultaneamente, milhares de outros abandonam o casulo físico, carregando as experiências que vivenciaram durante o trânsito orgânico.

Enquanto uma verdadeira multidão desce ao proscênio terrestre para desenvolver os valores que jazem no âmago do ser, compacta massa humana retorna ao porto de origem, concluídos (ou não) os compromissos que assumiram antes do renascimento.


Espíritos imortais que somos, jornadeamos em sucessivas experiências fisiológicas, saindo do primarismo de onde procedemos no rumo da plenitude que nos está destinada. Atavicamente dependentes das afeições e das atitudes desenvolvidas, quase sempre repetimos os processos a que nos amoldamos, sem grandes estímulos para o prosseguimento.

Técnica da Mediunidade – 3 parte

Parte I – Plano Físico - Eletricidade

Corrente Direta: A corrente direta (também chamada contínua), é a que corre de um lado para outro do fio, sempre na mesma direção; ou seja, os elétrons entram por um lado do fio e saem pelo outro lado.

Segundo a convenção entre os cientistas, eles caminham do polo negativo para o polo positivo (embora o certo seja o contrário: mas os nomes dados aos polos foram errados desde o início, e os cientistas ainda não quiseram consertar as coisas, não se sabe por que).


Corrente Alternada: Na corrente alternada os elétrons não caminham, mas simplesmente se agitam, sem sair do mesmo lugar. E como a vibração é um vaivém constante, para a direita e para a esquerda, dizemos que a direção da corrente é alternada.

Abastecimento: Para que haja uma corrente, de qualquer tipo, é indispensável que os fios estejam ligados a um abastecedor, seja ele um acumulador, uma bateria ou um gerador de eletricidade.

Além da morte

O reino da vida, além da morte, não é domicílio do milagre. Passa o corpo, em trânsito para a natureza inferior que lhe atrai os componentes, entretanto, a alma continua na posição evolutiva em que se encontra. Cada inteligência apenas consegue alcançar a periferia do círculo de valores e imagens dos quais se faz o centro gerador.

Ninguém pode viver em situação que ainda não concebe. Dentro da nossa capacidade de auto projeção, erguem-se os nossos limites. Em suma, cada ser apenas atinge a vida, até onde possa chegar a onda do pensamento que lhe é próprio. A mente primitivista de um mono, transposto o limiar da morte, continua presa aos interesses da furna que lhe consolidou os hábitos instintivos.


O índio desencarnado dificilmente ultrapassa o âmbito da floresta que lhe acariciou a existência. Assim também, na vastíssima fauna social das nações, cada criatura dita civilizada, além do sepulcro, circunscreve-se ao círculo das concepções que, mentalmente, pode abranger. A residência da alma permanece situada no manancial de seus próprios pensamentos. Estamos naturalmente ligados às nossas criações.

A Grécia

Entre os povos de iniciativa, nenhum há cuja missão se manifeste com maior brilho do que o da Hélade. A Grécia iniciou a Europa em todos os esplendores do belo. De sua mão aberta saiu a, civilização ocidental, e o seu gênio de vinte séculos atrás ainda hoje se irradia sobre as nações.

Por isso é que, apesar de seus desmembramentos, de suas lutas intestinas, de sua queda final, ela tem sido admirada em todas as épocas. A Grécia soube traduzir, em linguagem clara, as belezas obscuras da sabedoria oriental. Exprimiu-as a princípio com o adjutório dessas duas harmonias celestes que tornou humanas: a Música e a Poesia.


Orfeu e Homero foram os primeiros que fizeram ouvir seus acordes à terra embevecida. Mais tarde, esse ritmo, essa harmonia que o gênio nascente da Grécia havia introduzido na palavra e no canto, Pitágoras, o iniciado dos templos egípcios, observou-os por toda parte do Universo, na marcha dos astros que se movem, futuras moradas da Humanidade, no seio dos espaços, na concordância dos três mundos, natural, humano e divino, que se sustentam, se equilibram, se completam, para produzirem a vida em sua corrente ascensional e em sua espiral infinita.

Solidariedade – Ave Luz

Simão, o Zelote, foi um discípulo diferente de todos os outros, mesmo diante da personalidade inquieta de Judas Iscariotes, que muitos escritores espiritualistas têm como um político sagaz e premeditador.

