100.000 acessos em 24 meses – Obrigado Senhor!

Quando penso na história dos três Reis Magos, fico imaginando o que teria levado essas três criaturas, que não se conheciam, ao mesmo lugar e ao mesmo tempo. Claro que nunca consegui descobrir o verdadeiro motivo, mas com certeza, não foi o acaso.

Hoje, na essência, vemos algo parecido, em plena semana do Natal, mas precisamente no dia 23 de dezembro, alcançamos a meta de 100 mil acessos em nosso blog. Isso tudo me faz pensar que alguém muito acima das nossas consciências nos conduz por caminhos que nunca imaginávamos passar.

Bem aventurados os que padecem perseguição

Bem-aventurados os que padecem perseguição
por amor à justiça, porque deles é o reino dos céus
(Mateus, 5:10) - Rodolfo Calligaris

Se houve alguém, na Terra, que se devotasse inteiramente à causa da Justiça, a ponto de ser chamado "o justo dos justos", esse alguém foi Jesus, o Cristo. Não se encontra, em toda a sua vida, um só episódio, uma só oportunidade, em que houvesse capitulado na defesa do direito ou transigido com a impostura e a iniqüidade.

Que fizeram com ele, entretanto? Não podendo suportar sua superioridade moral, que os apequenava, nem aceitar sua doutrina fraternista, que lhes infirmava a situação de favorecimento,
os poderosos da época entraram a acossá-lo sem tréguas e não se deram por satisfeitos enquanto não o viram pregado ao madeiro, à conta de um celerado qualquer!

Bem aventurados os pacificadores

Bem-aventurados os pacificadores, pois serão
chamados filhos de Deus. (Mateus, 5:9) - Rodolfo Calligaris

Jesus Cristo é o Príncipe da Paz. "A paz vos deixo, a minha paz vos dou", disse ele, pouco antes de sua morte. "Não vo-la dou como o mundo a dá", isto é, sob a forma de armistício, frágil e incerto, cuja estabilidade pode romper-se a qualquer momento, mas sim em caráter firme e absoluto.

Esse dom da graça divina, entretanto, para que se estabeleça em nossa alma, impregnando-a de suave beatitude,
exige condições de receptividade, ou seja: a extinção do orgulho e de todos os desejos egoístas, porquanto são esses sentimentos inferiores que inspiram todas as discórdias e promovem todas as lutas que se verificam na face da Terra.

Bem aventurados os limpos de coração

Bem-aventurados os limpos de coração,
pois verão a Deus (Mateus, 5:8) - Rodolfo Calligaris

Como se verifica pela leitura do Velho Testamento, os judeus eram extremamente meticulosos no que dizia respeito à limpeza, quer em sua vida privada, quer nas práticas cerimoniais de seu culto.

Preocupavam-se sobremaneira com toda e qualquer forma de contaminação exterior, cumprindo à risca as regras severíssimas estabelecidas pelo rabinismo quanto à alimentação e à vestimenta, assim como aos holocaustos ou sacrifícios oferecidos no templo.

Bem aventurados os misericordiosos

Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles
alcançarão misericórdia. (Mateus, 5:7.) - Rodolfo Calligaris

Ser misericordioso é compadecer-nos da miséria alheia. Seja da miséria material, nas formas da indigência, do abandono ou da enfermidade, seja da miséria espiritual, caracterizada pelas mil e uma facetas da imperfeição humana.

Ser misericordioso é, pois,
condoer-nos desses párias molambentos, sem eira nem beira, que se arrastam pelo mundo, suplicando uma côdea de pão para "encostar" o estômago, ou um trapo usado com que cubram sua nudez, socorrendo-os com solicitude.

Bem aventurados os que têm fome

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque eles serão saciados (Mateus, 5:6) - Rodolfo Calligaris

Contemplando o panorama do mundo, onde os bens e os males se acham tão desigualmente repartidos, muitos há que não compreendem a razão de ser dessas anomalias e chegam a descrer da justiça de Deus.

Se Ele é soberanamente justo e bom, indagam,
por que dá a uns uma vida repleta de alegrias e satisfações, enquanto a outros reserva uma sucessão intérmina de agruras e sofrimentos? Por que uns dormem sob dourados tetos, enquanto outros jazem sobre palhas, ou tiritam de frio, sem que tenham onde abrigar-se nem possuam sequer alguns farrapos com que cobrir sua nudez?

