Crianças e nós

Muitos setores das ciências psicológicas asseveram que é indispensável preservar a criança contra a mínima coação, a fim de que venha se desenvolver sem traumas que lhe prejudicariam o futuro. Isso, no entanto, não significa que deva crescer sem orientação. Independência desregrada gera violência, tanto quanto violência gera independência desregrada.


Releguemos determinada obra arquitetônica ao descontrole e teremos para breve a caricatura do edifício que nos propúnhamos construir. Abandonemos a sementeira a si própria e a colheita se nos fará desencanto. Exigimos a instituição de um mundo melhor. Solicitamos a concretização da felicidade comum. Sonhamos com o levantamento da paz de todos. Esperamos o reino da fraternidade.


Como atingir, porém, semelhantes conquistas sem a criança no esquema do trabalho a realizar? Não mergulhará teus filhos nas ondas revoltas da ira quando a dificuldade sobrevenha, e sim não te omitirás no socorro preciso, sem deixá-lo à feição de barco desarvorado ao sabor do vento.

Amizade – Ave Luz

Judas Iscariotes é visto como um personagem traidor, na história do Cristianismo, por religiões que esquecem o cumprimento das profecias. Ele foi mais um instrumento para que o Evangelho se mostrasse vinculado aos dizeres dos profetas do passado, mostrando, com os fatos, a realidade de sua existência divina.


Iscariotes nasceu em uma pequena cidade, situada no ambiente de Judá, que em épocas recuadas fora berço e domínio do famoso rei Davi, conhecido pelas conquistas sem precedentes. A aldeia de Judas era localizada no sul da região e mostrava grande escassez na produção de alimentos de primeira necessidade. Contudo, as encostas das montanhas rochosas aliviavam as necessidades mais imediatas, principalmente com a produção de uvas e batatas. Parece que Judas herdou o sobrenome de Iscariotes do seu berço natal, denominado Quiriotes.


Vamos apresentar o nosso apreço por esse personagem que aceitou, no mundo espiritual, o desempenho de tarefa tão espinhosa. Judas Iscariotes fita o sol que começa a se esconder, refletindo seus raios dourados e mortiços no grande lençol das águas do Lago de Genesaré. Com passos agitados, caminha às margens do histórico lago. Seus pensamentos fervilham com problemas que o fazem esquecer até a esperança.

Cuidar do Corpo e do Espírito

A reflexão é do Espírito Georges, ditada em Paris em 1863 em que se revela a perfeição da Doutrina dos Espíritos quanto às necessidades do homem moderno de todos os tempos, contemplando as questões tanto da vida na dimensão material quanto da vida espiritual (Sede Perfeitos – item 11 – Cuidar do Corpo e do Espírito - Capítulo 17 do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec)


Argumenta o lúcido mensageiro que o espírito do homem encarnado é como um “PRISIONEIRO DA CARNE” porque está nesta vida enclausurado em um corpo biológico com especiais necessidades de cuidado a fim de que funcione satisfatoriamente para que possamos cuidar também de nossos interesses de crescimento espiritual.


Nem mortificar o corpo em sacrifícios que nada tem a ver com à perfeição, negligenciando suas necessidades e nem viver totalmente devotado a ele, alienando-se do impositivo de nossa educação moral para a vida imortal. George em sua mensagem assevera que a necessidade de EQUILIBRIO entre essas duas esferas de interesse embora seja evidente e fácil de perceber, nem por isso é fácil.

É possível viver sem comida e sem água?

Médicos e cientistas, liderados pelo neurologista Sudhir Shah, estudaram Prahlad Jani, de 82 anos de idade, um líder religioso da tradição Jainista. Prahlad passou dez dias em observação constante (sem comer e sem beber qualquer líquido) no Sterling Hospital, na cidade de Ahmedabad, na Índia. O velho guru afirma ter “vivido” sem comida e sem água ao longo das últimas 7 décadas, e que sobrevive graças à meditação e ao poder da sua mente. Os médicos dizem não poder confirmar as alegações de Jani, mas a observação do seu feito no Sterling Hospital pode ajudar no aprendizado sobre o funcionamento do corpo humano.


Apesar dessa situação inusitada não ser totalmente inédita na Índia, o líder Jainista tornou-se um dos mais célebres dos últimos tempos, por estar sendo estudado mais frequentemente pelos pesquisadores. O seu caso já foi estudado em 2003, no mesmo hospital de Ahmedabad, onde se constatou, à época, que Jani “não necessitou” comer e nem beber para sobreviver na experiência hospitalar. Nos exames feitos há 7 anos, entre análises da urina, sangue, ecocardiogramas e eletroencefalograma, verificou-se que o desenvolvimento do cérebro do líder Jainista corresponde ao de um jovem de 25 anos.