Marco Túlio Michalick
Revista Cristã de Espiritismo
Será que ao abortar não estamos criando condições para que o espírito reencarnante fique revoltado e se torne um obsessor?
O aborto é o crime mais cruel que se pode cometer, pois você está tirando a vida de um ser humano sem direito de defesa. É um crime bárbaro.
Vocês não imaginam a dor que esse espírito reencarnante sente nesse momento tão doloroso.
No momento do aborto, ele perde a oportunidade de voltar a reencarnar e, dessa forma, poder se redimir de erros do passado, aproveitar a oportunidade de evolução concedida pela misericórdia divina.
No momento do aborto, ele perde a oportunidade de voltar a reencarnar e, dessa forma, poder se redimir de erros do passado, aproveitar a oportunidade de evolução concedida pela misericórdia divina.
Por isso, ocorre ao reencarnante o desequilíbrio pela rejeição, pois muitos necessitam voltar com aquela família em específico para resgatar débitos do passado.
O processo da reencarnação é traçado pelo Departamento da Reencarnação, onde é preparado o mapa da vida do reencarnante.
O encontro com os futuros pais nos sonhos é essencial para o conhecimento da tarefa de cada um, muitas vezes, amigos de outras vidas ou desafetos, que devem aproveitar a oportunidade para repararem seus erros.
Como temos o livre-arbítrio, cabe aos pais a decisão de abortar ou não. Antes do ato propriamente dito, há um trabalho todo especial feito pelos socorristas com o intuito de evitar o crime, porém a decisão final é do encarnado.
No momento do aborto, o espírito abortado sofre muito. No livro “Deixe-me Viver”, Luiz Sérgio descreve: Mas o feto urrava de ódio.
Após o aborto, esse espírito precisa de tratamento, passando por algumas cirurgias perispirituais e tratamento psicológico, pois sua casa mental não esquece os momentos cruéis de seu assassinato.
Esse tratamento é lento, pois não é fácil conscientizar o abortado de que o aborto é um ato físico e o espírito não deve ficar lembrando dos fatos tristes que passou.
Em tratamento no plano espiritual, encontra-se metade bebê, metade adulto. Revoltados, uns choram, outros gritam palavrões, todos com muito ódio e rancor.
Revolta e Obsessão
Mas nem todos os abortados aceitam a ajuda dos socorristas e passam a obsediar os pais, os médicos e todos aqueles que, de uma forma ou de outra, tiveram alguma ligação com o aborto.
Esses passam a ser obsediados tanto no plano físico quanto no espiritual. Os abortados colam-se aos seus assassinos para cobrar deles o direito de viver.
Na obsessão, os corpos saem do nível e os abortados buscam as rodas energéticas (chacras), alimentando-se através delas. O espírito encarnado vai perdendo as forças, ficando a mercê dos vampiros.
Existem o “Vale da Revolta” e o “Vale do Aborto”, para os quais diversos espíritos são atraídos pela vibração perispiritual. Não conseguimos calcular o horror deste lugar, onde vários espíritos são escravizados por outros mais fortes.
Vamos descrever uma passagem do livro “Deixe-me Viver”: Envolto por dez espíritos obsessores, vimos um aborteiro, que chamarei de Célio.
Tentamos ajudá-lo, mas sua forma, que não podemos dizer humana, tal a deformação perispiritual, toda gelatinosa, arrastava-se pelo solo negro e viscoso, movendo-se com dificuldade, ainda mais por carregar junto a si seus verdugos, também muitos deles ainda na forma fetal, no ponto da interrupção da gravidez.
Em Célio só havia a fisionomia sofredora, o resto de seu corpo não mais possuía forma humana. Destacava-se nele o semblante sofredor.
Mais parecia um verme, lutando para se livrar de seus verdugos, que lhe sugavam sem piedade. Célio me pareceu um enorme feto, tendo a cabeça humana deformada e, colado nele, suas vítimas.
Assim como Célio, ali estavam vários outros aborteiros que contribuíram não só para retardar o plano de Deus para a reencarnação, como também prejudicaram seus próprios corpos.
Mesmo nestes lugares, há um hospital para ajudar estes espíritos. A aura espiritual é que capta a luz do mais alto e uma mente ligada ao ódio não se alimenta de luz e, sim, de vibrações baixas. Neste momento, eles serão socorridos.
Métodos de aborto
Na maioria das vezes, as pessoas que vão abortar pensam que esse ato é rápido e sem dor para o feto. A realidade é outra. É muito doloroso para o abortado e os meios usados pelos médicos são desumanos.
