Da mesma maneira como
existem as infecções
orgânicas, existem também as infecções fluídicas. Muitos desencarnados, movidos pelo instinto de vingança, empolgam a
imaginação dos adversários encarnados, com formas mentais monstruosas classificadas pelos instrutores espirituais
como “infecções fluídicas”, com grande
poder destruidor, podendo levar a vítima até à loucura.
É possível
compreender, assim, os casos de possessos, relatados nos Evangelhos, que se curaram de doenças físicas ou de profunda
deterioração mental, quando os Espíritos inferiores, que os subjugavam, foram
retirados pela ação curadora de nosso mestre Jesus ou dos apóstolos. Mas não podemos nos esquecer que os encarnados
também produzem “larvas mentais”, que são vampirizadas pelos desencarnados.
Como vemos, na estrada do psiquismo, sempre existe dupla mão.
No livro “Missionários
da Luz”, André Luiz continua os seus estudos sobre as larvas mentais. Observou
que não têm forma esférica, nem são do tipo bastonetes como as bactérias
biológicas, entretanto, formam
colônias densas e terríveis.
Em uma sessão, pôde
examinar um rapaz, candidato ao desenvolvimento mediúnico, constatando a presença de aluviões de corpúsculos
negros, possuídos de espantosa mobilidade, que se deslocavam, desde a bexiga urinária, passando ao longo do cordão
espermático e formando colônias compactas nas vesículas seminais, na próstata,
na uretra, e invadindo os canais seminíferos, para, finalmente, lutar contra as
células sexuais, aniquilando-as.
Alexandre designou-os de “bacilos psíquicos da tortura sexual”,
explicando que o rapaz os tem cultivado pela falta de domínio das emoções
próprias, através de experiências sexuais variadas, e, também, pelo contato com entidades grosseiras,
que se afinam com as predileções dele. Essas companhias espirituais o visitam
com frequência, como imperceptíveis vampiros.
André analisou também
outra candidata ao desenvolvimento da mediunidade. Em grande zona do ventre
dessa senhora, observou muitos parasitos
conhecidos do campo orgânico, mas lá estavam também outros como se fossem “lesmas”
voracíssimas, que se agrupavam em colônias, desde os músculos e fibras do estômago até a válvula íleo-cecal. Semelhantes
parasitos atacavam os sucos nutritivos, com assombroso potencial de destruição.
Temos aqui uma pobre
amiga desviada nos excessos de alimentação (explicações de Alexandre), descuidada de si mesmo, caiu na glutonaria crassa,
tornando-se presa de seres de baixa condição. Um outro pretendente a médium, sob o exame de André Luiz, apresentava o
aparelho gastrintestinal ensopado em aguardente, do esôfago ao bolo fecal.
Alexandre ressaltou
que ninguém quer fazer do mundo terrestre um cemitério de tristeza e desolação.
Atender a santificada missão do sexo, no seu plano respeitável, usar um aperitivo
comum, fazer uma boa refeição, de modo algum significa desvios espirituais; no entanto, os excessos sempre representam
desperdícios lamentáveis de força, os quais retêm a alma nos círculos
inferiores.
E concluiu o mentor:
Não se pode cogitar de mediunidade construtiva, sem o equilíbrio construtivo
dos aprendizes, na sublime ciência do bem-viver. O médico desencarnado desejou
saber mais sobre os "bacilos mentais" que o benfeitor denominava
larvas. Nascem da onde, qual a
fonte? Alexandre explicou que elas se originam da patogênese da alma: A cólera,
a intemperança, os desvios do sexo, as viciações de vários matizes, formam criações inferiores que afetam
profundamente a vida íntima.
As ações produzem
efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e
consequências de infinitas expressões. Assim, a cólera, a desesperação, o ódio e o vício oferecem campo a
perigosos gérmens psíquicos na esfera da alma. E, qual acontece no terreno das
enfermidades do corpo, o contágio aqui é fato
consumado, desde que a imprevidência ou a necessidade de luta estabeleçam
ambiente propício, entre companheiros do
mesmo nível.
Compilado por Harmonia Espiritual
A Obsessão e suas Máscaras, de Marlene R. S. Nobre