100.000 acessos em 24 meses – Obrigado Senhor!

Quando penso na história dos três Reis Magos, fico imaginando o que teria levado essas três criaturas, que não se conheciam, ao mesmo lugar e ao mesmo tempo. Claro que nunca consegui descobrir o verdadeiro motivo, mas com certeza, não foi o acaso.

Hoje, na essência, vemos algo parecido, em plena semana do Natal, mas precisamente no dia 23 de dezembro, alcançamos a meta de 100 mil acessos em nosso blog. Isso tudo me faz pensar que alguém muito acima das nossas consciências nos conduz por caminhos que nunca imaginávamos passar.

Bem aventurados os que padecem perseguição

Bem-aventurados os que padecem perseguição
por amor à justiça, porque deles é o reino dos céus
(Mateus, 5:10) - Rodolfo Calligaris

Se houve alguém, na Terra, que se devotasse inteiramente à causa da Justiça, a ponto de ser chamado "o justo dos justos", esse alguém foi Jesus, o Cristo. Não se encontra, em toda a sua vida, um só episódio, uma só oportunidade, em que houvesse capitulado na defesa do direito ou transigido com a impostura e a iniqüidade.

Que fizeram com ele, entretanto? Não podendo suportar sua superioridade moral, que os apequenava, nem aceitar sua doutrina fraternista, que lhes infirmava a situação de favorecimento,
os poderosos da época entraram a acossá-lo sem tréguas e não se deram por satisfeitos enquanto não o viram pregado ao madeiro, à conta de um celerado qualquer!

Bem aventurados os pacificadores

Bem-aventurados os pacificadores, pois serão
chamados filhos de Deus. (Mateus, 5:9) - Rodolfo Calligaris

Jesus Cristo é o Príncipe da Paz. "A paz vos deixo, a minha paz vos dou", disse ele, pouco antes de sua morte. "Não vo-la dou como o mundo a dá", isto é, sob a forma de armistício, frágil e incerto, cuja estabilidade pode romper-se a qualquer momento, mas sim em caráter firme e absoluto.

Esse dom da graça divina, entretanto, para que se estabeleça em nossa alma, impregnando-a de suave beatitude,
exige condições de receptividade, ou seja: a extinção do orgulho e de todos os desejos egoístas, porquanto são esses sentimentos inferiores que inspiram todas as discórdias e promovem todas as lutas que se verificam na face da Terra.

Bem aventurados os limpos de coração

Bem-aventurados os limpos de coração,
pois verão a Deus (Mateus, 5:8) - Rodolfo Calligaris

Como se verifica pela leitura do Velho Testamento, os judeus eram extremamente meticulosos no que dizia respeito à limpeza, quer em sua vida privada, quer nas práticas cerimoniais de seu culto.

Preocupavam-se sobremaneira com toda e qualquer forma de contaminação exterior, cumprindo à risca as regras severíssimas estabelecidas pelo rabinismo quanto à alimentação e à vestimenta, assim como aos holocaustos ou sacrifícios oferecidos no templo.

Bem aventurados os misericordiosos

Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles
alcançarão misericórdia. (Mateus, 5:7.) - Rodolfo Calligaris

Ser misericordioso é compadecer-nos da miséria alheia. Seja da miséria material, nas formas da indigência, do abandono ou da enfermidade, seja da miséria espiritual, caracterizada pelas mil e uma facetas da imperfeição humana.

Ser misericordioso é, pois,
condoer-nos desses párias molambentos, sem eira nem beira, que se arrastam pelo mundo, suplicando uma côdea de pão para "encostar" o estômago, ou um trapo usado com que cubram sua nudez, socorrendo-os com solicitude.

Bem aventurados os que têm fome

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque eles serão saciados (Mateus, 5:6) - Rodolfo Calligaris

Contemplando o panorama do mundo, onde os bens e os males se acham tão desigualmente repartidos, muitos há que não compreendem a razão de ser dessas anomalias e chegam a descrer da justiça de Deus.

