Responsabilidade pessoal

Os povos cristãos vêm sendo instruídos, séculos após séculos, que “nossos primeiros pais” haviam sido criados justos, inocentes e imortais, mas que, por haverem cedido à tentação demoníaca, desobedecendo a Deus, perderam o estado de graça, foram expulsos do éden, tornaram-se ignorantes, propensos ao mal, expostos a toda sorte de misérias e condenados a morrer.

Essa culpa, conquanto pessoal, não prejudicou apenas Adão e Eva. Transmitindo-se a todos os seus descendentes, por geração natural, danificou todo o gênero humano, que nascendo já estigmatizado pelo erro, jamais poderia salvar-se por si mesmo.

Endemoniado Geraseno

Tendo atravessado o mar, desembarcaram no país dos Gerasenos e, mal Jesus descera da barca, veio ter com ele um homem possuído do espírito imundo, homem esse que ninguém conseguia dominar nem mesmo com correntes, pois muitas vezes estivera com ferros aos pés e preso por cadeias, os quebrara.

Vivia dia e noite nas montanhas e aos sepulcros, a gritar e a flagelar-se com pedras. Ao ver Jesus, de longe, correu para ele e o adorou, exclamando em altas vozes: Que tens tu comigo, Jesus, filho de Deus Altíssimo? Eu te suplico, não me atormentes. Isso porque Jesus lhe ordenava: Espírito imundo, sai desse homem. Perguntando-lhe Jesus: como, te chamas? respondeu: Chamo-me Legião, porque somos muitos.

A pregação de Estêvão

Compilado do livro Paulo e Estêvão
Emmanuel (espírito) Francisco C. Xavier

Saulo de Tarso e Sadoc entraram na igreja humilde de Jerusalém, notando a massa compacta de pobres e mise­ráveis que ali se aglomeravam com um raio de esperança nos olhos tristes. O pavilhão singelo, construído à custa de tantos sacrifícios, não passava de grande telheiro revestido de paredes frágeis, carente de todo e qualquer conforto.

Tiago, Pedro e João surpreenderam-se singularmente com a presença do jovem doutor da Lei, que se populari­zara na cidade pela sua oratória veemente e pelo acurado conhecimento das Escrituras.

Se alguém me Servir, meu Pai o Honrará

“Em verdade, em verdade vos digo: se um grão de trigo que cai na terra não morrer, ficará só; mas, se ele morrer, produzirá muito fruto. Quem ama a sua vida, perdê-la-á, e quem aborrece a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna.

Se alguém me quiser servir, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. Se alguém me servir, meu Pai o honrará”. (João, 12:24-26.)

Há que se distinguirem no homem duas coisas bem diferentes: a “individualidade e a personalidade”. Individualidade é a centelha emanada de Deus, cujo destino é evoluir do átomo ao infinito e a Personalidade é o conjunto de elementos psicossomáticos que caracterizam a pessoa, ou cada uma das encarnações da centelha espiritual.

Egoísmo

Palestra realizada no Centro Espírita
Paz, Luz e Harmonia – Anderson

É fato reconhecido que o egoísmo está na raiz dos diversos males sociais por que passa a humanidade. Os diversos conflitos de interesse, as diversas formas de escravizar o próximo para atingir determinados interesses, mesmo os mais vis, sejam materiais ou morais.

Sendo desta forma, importante ressaltar que o egoísmo, ao qual colocamos a culpa de inúmeros males, é apenas uma faceta de um mal maior, raiz, este sim, de muitas das desgraças já acontecidas à humanidade em todos os tempos: o orgulho, pai do egoísmo.

Retalhos

Conta-nos Malba Tahan, num dos seus formosos apólogos, como um homem que, tendo tido em suas mãos, por alguns minutos, o “Livro do Destino”, podendo destarte fazer-se rico e venturoso, ainda perdeu essa excepcional oportunidade que se lhe oferecera para o conseguir.

É que, ao se ver de posse do precioso livro, dispondo de tempo suficiente para escrever na página de sua vida tudo quanto desejasse para o seu bem-estar, esse homem, ao lembrar-se dos seus inimigos, tão preocupado ficou em fazer-lhes mal, que o tempo se escoou, surpreendendo-o esquecido de fazer o bem a si próprio.

