Para onde vamos depois que morremos

Para onde vamos depois que “morremos”?
Ramatis (espírito)

Para muitos lugares, dependendo única e exclusivamente do grau de consciência que cada indivíduo possui, ou seja, um conjunto de atributos:  mérito, vibração, equilíbrio, conhecimento entre outros.

Vejamos sob a ótica da análise despretensiosa, os que ficam “presos” aos planos intermediários, isto é, no plano astral, porém em seus “antigos” lares terrenos. Pois muitos são os que não conseguem distanciar-se do mundo material e mesmo já sem o corpo carnal, permanecem em seus antigos lares, ligados ou se preferirem “presos”.


O que ocasiona isto? Amiúde os desencarnes levam os espíritos a aprisionarem-se espontaneamente aos lares onde estiveram em vida física, por justamente não terem se educado, nem tão pouco se preparado para a passagem de volta.

O que nos leva a crer que o indivíduo que assim procede, está num estado de adormecimento psíquico e atraso espiritual, onde dificilmente despertará a contento.

Em vida física não se educaram espiritualmente, preferiram permanecer ignorantes e inativos diante da necessidade premente que o espírito tem em buscar pelo conhecimento transcendental.

Com a “morte” percebem-se mais vivos do que antes quando em plano físico, aí abate-se sobre os recém desencarnados a estupefação diante da maior das realidades!

Está vivo, porém vê seus entes velarem seu próprio corpo, ouve os mesmos noticiarem sob prantos, seu falecimento. O que dizer? O que pensar? Como agir? O que fazer?

A grande maioria entra em desespero e quase enlouquecem, pois vêem diante de uma realidade que jamais em vida física,  buscaram investigar.

Muitos são os lares onde esta é a realidade, são pais, mães, irmãos, avós, filhos e até amigos, passando a viver “presos” (por conta da ignorância), nestes ambientes e interagindo psiquicamente com os encarnados de forma pouco saudável e até podendo lhes causar maléficas interferências, pois estando noutra dimensão, permanecendo em constante contato com os “vivos”, passam a ter acesso fácil a informações e segredos que antes não tinham.

O fato é que ainda não estão harmonizados com as Leis Divinas, por isso, provavelmente causarão a si e aos seus perturbações mentais, oriundas dos desajustes morais, como por exemplo, o ciúme, o egoísmo, a cupidez, a vaidade, sentimentos como a inveja, a raiva, o ódio, os medos, etc.

Quando estão afetivamente ligados aos que ainda permanecem no plano da matéria, quando infelizes podem passar o mesmo sentimento ao encarnado, podendo levá-lo à depressão, pois o psiquismo dos envolvidos, tanto encarnado quanto desencarnado, fica sensivelmente afetado.

Em contrapartida os encarnados também podem manter seus entes recém-chegados ao além-túmulo, “presos a si” por não compreenderem o significado real do desligamento físico, ou seja, da “morte”.

Envolvem-nos com seus pensamentos, “imantando-os” e, dependendo da força energética que despendem sensibilizam-nos a ponto de mantê-los nesta situação por muito tempo.

Este é um tema muito complexo e necessita de maiores estudos, sabemos que é preciso educarmo-nos com sabedoria, pois muitos são os “detalhes” que nos fazem estacionar, por não conhecê-los.

Sabe-se que o espírito retorna com a morte física para o “mundo” que deixou antes de encarnar, isto dependerá da sua conduta no plano da matéria enquanto “vivo”, pois muitos saem da dor e do sofrimento para experiências duras no plano físico, enquanto que outros já saem de ambientes saudáveis e harmoniosos (plano superior) para um hostil, em função da caridade e do amor ao próximo.

Outros tantos deixam as colônias espirituais para adentrar novamente no mundo físico e dar continuidade ao “projeto” de evolução espiritual, traçado minuciosamente pelos técnicos siderais em nome do Pai Maior.

Daí pode-se entender que os que abusam do direito de “ir e vir” próprio e dos outros, os que perdem a oportunidade de crescer com as experiências terrenas e os que degradam-se  moralmente, vão após o desligamento do corpo físico para ambientes onde equivalem-se psiquicamente (peso específico).

Por isso a necessidade incessante dos estudos, da busca pelo conhecimento e pela educação espiritual. 

Não estamos aqui a passeio, portanto não percamos a chance de tornarmo-nos mais conscientes e mais  preparados para que este tipo de dor, que vem com a falta de informação sobre o além túmulo, não continue a nos ferir.