Talvez se a pessoa tivesse essa informação antes, pensaria duas vezes ou mais antes de cometer esse crime.
Extraímos do livro “Os Fatos da Vida”, de Brian Clowes, alguns destes métodos utilizados pelos aborteiros.
Segundo o autor, dependendo da idade de gestação do nascituro e da condição física da mãe, o aborteiro tem uma variedade de métodos de aborto em seu arsenal.
Os abortos prematuros (os do primeiro trimestre) são feitos geralmente por dilatação e curetagem (D&C) ou sucção.
Os aborteiros usam métodos mais complexos para matar bebês nascituros no segundo e no terceiro trimestre. Estes incluem dilatação e evacuação (D&E), solução salina, dilatação e extração (D&X), prostaglandina, histerotomia e abortos com injeção intercardíaca.
No aborto por sucção, um poderoso aspirador é usado para sugar desmembrado o bebê em desenvolvimento, junto com sua placenta.
O abortista ou seu assistente junta ou checa as partes do corpo do bebê para se certificar de que o aborto foi completo.
No aborto por dilatação e evacuação, o abortista utiliza um grande fórceps para esmagar o bebê dentro do útero da mãe e removê-lo aos pedaços.
Já no aborto salino, uma solução concentrada de sal é injetada no útero da mãe. O bebê aspira e engole esse veneno. O sal não só causa extrema dor como queima a pele do bebê.
A perversidade maior ocorre no aborto por dilatação e extração, por ser feito com vinte semanas de gravidez e, além disso, ser difícil, devido à rigidez dos tecidos fetais nesse estágio de desenvolvimento.
O abortista usa fórceps para girar uma das pernas do bebê e puxar através do canal de nascimento.
Depois, perfura a parte posterior da cabeça com uma tesoura bem afiada e abre as lâminas, rasgando o tecido e fazendo um grande buraco na parte mole do pescoço do bebê. Finalmente, aspira o cérebro do bebê e completa o parto em poucos segundos”.
Aborto Moral & Estupro
Quanto ao Aborto Sentimental ou Moral, que se refere ao Estupro, sabe-se da dificuldade da mulher em enfrentar essa violência brutal, mas tirar o filho não é o caminho correto. Não se deve consertar um erro com outro.
Diz ainda Brian Clowes que há dois métodos comuns para se desfazer dos corpos dos bebês abortados durante o primeiro trimestre da gravidez:
Jogar fora pela lixeira ou pelo inskerator (um triturador que se instala debaixo de pias) ou se desfazer deles como resíduos biológicos num saco de plástico especial. Bebês abortados de tamanho maior são vendidos com freqüência para fins de pesquisas.
No livro “Aborto à Luz do Espiritismo”, de Eliseu Florentino da Mota Jr., colhemos as seguintes informações sobre o aborto eugênico ou eugenésico: É aquele praticado para evitar o nascimento de criança portadora de anomalia física ou psíquica.
Neste caso há sério risco de predisposição hereditária, seja por doenças da mãe durante a gravidez, seja ainda por efeito de drogas por ela tomadas durante esse período, tudo podendo acarretar para aquelas enfermidades psíquicas, corporais, deformidades etc.
Diante desse quadro, em nosso modo de entender, se a gestante de um filho portador de anomalia física ou psíquica não alcançar esses avançados progressos da medicina fetal ou se, mesmo tendo alcançado, a criança nascer portando deficiências, está evidente que estamos diante de débitos pregressos.
Devemos deixar claro que a mãe se exime de culpa quanto ao aborto espontâneo, que acontece naturalmente, ou seja, não foi provocado por ninguém.
Quanto ao aborto sentimental ou moral, que se refere ao estupro, sabemos da dificuldade da mulher em enfrentar essa violência brutal, mas tirar o filho daquele que lhe cometeu o estupro não é o caminho correto.
Não se deve consertar um erro com outro. Deus não permitiria que isso acontecesse se ela não tivesse débitos referentes à situação vivida neste momento.
O filho vindo nessas circunstâncias pode ser um amigo de outras reencarnações e ambos podem ter alguns resgates para efetuarem em conjunto.
Existem inúmeros tipos de aborto. Comentamos alguns para que o leitor tenha ciência sobre como é praticado e o grau de conseqüência perante as leis divinas, bem como a situação do abortado após o crime propriamente dito.