Bem aventurados os que choram

Bem-aventurados os que choram, porque eles
serão consolados (Mateus, 5:5.) - Rodolfo Calligaris

Dizem que todos choram, que a Humanidade inteira geme sob o acicate da dor e que esse sofrimento é o preço do pecado introduzido na Terra pelos "nossos primeiros pais" — Adão e Eva.

Afirmam outros que as dores e aflições deste mundo
são o meio de que Deus se vale para experimentar-nos e aferir a nossa fé, ou para aumentar os nossos méritos, a fim de que maiores sejam nossos gozos no paraíso.

Mas, se é assim,
por que uns sofrem mais do que outros? Por que alguns vivem apenas algumas horas, sem sequer tomar consciência de si mesmos, enquanto outros têm de viver sessenta, oitenta ou cem anos, conhecendo toda a sorte de agruras?

Bem aventurados os mansos

Bem-aventurados os mansos porque eles
possuirão a Terra (Mateus, 5:4) – Rodolfo Calligaris

Já antes de Alexandre Magno, Júlio César e Gengis Khan, assim como depois de Napoleão, Mussolini e Hitler, o que vale dizer, desde as mais priscas eras até os nossos dias, aqui, ali e acolá, a violência foi e continua sendo o meio utilizado pelos homens para o domínio deste mundo, inclusive dos seres que o habitam.

As idéias — políticas, filosóficas ou religiosas —
igualmente hão sido impostas, muitas vezes pela força, custando isso à Humanidade um sacrifício de vidas não menor que o causado pelas guerras de conquista.

Bem aventurados os pobres de espírito

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque
deles é o reino dos céus (Mateus, 5:3) - Rodolfo Calligaris

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus, disse Jesus, iniciando o Sermão da Montanha. Situou assim, a humildade espiritual em primeiro lugar entre as virtudes que precisamos adquirir para merecermos a glória das almas redimidas.

Exegetas do Evangelho, adulterando por completo o sentido dessa máxima, pretendem que ela proclame bem-aventurados os apoucados de inteligência, os retardados mentais, os idiotas e imbecis.

Tal interpretação, todavia, é insustentável, pois, a ser verdadeira, não haveria lugar nos céus para os ricos de espírito, e o próprio Mestre, o expoente máximo da riqueza espiritual que a Terra já conheceu, ficaria de fora.

Sermão do monte

Sermão do Monte ou Sermão da Montanha
Por Humberto de Campos (espírito)

Difundidas as primeiras claridades da Boa Nova, todos os enfermos e derrotados da sorte, habitantes de Corazim, Magdala, Betsaida, Dalmanuta e outras aldeias importantes do lago enchiam as ruas de Cafarnaum em turbas ansiosas.

Os discípulos eram os mais visados pela multidão, por motivo do permanente contacto em que viviam com o seu Mestre. De vez em quando, Filipe era assaltado, em caminho, por uma onda de doentes; Pedro tinha a casa rodeada de criaturas desalentadas e tristes. Todos queriam o auxílio de Jesus, o benefício imediato de sua poderosa virtude.

Jesus é o caminho

Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da
Escritura é de particular interpretação. (II Pedro, 1:20)
Emmanuel (espírito) Francisco Cândido Xavier

Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Sua luz imperecível brilha sobre os milênios terrestres, como o Verbo do princípio, penetrando o mundo, há quase vinte séculos. Lutas sanguinárias, guerras de extermínio, calamidades sociais não lhe modificaram um til nas palavras que se atualizam, cada vez mais, com a evolução multiforme da Terra.

Tempestades de sangue e lágrimas nada mais fizeram do que avivar-lhes a grandeza. Entretanto, sempre tardios no aproveitamento das oportunidades preciosas, muitas vezes, no curso das existências renovadas, temos desprezado o Caminho, indiferentes ante os patrimônios da Verdade e da Vida.

Vós sois o sal da terra

A primavera cantava às margens do Rio Jordão, onde a relva verde parecia bordada com mil flores em tons variantes, contrastando com as manchas dos carneiros que ali pastavam... Jesus dirigia-se à praia. Seu olhar parecia perdido em pensamento que ninguém podia adivinhar. A eterna Lei havia reunido ao Seu redor os doze apóstolos comprometidos em Sua missão.

Foi a primeira vez que Jesus repartiu com eles o pão e o vinho, símbolo usado no Oriente para iniciar uma amizade duradoura, forte e profunda. Assim, à beira do Mar da Galiléia, sob uma tenda de pescadores, Cristo fundou naquela memorável noite a irmandade fraternal entre os homens que iriam, juntamente com Ele, pregar as leis de amor, honestidade, misericórdia e perdão.