Tormentos da obsessão

Compilado do livro Tormentos da Obsessão
Manoel P. de Miranda (espírito) e Divaldo P. Franco

Graças à valiosa contribuição científica do Es­piritismo no laboratório da mediunidade, constatan­do a sobrevivência do ser e o seu intercâmbio com as criaturas terrestres, a obsessão saiu do panteão místi­co para fazer parte do dia-a-dia de todos aqueles que pensam.

Enfermidade de origem moral, exige tera­pêutica específica radicada na transformação espiri­tual para melhor, de todos aqueles que lhe experi­mentam a incidência. Ocorre, no entanto, como é fácil de prever-se, que essa “psicopatologia”, qual suce­de com outras tantas, sempre apresenta, no paciente que a sofre, graves oposições para o seu tratamento.

O que todos devem saber

A estrutura dos seres organizados bem como o seu funcionamento revelam uma sabedoria inigualável. Quem estuda a engenharia do corpo humano em todos os seus detalhes não esconde a sua admiração pela beleza e perfeição da forma como a máquina humana foi montada.

A perfeição com que a matéria foi organizada induz a aceitar um princípio inteligente organizador. Tudo no universo nos leva a conceber uma inteligência superior. Por quê? É fácil entender. O conhecimento que o homem adquire no estudo das coisas e que lhe dá a característica de sábio não é maior do que a sabedoria que o objeto encerra, como por exemplo corpo humano e todas as coisas do universo.

A vida intra uterina e o espírito

Na vida embrionária (intra uterina) enquanto ocorre o desenvolvimento do corpo físico, o Espírito, ser pré-existente que começa o processo de ligação ao corpo em formação, não tem plena consciência da situação, mas as experiências que se passam nesse período ficam marcadas e são importantes na vida futura.

A reencarnação é resultado de um cuidadoso planejamento elaborado e conduzido pelos Espíritos Superiores onde,
na própria fecundação, há a seleção do espermatozóide mais apropriado para as experiências daquele Espírito que retorna à matéria, fruto desse projeto.

Hoje a moderna ciência confirma que não é o gameta masculino mais rápido, nem o mais qualificado, nem o primeiro que chega ao óvulo feminino que rompe a sua membrana e o fertiliza, mas aquele que é "energeticamente compatível". Isso ocorre porque é nesse momento que são determinadas as características genéticas e hereditárias necessárias ao aprendizado do ser que renasce.

A droga não liberta, escraviza

O uso de entorpecentes constitui um grande problema atual que preocupa pais, professores, médicos e autoridades, pelos terríveis malefícios que causam ao indivíduo, à família e à sociedade.

Como a droga leva, geralmente, ao vício e à dependência, o seu consumo é compulsório, independentemente da situação de cada um. Quem tem recursos adquire-a e quem não tem rouba para adquiri-la. A droga é adquirida e consumida a qualquer custo.

O problema se agrava com a necessidade premente que o dependente sente, porque possibilita um comércio rendoso e clandestino, que se impõe à força, de forma abusiva e prepotente.

O Perdão

Se perdoardes aos homens as faltas que cometerem contra vós, também vosso Pai Celestial vos perdoará os pecados, mas se não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, tampouco vosso Pai Celestial vos perdoará os pecados. (Mateus, 6:14-15.)

Na época em que o Mestre andou pela Terra espargindo as luzes do Evangelho, essa lição deve ter causado estranheza a muitos, habituados que estavam à prática do "olho por olho e dente por dente".

Não admira, pois ainda hoje há os que preferem nortear suas ações pelos velhos códigos de Moisés, achando que os preceitos de brandura e mansuetude, recomendados pelo Cristo, servem apenas para fazer covardes e vencidos.

O problema do mal

Desde as mais priscas eras o homem tem observado que, a par das boas coisas que tornam a vida deleitável, outras existem ou acontecem que são o reverso da medalha, isto é, só causam aflições, dores e prejuízos.

Foi, por isso, induzido a crer seja o governo do mundo partilhado por duas potestades rivais: Deus, fonte do Bem, e Satanás, agente do Mal. Essa crença nos dois princípios antagônicos em luta pela hegemonia foi e continua sendo a base das doutrinas religiosas de todos os povos.

Entre estes, a idéia de que uns se salvam e outros se perdem para todo o sempre é geral, havendo até quem afirme que o número dos perdidos é muito maior do que a cifra dos bem-aventurados. Quer isso dizer que o Mal seria mais forte que o Bem, e que Satanás estaria conseguindo derrotar a Deus, frustrando-Lhe os desígnios de salvação universal.