Tiago e João, dupla de homens, dupla de
discípulos, dupla que abriu e fechou o testemunho de fidelidade a Nosso Senhor
Jesus Cristo. A mulher de Zebedeu, certa feita, procura Jesus, conscientizada
de que ele era verdadeiramente o Messias anunciado pelos profetas. Com os seus
dois filhos do coração, pede ao Mestre, na sua ingenuidade, que João e Tiago
pudessem tomar lugar no reino que lhe pertencia, um à direita e outro à
esquerda. Jesus deu a entender que somente a Deus caberia aceitá-los ou não.
No entanto, responde com lealdade à mãe que
exagera no zelo pelos filhos: Será que eles poderão beber do cálice que eu vou
beber? Instintivamente, responderam os dois: Podemos! A história mostra-nos que
beberam e que o Pai Celestial permitiu, na figuração que lhe é própria, um à
esquerda do Mestre, e o outro à direita, só que não foi da maneira que a mãe
extremosa idealizava, mas como a vida achou mais acertado.
Tiago foi o primeiro mártir do colégio
apostolar, selando com o seu sangue a fidelidade e a gratidão pelo Mestre que
tanto prezava. Este figurou pela esquerda. E João foi o último dos doze que
selou o Evangelho com uma longa vida de disciplina e de dor, derramando maior
cota de amor pela humanidade, sorrindo nos caminhos difíceis, por ser fiel ao
seu Senhor.