Princípio inteligente nos minerais

Atuação do Princípio Inteligente
não Começa nos Minerais - Dr. Ary Lex

Perguntaram-me se a atuação do princípio inteligente começava a partir dos minerais. Respondi: não. Aos amigos leitores do Jornal Espírita, ante o debate que se abriu em sua edição de agosto/99, com a mesma pergunta, digo, antes de respondê-la que é mister lembrar as características dos seres vivos.

Já há séculos, distribuíram tudo quanto existe na Terra em três reinos: mineral, vegetal e animal. Tentou a vaidade humana criar para o homem um quarto reino - seria o reino hominal, o que não se justifica, pois o homem está enquadrado no reino animal.

Quem é o dono da verdade?

Não é fácil, mas até dentro do movimento espírita
estão contando os dias para que tudo se acabe.
Texto de Vladimir Polízio

Não é fácil, mas até dentro do movimento espírita estão contando os dias para que tudo se acabe. Datas e fórmulas é que não faltam. Das três opções a seguir, devemos extrair apenas uma: Ou nós estamos estudando demais, acreditando demais ou confiando demais nas pessoas.

Nomes respeitáveis são colocados à testa de certas situações constrangedoras, muito provavelmente para a obtenção da credibilidade necessária. Se a partir de 2019 teremos de fato a solução para todos os problemas da Terra, como está sendo profetizado no meio espírita, não me parecem sérias as afirmativas dos Espíritos de que a Terra é um mundo de Provas e Expiações.

Renascimento, uma lei da natureza

Ninguém pode ver o Reino de Deus
se não nascer de novo - Altamirando Carneiro

A palavra reencarnação surgiu no século 19, com o Espiritismo, para designar o processo de chegada e retorno do Espírito, na caminhada empreendida durante a sua jornada planetária. Esse processo de nascimento e renascimento é uma lei da Natureza. Não é uma invenção, não é uma mentira. Mas se é uma lei da Natureza, por que tanta polêmica em torno do tema? 

Acontece que
até o século VI depois de Cristo, todo o Cristianismo aceitava a reencarnação que a cultura ocidental já proclamava, milênios antes da era cristã, fato que norteia os princípios da Justiça Divina, pois dá ao homem a oportunidade de rever seus erros e recomeçar, em nova existência, o trabalho de sua regeneração.

Perdoados, mas não limpos

Compilado do livro Justiça Divina
Emmanuel (espírito) Francisco Cândido Xavier

Em nossas faltas, na maioria das vezes somos imediatamente perdoados, mas não limpos. Somos perdoados pelo fel da maledicência. Mas a sombra que lançamos na estrada alheia permanece dentro de nós por agoniado constrangimento.

Somos perdoados pela brasa da calúnia. Contudo, o fogo que arremessamos na cabeça do próximo passa a nos incendiar o coração. Conseguimos o perdão pela grave ofensa que fizemos. Entretanto, a pedra atirada ao irmão de caminhada volta, com certeza, a golpear-nos o próprio ser.

Símbolos do pecado

Diabo, Satanás, Lúcifer, Serpente e Dragão
não são demônios – Por José reis Chaves

A divisão do Cristianismo em milhares de igrejas
deve-se à instituição de doutrinas polêmicas dogmáticas pelos teólogos antigos. A sua primeira grande divisão ocorreu em 1054, quando o arcebispo Cerulário de Constantinopla fundou a Igreja Católica Ortodoxa Oriental.

E, no século XVI, foi a vez da Reforma Protestante de Lutero, que rachou de vez o Cristianismo, mas contribuiu muito para o enfraquecimento da Inquisição. Em seguida, a Igreja realizou o Concílio Ecumênico de Trento (1545 a 1563), corrigindo alguns de seus erros.

A evolução da terra

Credes em Deus, crede também em mim. muitas moradas na Casa de meu Pai; se assim não fora, eu vo-lo teria dito (João 14:1-2).

Na obra de Deus reina a perfeição, nela tudo é útil e harmonioso, o Universo infinito é algo sublimado e transcendental, que jamais poderá ser descrito pela linguagem humana. Já se eclipsou na voragem do tempo, a época em que se supunha ser a Terra o centro do Universo.

Semeaduras e colheitas

A semeadura é livre, mas a colheita é compulsória.
Leda Maria Flaborea

“Ao que tem, se lhe dará, e terá em abundância, mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.”

Essa frase de Jesus aparece em vários momentos no Novo Testamento,
mas tem destaque nas Parábolas do Semeador, dos Talentos (Mateus) ou das Minas (Lucas) e do Joio; e nos ensinamentos: “Buscai e achareis” e “Ajuda-te e o Céu te ajudará”.

Mas é, sobretudo, nas três parábolas que encontramos o chamado que o Mestre faz para o entendimento do livre-arbítrio e do seu uso. E dentre elas nosso destaque é a Parábola do Semeador.

Maria de Magdala

Maria de Magdala ouvira as pregações do Evangelho do Reino, não longe da vila principesca onde vivia entregue a prazeres, em companhia de patrícios romanos, e tomara-se de admiração profunda pelo Messias.

Que novo amor era aquele apregoado aos pescadores singelos por lábios tão divinos?
Até ali, caminhara ela sobre as rosas rubras do desejo, embriagando-se com o vinho de condenáveis alegrias. No entanto, seu coração estava sequioso e em desalento.

Jovem e formosa, emancipara-se dos preconceitos férreos de sua raça; sua beleza lhe escravizara aos caprichos de mulher os mais ardentes admiradores; mas seu espírito tinha fome de amor. O Profeta nazareno havia plantado em sua alma novos pensamentos.

Origem e natureza dos espíritos

Na pesquisa da origem da vida, a Biologia oferece-nos vasto campo de estudo através de várias hipóteses.  Estudaremos aquela ensinada pelos Espíritos Superiores e que é quase o consenso da ciência oficial.

Procurando fixar idéias seguras acerca do corpo espiritual, será preciso remontamos, de algum modo, aos primórdios da vida na Terra, quando mal cessavam as convulsões telúricas, pelas quais os Ministros Angélicos da Sabedoria Divina, com a Supervisão do Cristo de Deus, lançaram os fundamentos da vida no corpo ciclópico do Planeta.

Doutrina Socrática e Platônica

É pelo fruto que se reconhece a árvore. É necessário
qualificar cada ação segundo o que ela produz: chamá-la de má quando der origem ao mal e boa quando originar o bem.
Sócrates  - (469 a 399 antes de Cristo)

O homem é uma alma encarnada. Antes de sua encarnação, ele existia unido aos tipos primordiais, às idéias da verdade, do bem e do belo. Disso ele se separa ao reencarnar e ao se lembrar do passado, fica mais ou menos atormentado pelo desejo de para lá voltar.

A alma se perde e se perturba quando se serve do corpo para considerar um objeto qualquer. Ele sofre vertigens como se estivesse ébria, pois se atém às coisas que são, por natureza, sujeitas a mudanças, ao passo que, quando contempla sua própria essência, ela se liga ao que é puro, eterno, imortal, e sendo da mesma natureza, mantém-se ligado o tempo que puder. Então, sua loucura cessa, pois está unida ao que é imutável, e este estado de alma é o que chamamos de sabedoria.

O maior mandamento

Tendo os fariseus tomado conhecimento de que Jesus fizera os saduceus se calarem, reuniram-se, e um deles, que era doutor da lei, veio fazer-lhe esta pergunta, para tentá-lo: Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Jesus respondeu:

“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito, é o maior e o primeiro mandamento. E eis o segundo que é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Toda a lei e os profetas estão encerrados nesses dois mandamentos”.
(Mateus, XXII: 34 a 40.)

O Espiritismo é cristão?

Outro dia tive a infelicidade de assistir a um representante da Igreja Católica em um site especializado explicando a seus seguidores, de acordo com seu entendimento, que os espíritas não poderiam ser considerados Cristãos por três motivos:

1. Para ser Cristão, precisamos crer que Jesus é Deus; 2. É necessário acreditar que Deus se fez homem; 3. Tem que aceitar a idéia de que Jesus ressuscitou dos mortos. E, para concluir seu raciocínio, finalizou dizendo que os espíritas retiram da Bíblia apenas as passagens que lhes interessam; portanto, o Espiritismo seria anticristão.

Meu reino não é deste mundo

Meu reino não é deste mundo
Eliana Thomé

Jesus, a eterna referência para o homem da Terra, não titubeou em afirmar que o seu reino não era deste mundo. Se a Terra não é a morada do Cristo, a que reino então estaremos sendo levados?

A pergunta número 55 de “O Livro dos Espíritos” nos dá uma pista quando fala da pluralidade dos mundos: Todos os globos que circulam no espaço são habitados? Sim, e o homem da Terra está longe de ser, como pensa, o primeiro em inteligência, bondade e perfeição.

Missão do espiritismo

Emmanuel (espírito) Chico Xavier
compilado da revista o Reformador

A missão do Espiritismo, tanto quanto o ministério do Cristianismo, não será destruir as escolas de fé, até agora existentes. Cristo acolheu a revelação de Moisés. A Doutrina dos Espíritos apóia os princípios superiores de todos os sistemas religiosos.

Jesus não critica a nenhum dos Profetas do Velho Testamento. O Consolador Prometido não vem para censurar os pioneiros dessa ou daquela forma de crer em Deus. O Espiritismo é, acima de tudo, o processo libertador das consciências, a fim de que a visão do homem alcance horizontes mais altos.

Cristianismo redivivo

Síntese da Cronologia - História da era apostólica
Do livro Paulo e Estêvão - Haroldo Dutra Dias

“Desde já, vejo os críticos consultando textos e combinando versículos para trazerem à tona os erros do nosso tentame singelo. [...] e ao pedantismo dogmático, ou literário, de todos os tempos, recorremos ao próprio Evangelho para repetir que, se a letra mata, o espírito vivifica”.

A simplicidade e humildade do Benfeitor espiritual Emmanuel pode levar o estudioso iniciante a crer que haja erros nas informações trazidas pelo romance histórico Paulo e Estêvão.

Pelos seus frutos os conhecereis

"Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes. Pelos seus frutos os conhecereis. Porventura os homens colhem uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?

Assim, toda árvore boa dá bons frutos, e a má árvore dá maus frutos. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar bons frutos. Toda árvore que não dá bom fruto será cortada e metida no fogo. Assim, pois, pelos frutos deles os conhecereis." (Mateus, 7:15-20)

A importância do estudo

Do livro Consciência e Mediunidade
Projeto Manoel Philomeno de Miranda

Muito já se falou sobre o apelo contido na abertura das Instruções dos Espíritos, Capítulo VI, item 5 de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”: Espíritas! Amai-vos, esse o primeiro ensinamento; instruí-vos, esse o segundo..., apelo este que vem antecedido por um vigoroso chamamento do Espírito Verdade: Escutai-me...

O escutai-me reforça o instruí-vos, ações sem as quais não é possível a apreensão do conteúdo da Doutrina Espírita, nem de conhecimento algum, ficando a pessoa, que é desinteressada, totalmente insulada e mergulhada, por opção própria, na noite da ignorância.

O Exemplo

O reino de Deus, na visão do filósofo Herculano
O Exemplo – Maria Eny Rossetini Paiva

No Capítulo IV, “O Exemplo”, mestre Herculano ensina que “O Reino” não é privativo de ninguém e que, certa vez, para quebrar a dura cerviz dos fariseus, diante do centurião romano que lhe rogara a cura para seu servo, e a conseguira, Jesus declarou: “Em verdade vos afirmo que não achei tamanha fé em Israel, e que virão muitos do Oriente e do Ocidente para assentar-se à Mesa com Abraão, Isaac e Jacó, no Reino dos Céus”.

Herculano prossegue: “E acrescentou com a dureza de uma martelada na oficina de Nazaré: Mas os “Filhos do Reino” serão lançados nas trevas exteriores em que haverá choro e ranger de dentes!”.

Ambições

Ambições psicológicas e transtornos de conduta
Joanna de Ângelis (espírito) Divaldo P. Franco

Infelizmente, o ser humano atual renasce num contexto cultural imediatista, utilitarista, em que os valores reais são postos em plano secundário e é-lhe exigida a conquista daqueles que são de efêmera duração, porque pertencemos ao carreiro material.

A formação cultural e educacional centra-se especialmente na meta em que se destacam os triunfos de fora, as conquistas dos recursos que exaltam o ego, que o alienam, que entorpecem os melhores sentimentos de beleza e de amor, substituídos pelo poder e pelo ter, através de cujos significados acredita-se em vitória e triunfo social, econômico, político, religioso ou de outras denominações.

