A Pineal na Filosofia e no Misticismo

A Epífise Neural ou glândula Pineal tem sido considerada, desde René Descartes (século XVII), que afirmava que nela se situava a alma humana, um órgão com funções transcendentes.

O interesse pela glândula é bastante antigo sendo que seus primeiros estudos datam 300 anos antes de Cristo. Além de Descartes, um escritor inglês com o pseudônimo de Lobsang Rampa, entre outros, dedicaram-se ao estudo deste órgão.

Com a forma de pinha (ou de grão), é considerada por estas correntes religiosos filosóficas como um terceiro olho devido à sua semelhança estrutural com o órgão visual.

Localizada no centro geográfico do cérebro, seria um órgão atrofiado em mutação com relação em nossos ancestrais.

Os defensores destas capacidades transcendentais deste órgão, consideram-no como uma “antena”. A glândula pineal tem na sua constituição cristais de apatita.

Segundo esta teoria, estes cristais vibram conforme as ondas eletromagnéticas que captassem, o que explicaria a regulação do ciclo menstrual conforme as fases da lua, ou a orientação de uma andorinha em suas migrações.

No ser humano, seria capaz de interagir com outras áreas do cérebro como o córtex cerebral, por exemplo, que seria capaz de decodificar essas informações.

Já nos outros animais, essa interação seria menos desenvolvida. Esta teoria pretende explicar fenômenos paranormais como a clarividência, a telepatia e a mediunidde.

A Doutrina Espírita dedica-se à formulação destas explicações desde Allan Kardec (século XIX). Na obra Espírita Missionários da Luz, ditada pelo espírito de André Luiz, através da psicografia do médium Francisco Cândido Xavier, a epífise é descrita como a glândula da vida espiritual e mental.

Para a Doutrina Espírita, a epifise ou pineal é órgão de elevada expressão no corpo etéreo. Preside os fenômenos nervosos da emotividade, devido a sua ascendência sobre todo o sistema endocríno, e desempenha papel fundamental no campo sexual.

Na mesma obra, André Luiz descreve ainda que a epífise está ligada à mente espiritual através de princípios eletromagnéticos do campo vital, que a ciência formal ainda não pode identificar, comandando as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade.

Já na visão dos hindus, é o principal órgão do corpo, possuidor de dois chacras ou centros de energia responsáveis pelo desenvolvimento extra-físico, como receptores e transmissores de energia vital: o chacra do terceiro olho, central na testa, acima da altura dos olhos, e o chacra coronário, mais superior, também na cabeça.

Apesar de alegações de diversas correntes de que a pineal seria uma "antena" por onde a alma transmitiria os pensamentos para o cérebro, a extração completa da glândula por cirurgia, realizada em casos de tumores benignos ou malignos, não leva à morte ou a alterações evidentes na capacidade de pensamento.