Se Ele é soberanamente justo e bom, indagam,
por que dá a uns uma vida repleta de alegrias e satisfações, enquanto a outros reserva uma sucessão intérmina de agruras e sofrimentos? Por que uns dormem sob dourados tetos, enquanto outros jazem sobre palhas, ou tiritam de frio, sem que tenham onde abrigar-se nem possuam sequer alguns farrapos com que cobrir sua nudez?

Bem aventurados os que choram

Bem-aventurados os que choram, porque eles
serão consolados (Mateus, 5:5.) - Rodolfo Calligaris

Dizem que todos choram, que a Humanidade inteira geme sob o acicate da dor e que esse sofrimento é o preço do pecado introduzido na Terra pelos "nossos primeiros pais" — Adão e Eva.

Afirmam outros que as dores e aflições deste mundo
são o meio de que Deus se vale para experimentar-nos e aferir a nossa fé, ou para aumentar os nossos méritos, a fim de que maiores sejam nossos gozos no paraíso.

Mas, se é assim,
por que uns sofrem mais do que outros? Por que alguns vivem apenas algumas horas, sem sequer tomar consciência de si mesmos, enquanto outros têm de viver sessenta, oitenta ou cem anos, conhecendo toda a sorte de agruras?

Bem aventurados os mansos

Bem-aventurados os mansos porque eles
possuirão a Terra (Mateus, 5:4) – Rodolfo Calligaris

Já antes de Alexandre Magno, Júlio César e Gengis Khan, assim como depois de Napoleão, Mussolini e Hitler, o que vale dizer, desde as mais priscas eras até os nossos dias, aqui, ali e acolá, a violência foi e continua sendo o meio utilizado pelos homens para o domínio deste mundo, inclusive dos seres que o habitam.

As idéias — políticas, filosóficas ou religiosas —
igualmente hão sido impostas, muitas vezes pela força, custando isso à Humanidade um sacrifício de vidas não menor que o causado pelas guerras de conquista.

Bem aventurados os pobres de espírito

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque
deles é o reino dos céus (Mateus, 5:3) - Rodolfo Calligaris

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus, disse Jesus, iniciando o Sermão da Montanha. Situou assim, a humildade espiritual em primeiro lugar entre as virtudes que precisamos adquirir para merecermos a glória das almas redimidas.

Exegetas do Evangelho, adulterando por completo o sentido dessa máxima, pretendem que ela proclame bem-aventurados os apoucados de inteligência, os retardados mentais, os idiotas e imbecis.

Tal interpretação, todavia, é insustentável, pois, a ser verdadeira, não haveria lugar nos céus para os ricos de espírito, e o próprio Mestre, o expoente máximo da riqueza espiritual que a Terra já conheceu, ficaria de fora.

Sermão do monte

Sermão do Monte ou Sermão da Montanha
Por Humberto de Campos (espírito)

Difundidas as primeiras claridades da Boa Nova, todos os enfermos e derrotados da sorte, habitantes de Corazim, Magdala, Betsaida, Dalmanuta e outras aldeias importantes do lago enchiam as ruas de Cafarnaum em turbas ansiosas.

Os discípulos eram os mais visados pela multidão, por motivo do permanente contacto em que viviam com o seu Mestre. De vez em quando, Filipe era assaltado, em caminho, por uma onda de doentes; Pedro tinha a casa rodeada de criaturas desalentadas e tristes. Todos queriam o auxílio de Jesus, o benefício imediato de sua poderosa virtude.

Jesus é o caminho

Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da
Escritura é de particular interpretação. (II Pedro, 1:20)
Emmanuel (espírito) Francisco Cândido Xavier

Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Sua luz imperecível brilha sobre os milênios terrestres, como o Verbo do princípio, penetrando o mundo, há quase vinte séculos. Lutas sanguinárias, guerras de extermínio, calamidades sociais não lhe modificaram um til nas palavras que se atualizam, cada vez mais, com a evolução multiforme da Terra.

Tempestades de sangue e lágrimas nada mais fizeram do que avivar-lhes a grandeza. Entretanto, sempre tardios no aproveitamento das oportunidades preciosas, muitas vezes, no curso das existências renovadas, temos desprezado o Caminho, indiferentes ante os patrimônios da Verdade e da Vida.

Vós sois o sal da terra

A primavera cantava às margens do Rio Jordão, onde a relva verde parecia bordada com mil flores em tons variantes, contrastando com as manchas dos carneiros que ali pastavam... Jesus dirigia-se à praia. Seu olhar parecia perdido em pensamento que ninguém podia adivinhar. A eterna Lei havia reunido ao Seu redor os doze apóstolos comprometidos em Sua missão.

Foi a primeira vez que Jesus repartiu com eles o pão e o vinho, símbolo usado no Oriente para iniciar uma amizade duradoura, forte e profunda. Assim, à beira do Mar da Galiléia, sob uma tenda de pescadores, Cristo fundou naquela memorável noite a irmandade fraternal entre os homens que iriam, juntamente com Ele, pregar as leis de amor, honestidade, misericórdia e perdão.

Princípio inteligente nos minerais

Atuação do Princípio Inteligente
não Começa nos Minerais - Dr. Ary Lex

Perguntaram-me se a atuação do princípio inteligente começava a partir dos minerais. Respondi: não. Aos amigos leitores do Jornal Espírita, ante o debate que se abriu em sua edição de agosto/99, com a mesma pergunta, digo, antes de respondê-la que é mister lembrar as características dos seres vivos.

Já há séculos, distribuíram tudo quanto existe na Terra em três reinos: mineral, vegetal e animal. Tentou a vaidade humana criar para o homem um quarto reino - seria o reino hominal, o que não se justifica, pois o homem está enquadrado no reino animal.

Quem é o dono da verdade?

Não é fácil, mas até dentro do movimento espírita
estão contando os dias para que tudo se acabe.
Texto de Vladimir Polízio

Não é fácil, mas até dentro do movimento espírita estão contando os dias para que tudo se acabe. Datas e fórmulas é que não faltam. Das três opções a seguir, devemos extrair apenas uma: Ou nós estamos estudando demais, acreditando demais ou confiando demais nas pessoas.

Nomes respeitáveis são colocados à testa de certas situações constrangedoras, muito provavelmente para a obtenção da credibilidade necessária. Se a partir de 2019 teremos de fato a solução para todos os problemas da Terra, como está sendo profetizado no meio espírita, não me parecem sérias as afirmativas dos Espíritos de que a Terra é um mundo de Provas e Expiações.

Renascimento, uma lei da natureza

Ninguém pode ver o Reino de Deus
se não nascer de novo - Altamirando Carneiro

A palavra reencarnação surgiu no século 19, com o Espiritismo, para designar o processo de chegada e retorno do Espírito, na caminhada empreendida durante a sua jornada planetária. Esse processo de nascimento e renascimento é uma lei da Natureza. Não é uma invenção, não é uma mentira. Mas se é uma lei da Natureza, por que tanta polêmica em torno do tema? 

Acontece que
até o século VI depois de Cristo, todo o Cristianismo aceitava a reencarnação que a cultura ocidental já proclamava, milênios antes da era cristã, fato que norteia os princípios da Justiça Divina, pois dá ao homem a oportunidade de rever seus erros e recomeçar, em nova existência, o trabalho de sua regeneração.

Perdoados, mas não limpos

Compilado do livro Justiça Divina
Emmanuel (espírito) Francisco Cândido Xavier

Em nossas faltas, na maioria das vezes somos imediatamente perdoados, mas não limpos. Somos perdoados pelo fel da maledicência. Mas a sombra que lançamos na estrada alheia permanece dentro de nós por agoniado constrangimento.

Somos perdoados pela brasa da calúnia. Contudo, o fogo que arremessamos na cabeça do próximo passa a nos incendiar o coração. Conseguimos o perdão pela grave ofensa que fizemos. Entretanto, a pedra atirada ao irmão de caminhada volta, com certeza, a golpear-nos o próprio ser.