Gratidão

Meta essencial da existência humana
Compilado do livro Psicologia da Gratidão
Joanna de Ângelis (espírito) Divaldo P. Franco

Visitado pelos transtornos emocionais de qualquer etiologia: ansiedade, anorexia, bulimia, distimia, medo, solidão, depressão, dentre outros, o indivíduo debate-se em aflições íntimas sem a capacidade mental lúcida para discernir a melhor maneira de conduzir-se.

A queixa e a reclamação constituem-lhe bengalas psicológicas em que busca apoio para a manutenção do estado mórbido, inconscientemente reagindo às possibilidades de refazimento e recuperação.

Expiações Coletivas

Diante das leis divinas todos os homens são iguais. A diversidade dos instintos e das aptidões intelectuais e morais inatas observadas resultam das vivências, das experiências e habilidades conquistadas ao longo do tempo através de inumeráveis reencarnações.

Quando usamos mal o livre-arbítrio, suprimindo a liberdade dos nossos semelhantes, impondo com violência as nossas idéias, prejudicando sobremaneira o nosso próximo, nos situamos contrários às leis naturais, sendo catalogados pelas Leis Divinas como réus confessos, trazendo inscritas as sentenças em nossas consciências, vivenciando intenso sofrimento interior.

O acaso não existe

A Harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primaria ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso.

O que você acha dessa frase? As coisas acontecem ou não por acaso? Há ou não coincidências? Será que existem ou não eventos totalmente aleatórios sem nenhum vínculo causal inteligente? Pensar sobre a resposta dessas perguntas pode mudar para sempre o rumo de nossas vidas.

Nas Fronteiras da Loucura – 12 Parte

Nas Fronteiras da Loucura
Manoel P. de Miranda - Divaldo Pereira Franco
Centro Espírita Nosso Lar – Grupo de Estudos das obras
de André Luiz e de Manoel Philomeno de Miranda.

54. Como os Benfeitores agem

A genitora pediu ao Men­tor fosse seu filho tratado no Posto de Socorro, antes de ser transfe­rido para outra estância. Dr. Bezerra aquiesceu e o irmão Artur, va­lendo-se de um pequeno walkie-talkie, solicitou ao Acampamento enviasse veí­culo e padioleiros para o transporte de novo paciente.

Ali mesmo, sob o carinho dos familiares, ele foi socorrido com passes que o amolenta­ram, auxiliando-o na desintoxicação psíquica de que necessitava, com o que adormeceu. Mais tarde, Philomeno soube que no instante da reflexão profunda do Dr. Bezerra, ao ser avisado da tentativa de suicídio de Noemi, o Mentor fizera uma consulta aos Cen­tros de Informação da esfera espiritual, a respeito do conteúdo obsessivo do problema, simultaneamente quem se encontrava envolvido e como alcançá-lo.

Preconceitos

Preconceitos - Sabedoria de Preto Velho
Pai João de Aruanda (espírito) – Robson pinheiro

Um dia Pai João se manifestou e, utilizando uma metodologia toda particular, atendeu às pessoas ministrando passes através do médium, com um leve estalar de dedos. Talvez porque alguém, mentalmente, estivesse questionando seu modo de agir, afirmou:

— Vocês estão com esse negócio de Apometria por aí, estalando os dedos e fazendo trabalhos de desdobramento astral. Pai velho já faz isso há muito tempo!... Mas, quando eram somente os pretos velhos, todos criticavam o jeito de os velhinhos trabalharem.

A tese do Reino

O reino de Deus, na visão do filósofo Herculano
A tese do reino - Maria Eny Rossetini Paiva

No empenho de retomar o importante pensamento do filósofo, literato, escritor, jornalista, professor universitário, espírita militante e esclarecido, estamos comentando de forma pessoal, sua obra “O REINO”, onde Herculano Pires explicita o que vem a ser a tese do Reino, que é a idéia central do pensamento de Jesus.

No capítulo final do livro, mestre Herculano desenvolve a “Tese do Reino” – Capítulo VIII. O início já vale um livro de história do Cristianismo. “A tese do Reino tem permanecido oculta nos Evangelhos.”

Ninguém pode ver o reino de Deus

Ninguém pode ver o reino de Deus
se não nascer de novo - Ângela Moraes

Disse-lhe Nicodemos: Como pode nascer um homem já velho? Pode retornar a entrar no ventre de sua mãe, para nascer segunda vez? Retorquiu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade, digo-te: Se um homem não renasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. (João, cap. III.) 