A verdade não era essa. A intenção de Judas era colocar Jesus como alvo de todas as atenções do mundo, para salvar efetivamente as criaturas, mas por meios que a consciência reta não aceitaria. Além disso, os planos do Evangelho estavam organizados pela consciência divina, e o amor seria a disposição poderosa do avanço espiritual, e não a violência, não o comércio, não as exigências.


Simão, o cananita, é que pertencia ao partido político nacionalista, idealizado por Judas, o galileu. Ele era uma das frentes de entusiasmo contra o jogo dos romanos. Era revoltado por ver seu povo carregando um peso exorbitante de tributos que iam para os cofres da águia impiedosa. Ainda mais, os romanos se classificavam como uma raça superior, pela posição que desfrutavam no reino que lhes pertencia pela força.

Técnica da Mediunidade – 2 parte

Parte I – Plano Físico - Eletricidade

Campo Elétrico: Denominamos assim a porção do espaço onde se realizam fenômenos elétricos, pela existência de uma corrente. A direção e a intensidade de um campo elétrico são dadas pelas linhas de força do campo.

Linha de Força: Linha de força representa um campo elétrico (ou magnético) cuja direção, em qualquer ponto é tangente à direção da força elétrica (ou do campo magnético) nesse ponto.


A linha de força é tangente em todos os pontos, à direção do campo. Mas o campo é percorrido por uma infinidade de linhas de força. Então, o número de linhas de força que atravessam uma superfície é dado, convencionalmente, pela intensidade do campo.

O Egito

As portas do deserto erguem-se os templos, os pilonos e as pirâmides, florestas de pedra debaixo de um céu de fogo. As esfinges, retraídas e sonhadoras, contemplam a planície, e as necrópoles, talhadas na rocha, abrem seus sólios profundos à margem do rio silencioso. É o Egito, terra estranha, livro venerável, no qual o homem moderno apenas começa a soletrar o mistério das idades, dos povos e das religiões.

A Índia, diz a maior parte dos orientalistas, comunicou ao Egito a sua civilização e a sua fé; outros, não menos eruditos, afirmam que, em época remota, já a terra de Ísis possuia suas próprias tradições. Estas são a herança de uma raça extinta, a vermelha, que ocupava todo o Continente austral, e que foi aniquilada por lutas formidáveis contra os brancos e por cataclismos geológicos.


A Esfinge de Gizé, anterior em vários milhares de anos à grande pirâmide, e levantada pelos vermelhos no ponto em que o Nilo se juntava então ao mar, é um dos raros monumentos que esses tempos remotos nos legaram.

Perturbações Espirituais

Vivemos num universo constituído de energia que se expressa em ondas, vibrações, mentes e ideias, condensando-se em matéria e voltando ao estágio inicial incessantemente. Nele tudo vibra, pois que não existe o repouso absoluto nem o absoluto caos. Aquilo que se nos apresenta como desordem obedece a princípios fundamentais geradores de futura harmonia.

Todo e qualquer movimento, emissão vibratória, por mais sutil, influencia o conjunto, nada havendo que não se encontre produzindo ressonância, à semelhança de uma sinfonia de incomparável beleza, cujo conjunto de instrumentos diferentes produz o encanto e a musicalidade perfeita.


A matéria, nesse indefinível oceano vibratório, é a energia condensada, que, após a vigência do seu ciclo, retorna ao campo de origem. O ser humano, durante o périplo carnal, é o princípio inteligente do Universo, desenvolvendo os sublimes tesouros que nele jazem adormecidos, e através de sucessivas reencarnações, atinge o estágio de vibração sublime, quando se torna Espírito iluminado.

Técnica da Mediunidade – 1 parte

Parte I – Plano Físico - Eletricidade

Primeiramente recordemos algumas definições, a fim de estabelecer entendimento dos termos que serão empregados.

Vibração: O que nos dá melhor ideia do que seja vibração, é ver o funcionamento de um pêndulo, com seu vai e vem característico. No pêndulo distinguimos: a) O momento de repouso ou de equilíbrio, quando ele se acha exatamente na vertical. b) Os pontos máximos, que ele atinge ao movimentarse.