Talvez essa leitura possa deixá-lo perplexo, mas a situação é gravíssima. O Brasil é um dos países campeões em abortos. Calcula-se que 50 milhões de abortos, entre legais e clandestinos, sejam praticados em todo o mundo anualmente.
As estatísticas acima mencionadas levam à conclusão de que 2640 mulheres morrem a cada ano devido ao aborto ilegal.
O estudo de David Readon extraído do livro de Brian Clowes, mostrou que, em 1994, as mulheres que abortaram tinham um agrupamento de sintomas psicológicos que ocorrem com muito mais freqüência do que entre as mulheres que não abortam.
Esses sintomas incluem perturbações mentais ou flashbacks (63%), tentativas de suicídio (28%), crises histéricas (51%), perda de autoconfiança e de auto estima (82%), irregularidades nos hábitos de comer, tais como anorexia ou bulimia (39%), uso ilegal de drogas (41%) e perda do prazer durante a relação sexual (59%).
Não há dúvidas de que a maioria das mulheres que fizeram aborto sentem-se envergonhadas de suas decisões e acreditam que devem manter seus segredos para si próprias.
Consequências Psíquicas do Aborto
É interessante esse capítulo do livro de Eliseu Florentino da Mota Jr. que trata do arrependimento e remorso. Descrevemos onde ele explica a diferença:
Dentre as causas determinadas das anomalias psíquicas, é induvidoso que o remorso assume especial relevância, porquanto, ao contrário do arrependimento, que é o primeiro passo para a reabilitação diante de um erro cometido, ele determina o surgimento do complexo de culpa, levando a pessoa que eventualmente tenha errado a crises nervosas, chegando mesmo à loucura.
Concluímos aproveitando um caso que ele cita do Dr. E. Nathanson, médico ginecologista e ex-diretor da maior clínica abortiva do mundo, em um depoimento prestado durante um congresso internacional realizado no Colégio dos Médicos de Madrid, capital da Espanha, mostrando as conseqüências psíquicas do aborto para as pessoas envolvidas diretamente no processo de abortamento:
Refiro-me ao “Centro de Saúde Sexual”, situado a leste de Nova York. Tinha dez salas de cirurgia e 35 médicos especializados estavam às minhas ordens. Praticávamos 120 abortos diários, inclusive aos domingos, e só no dia de Natal não trabalhávamos.
Quando me encarreguei da clínica, tudo estava sujo e nas piores condições sanitárias. Os médicos não lavavam as mãos entre um aborto e outro e alguns eram praticados pelas enfermeiras ou simples auxiliares.
Consegui modificar tudo aquilo e transformá-la em uma clínica modelo em seu gênero. Como chefe de departamento, tenho a confessar que 60 mil abortos se praticaram sob minhas ordens e uns 5 mil foram realizados por mim pessoalmente.
Recordo que em uma festa que demos, algumas esposas dos médicos me contaram que seus maridos tinham pesadelos à noite e, gritando, falavam de sangue e de corpos de crianças destroçados.
Outros bebiam demasiado, alguns tomavam drogas e vários deles tiveram que consultar especialistas de desordens mentais. Muitas enfermeiras se tornaram alcoólatras e outras abandonaram a clínica, afetadas por sérias perturbações nervosas.
Esse é um assunto amplo, que envolve mais informações que infelizmente não temos como expor totalmente nesta matéria, mas que podem ser pesquisadas pelos leitores nos livros citados neste texto.
As pessoas devem pensar sobre cada palavra que foi escrita e analisar se vale a pena praticar o aborto, se vale a pena penalizar um espírito reencarnante com essas torturas e, posteriormente, prejudicar a si próprio ao contrair débitos muitas vezes incalculáveis.
Eu já ouvi depoimentos de mulheres que declararam a vontade de abortar, mas que, quando mudaram de idéia e resolveram ter o filho, disseram que ele era tudo de mais sagrado que tinham, sentiam-se felizes por não terem abortado.
Aquelas que já abortaram, procurem se redimir desse erro. Como? A caridade cobre uma multidão de pecados (Pedro 4:8). Dediquem-se à criança abandonada, atenda ao berço da criança pobre. Se puder ainda gerar, aproveite, pois talvez aquele que foi abortado volte para uma nova tentativa de reencarnar.
Se não tem mais possibilidades de gerar, existe a alternativa da adoção. Outra maneira é visitar orfanatos, confeccionar roupas para os pequeninos, comprar cobertores, que com certeza isentarão eles do frio que provavelmente passariam. Enfim, nunca é tarde para amar!