Fred aguardava, na Espiritualidade, oportunidade de voltar a integrar sua família espiritual, agora imersa na carne. Ana Cristina, irmã muito amada de Fred de outras vidas, seria nesta encarnação sua mãe, para que ele pudesse continuar o trabalho de auxílio a ela iniciado na vivência anterior, ocorrida em meados do século XVIII.

Aura

As Irradiações da Alma Humana
Capítulo XI do livro Medicina da Alma
Joseph Gleber (espírito) e Robson Pinheiro

Todos os corpos existentes no universo, desde aqueles que são conhecidos do homem na Terra, até aquelas formas ainda desconhecidas pelo homem terreno, em qualquer ser que palpite a alma da vida, o principio inteligente ou a consciência, em qualquer fase da evolução, irradiam uma atmosfera fluídica em volta dessas individualidades, constituída de uma rica variedade policrômica com cambiantes que variam intensamente, que são constituídos de irradiações das diversas camadas do corpo espiritual ou psicossoma.

Os atalhos

O reino de Deus, na visão do filósofo Herculano
Os atalhos – Maria Eny Rossetini Paiva

O Capítulo VI do livro “O Reino” reserva-nos uma surpresa! Só mesmo uma mente privilegiada, uma cultura incomum como a do professor Herculano poderia entender os grandes desvios, os atalhos, ásperos, estreitos, pelos quais os homens fascinados pelo sonho do Reino tentam implantá-lo sobre a Terra.

Herculano termina o Capítulo V com a indagação: “Quem pode tirar do Espírito dos homens a eterna miragem do Reino?”. Começa seu estudo falando das heresias, contra as quais a Igreja lutou séculos. Muitas delas isolavam seus profitentes na zona rural, longe dos soldados repressores.

O espiritismo e o efeito borboleta

A diferença entre karma e livre arbítrio
Milton Simon Pires

Edward Norton Lorenz (1917-2008) foi um matemático e meteorologista norte-americano. Preocupado com as constantes mudanças do tempo e com a dificuldade de previsão exata dos fenômenos, por vezes catastróficos, Lorenz trabalhava frequentemente com um problema que ele definia como “dependência sensitiva das condições iniciais”.

Sem querer entrar aqui em detalhes técnicos a respeito, basta dizer que ele achava possível, do ponto de vista matemático, que o bater das asas de uma borboleta em uma parte do planeta pudesse provocar um furacão em outra.

Eu venci o Mundo

Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. (Jesus) - Waldenir Aparecido Cuin

Vencer o mundo é bem diferente de vencer no mundo. Sendo filhos de Deus,
fomos criados na simplicidade e na ignorância, tendo como objetivo e meta chegar à perfeição, isso, obviamente, fazendo uso do livre-arbítrio e do esforço próprio, contando sempre com os mecanismos de apoio e segurança oferecidos pelo Pai Celestial.

No âmbito do código divino não existem privilégios a ninguém, assim, cada criatura humana colherá o fruto decorrente da semente plantada, recebendo o reflexo de cada ação que praticar.

Desdobramento

Atividade Noturna do Espírito
Desdobramento - Aluney Elferr Albuquerque Silva

Durante o sono o Espírito desprende-se do corpo; devido aos laços fluídicos estarem mais tênues. A noite é um longo período em que está livre para agir noutro plano de existência.

Porém, variam os graus de desprendimento e lucidez. Nem todos se afastam do seu corpo, mas permanecem no ambiente doméstico; temem fazê-lo, sentir-se-iam constrangidos num meio estranho (aparentemente).

O ensino religioso nas escolas

No Rio de Janeiro, o CEERJ não aderiu ao ensino
religioso implantado nas escolas públicas da cidade
Ana Moraes – oconsolador.com.br

A posição do movimento espírita contra o ensino religioso nas escolas públicas é antiga e bem clara. Cabe à família, e não às escolas, a formação religiosa dos filhos, tarefa essa que pode ser ou não complementada pelos centros espíritas, que mantêm geralmente, em quase todos eles, a chamada evangelização ou educação espírita da criança.

No livro Religião, publicado pela FEB, Carlos Imbassahy, que o escreveu, examinou com propriedade essa questão. Nos últimos meses, o tema Ensino Religioso nas Escolas voltou a ocupar as manchetes dos jornais, em face do que dispôs a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação - Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996, em seu artigo 33, com redação dada pela Lei n° 9.475, de 22 de julho de 1997, adiante reproduzido:

O Decálogo

O reino de Deus, na visão do filósofo Herculano
Maria Eny Rossetini Paiva

O Capítulo VIII do Livro “O Reino” é denso e profundo. Comentá-lo, transpondo suas conclusões para o século XXI, exigiria muito mais do que esse simples artigo. No entanto,
vamos nos ater apenas aos itens fundamentais, sem esquecer que é preciso retomar o estudo de Herculano Pires, em nosso movimento espírita.

É ele o único autor que tem o conhecimento histórico, filosófico e a vivência especial dos homens que faziam jornalismo nos meados do século XX, época de grandes mudanças culturais e liberdade. Por isso seu pensamento é fundamental para a compreensão da Doutrina Espírita.

Pureza

Quando a pureza estiver conosco
Emmanuel - Francisco Cândido Xavier

Quando a pureza estiver em nossos olhos, fixaremos na cicatriz do próximo a desventura respeitável do nosso irmão. Quando a pureza morar em nossos ouvidos, receberemos a calúnia e a maldade, nelas sentindo o incêndio e o infortúnio que ainda lavram no espírito daqueles que nos observam sem o exato conhecimento de nossas intenções.

Quando a pureza se demorar em nossa boca, a maledicência surgirá, junto de nós, por enfermidade lamentável do amigo que nos procura, veiculando-lhe o veneno, e saberemos fazer o silêncio bendito com que possamos impedir a extensão do mal.

A ovelha perdida

Leda Maria Flaborea

A humanidade conhece, admira e respeita, no campo religioso, vultos que, até entenderem e aceitarem o Cristo,
poderiam ser ainda que de forma equivocada, considerados inconvertíveis. A história de todos eles retrata uma luta íntima, caracterizada por um período de transição em que, ao despertarem para a verdade do Cristo, convertem-se em apaixonados pela Luz.

Figuras que buscam honrar a obra e o pensamento de Jesus, entender-lhe a divina vontade e viver-lhe os ensinamentos: Paulo de Tarso, Madalena ou Maria de Magdala, Zaqueu. Em cada um deles, vimos o despertar, a conscientização e a transformação através do Cristo.

Memórias de um suicida

Sua obtenção mediúnica e a luta pela sua publicação
Por Leonardo Marmo Moreira

Divaldo Pereira Franco relata que, no ano de 1959, Chico Xavier afirmou para Dona Yvonne do Amaral Pereira que
André Luiz deixara claro que, em sua opinião, “Memórias de Um Suicida” era, em seu gênero, a maior obra dos últimos 50 anos e também dos próximos 50 anos.

Portanto, “Memórias de um Suicida” seria, para André Luiz, a maior obra do século XX e do início do século XXI. Mesmo admitindo-se a humildade de André Luiz, o qual, obviamente, tenderia a minimizar a importância de suas próprias obras, as quais dispensam maiores adjetivos, temos que concordar que “Memórias de Um Suicida” constitui um livro extremamente bem escrito e rico de conteúdo doutrinário.

Mediante a sintonia

Do livro Mediunidade: desafios e bênçãos
Manoel P. Miranda (espírito) e Divaldo P. Franco

Em aditamento ao enunciado que assevera que os espíritos interferem nas vidas humanas, afirmamos que esse intercâmbio é resultado da ressonância que se exterioriza dos fulcros pensantes do ser na transitoriedade carnal.

Interagem as vibrações que são exteriorizadas pelos homens e pelos espíritos, retornando como “partículas de psicotrons” dirigindo-se ao epicentro gerador de energias.

Esse retorno caracteriza-se pela intensidade do campo vibratório atravessado pela onda de que se faz veículo, facultando o processo de intercâmbio na faixa em que se situa, identificando-se com outras mentes desencarnadas que se movimentam na esfera extrafísica.

Conceito equivocado

Do livro Mediunidade: desafios e bênçãos
Manoel P. Miranda (espírito) e Divaldo P. Franco

Visão incorreta a respeito dos médiuns possuem aqueles que do Espiritismo conhecem apenas as informações e conceitos equivocados sem estrutura de lógica nem contribuição racional.

Adotando idéias fantasiosas que primam pela ingenuidade da crença no sobrenatural, pensam que os médiuns são seres humanos especiais, portadores de dons e de poderes que os capacitariam a solucionar quaisquer problemas e dificuldades que lhes sejam apresentados.

Em face dessa óptica distorcida da realidade, envolvem os medianeiros em auréolas de santificação, concedendo-lhes atributos que estão distantes de os possuir.