Partindo daí, verificamos que a vibração pode ser: a) SIMPLES: que é o percurso de um ponto máximo A1 ao outro ponto máximo A2 ou b) DUPLA: que constitui a ida e volta (de A1 até A2 e de A2 até A1); a esta vibração dupla chamamos oscilação.

Período: Acontece que o pêndulo leva tempo em sua oscilação. Então, chamamos período o tempo de uma oscilação, medida em segundos. E para que a medida seja bastante precisa, costumamos dividir a oscilação em quatro partes, denominadas fases: 1ª fase (de A1 até B); 2ª fase (de B até A2); 3ª fase (de A2 até B); 4ª fase (de B até A1). (A posição B representa o pendulo na vertical)

Entendimento – Ave Luz

Natanael ou Bartolomeu figura como um dos doze discípulos de Jesus, homem atento ao trabalho, mesmo aquele que exigia suas mãos, sem pena de que as mesmas se tornassem grossas como os lajedos de Betsaida.

Era o companheiro de Simão Pedro nas porfiadas horas de pescaria, no famoso Mar da Galiléia. Era natural de Caná da Galiléia, aldeia famosa, das mais famosas do mundo na história do cristianismo, por servir de palco para o primeiro milagre de Jesus. Milagre ou fenômeno espiritual, como queiram.


Caná da Galiléia! Caná da Galiléia! Com expressão tão simples na urdidura habitacional da terra, fez com que o divino Mestre se visse atraído para uma das bodas mais importantes de todos os tempos, e lá, transformasse a água em vinho, abrindo o Evangelho dos fatos pela primeira vez, mostrando, com isso, que Ele era, verdadeiramente, Aquele que havia de vir.

Evolução e finalidade da Alma – parte 3

Cada alma humana é uma projeção do grande Foco Eterno e é isso o que consagra e assegura a fraternidade dos homens. Temos em nós os instintos animais, mais ou menos comprimidos pelo trabalho longo e pelas provas das existências passadas, e temos também a crisálida do anjo, do ser radioso e puro, que podemos vir a ser pela impulsão moral, pelas aspirações do coração e pelo sacrifício constante do “eu”.

Tocamos com os pés as profundezas sombrias do abismo e com a fronte as alturas fulgurantes do céu, o império glorioso dos Espíritos. Quando aplicamos o ouvido ao que se passa no fundo do nosso ser, ouvimos como o ruído de águas ocultas e tumultuosas, o fluxo e refluxo do mar agitado da personalidade que os vendavais da cólera, do egoísmo e do orgulho encapelam.


São as vozes da matéria, os chamamentos das baixas regiões, que nos atraem e influenciam ainda as nossas ações; mas podemos dominar essas influências com a vontade, podemos impor silêncio a essas vozes.

Evolução e finalidade da Alma – parte 2

O homem quis e a matéria submeteu-se. Ao seu gesto, os elementos inimigos, a água e o fogo, uniram-se rugindo e para ele têm trabalhado. É a lei do esforço, lei suprema, pela qual o ser, se afirma, triunfa e desenvolve-se; é a magnífica epopéia da História, a luta exterior que enche o mundo. A luta interior não é menos comovente.

De cada vez que renasce, terá o Espírito de ajeitar, de apropriar o novo invólucro material que lhe vai servir de morada e fazer dele um instrumento capaz de traduzir, de exprimir as concepções do seu gênio. Demasiadas vezes, porém, o instrumento resiste e o pensamento, desanimado, retrai-se, impotente para adelgaçar, para levantar o pesado fardo que o sufoca e aniquila.


Entretanto, pelo esforço acumulado, pela persistência dos pensamentos e dos desejos, apesar das decepções, das derrotas, através das existências renovadas, a alma consegue desenvolver as suas altas faculdades.

Doenças Espirituais

Todas as vezes que nosso corpo apresentar alguma doença, é sinal de que alguma coisa não está bem. A doença não é uma causa, é uma conseqüência proveniente das energias negativas que circulam por nossos organismos espiritual e material.

O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos. Possuímos energias que nos causam doenças porque somos indisciplinados mentalmente e emocionalmente.



No livro “Nos Domínios da Mediunidade”, André Luiz explica que assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais.