Para que uma sensação seja notada e incorporada à consciência, é
necessário observarmos determinadas condições, tais como: intensidade, duração,
e algumas vezes, a observação. Para que se efetue uma percepção, exige-se do
fenômeno que a desencadeia uma intensidade compatível com a faixa auditiva,
visual, gustativa em questão, para que venhamos a notar-lhe a existência.
Mas se essa intensidade não for seguida de uma duração para que
possamos captar detalhes do ocorrido, ou seja, tomar conhecimento mais
aprofundado do evento, este não penetra em nossa consciência, a não ser por um
esforço de imaginação ao tentar reconstituí-lo.
Ocorre, no entanto, que o Espírito percebe tudo ao seu redor,
detendo-se apenas naquilo que lhe interessa, o que se lhe torna consciente
ficando gravado em sua intimidade. O que é gravado permanece no campo da
consciência por determinado período, recuando para o inconsciente a posteriori,
cedendo lugar a outras observações que o Espírito faz em seu constante
relacionamento com o meio.