O que significa ser cristão

Vivemos um momento em que toda tentativa de criação de algo novo, de transformação de padrões, acaba sendo capturada pelo capital e se torna mercadoria. Com a religião não acontece de forma diferente. Ela se encontra hoje imersa nessa lógica capitalista e tal imersão diz respeito não só a venda dos mais diversos produtos (CD's, livros, terços, imagens, etc), mas também a esse mercado de fiéis que foi criado.


Hoje há um conceito chamado “fidelização”. As empresas precisam conquistar mercado, conquistar clientes e trabalhar para mantê-los, utilizando para isso diversos artifícios. Nesse contexto podemos perceber que as instituições religiosas tem atuado como empresas. Há um trabalho para conquistar cada vez mais fiéis e para mantê-los dentro da instituição.

A nova era

Os grandes mestres da Espiritualidade nos informam que a chegada do terceiro milênio indica o fim da Era de Peixes, regida pela mensagem amorosa de Jesus, e o início do ciclo de Aquário, período em que a humanidade terá novas metas a alcançar em sua senda evolutiva.


Após o período de transição para a Nova Era, somente os espíritos eleitos através da conquista do amor e das demais virtudes cristãs obterão o ingresso para prosseguirem reencarnando na Terra, enquanto os rebeldes que não se enquadrarem dentro do perfeito código moral do Evangelho de Jesus serão exilados para um mundo de ordem inferior, onde realizarão suas experiências reencarnatórias futuras, sempre lamentando o paraíso perdido, assim como descrito na lenda bíblica a respeito de Adão e Eva.

O Espírito desencarnado - 2 parte

1 - Sensações nos Espíritos Errantes: Tratando do momento em que o Espírito deixa o corpo e penetra no Mundo Espiritual, Allan Kardec lhes analisa, em vários artigos da Revista Espírita, com relação as sensações e o desenvolvimento das idéias. Muitas perguntas lhe tinham sido feitas: Sofrem os Espíritos? Que sensação experimentam?


Em “O Livro dos Espíritos”, o codificador da Doutrina Espírita dedica um longo capítulo a esse tema e que tem por título “Ensaio Teórico Sobre as Sensações nos Espíritos”. Responde ele, então, com base em informações dos Espíritos e, principalmente, em suas próprias observações e nos estudos das funções do perispírito.

Reencarnação – Porque?

O Espírito encarna e reencarna inúmeras vezes com a finalidade de progredir. Gradualmente, ele sai da ignorância e cresce em conhecimentos e em moralidade. Esse processo é vasto e demanda incontáveis existências. Nesse longo caminhar, vagarosamente o Espírito inteira-se do teor das leis divinas, que se encontram inscritas em sua consciência. As leis divinas constituem um roteiro de felicidade. Quem consegue adaptar sua vontade e seu proceder aos estatutos divinos, apressa e ameniza sua evolução para Deus.


Todo ato contrário às leis soberanas gera desequilíbrio, a exigir reparação. Conforme a extensão das conseqüências, o ato de reparar pode demandar inúmeras encarnações. Muitas vezes um homem consegue ignorar e sufocar a própria consciência durante um tempo. Não raro, grandes criminosos terminam seus dias terrenos na abastança.

Lacordaire

Acordai, meus irmãos, meus amigos! Que a voz dos espíritos comova os vossos corações. Praticai a generosidade e a caridade, sem ostentação, isto é, fazei o bem com humildade; que cada um de vós destrua, pouco a pouco, os altares que erguestes ao orgulho; em uma palavra, sede verdadeiros cristãos e alcançareis o reino da verdade. Não duvideis mais da bondade de Deus, agora que o Senhor dela vos oferece tantas provas.


Vimos preparar os caminhos para que as profecias se realizem. Quando o Senhor vos der uma manifestação mais evidente da sua bondade, que o enviado celeste encontre em vós uma grande família; que os vossos corações, brandos e humildes, sejam dignos de ouvir a palavra divina que ele virá vos trazer; que o eleito só encontre em seu caminho as palmas deixadas pelo vosso retorno ao bem e à caridade, então vosso mundo se tornará o paraíso terrestre. (Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VII item 11)

O Espírito desencarnado – 1 parte

O transe da morte é sempre um estado de crise para qualquer indivíduo, variando conforme o adiantamento moral de cada um. Daí a passagem do estado da matéria para a vida espiritual acarretar uma espécie de perturbação mais ou menos longa, até que se quebrem todos os elos entre o Espírito e sua organização física.


Essa crise é um fenômeno natural. Pensemos na hipótese de alguém ter de mudar, abruptamente, do Nordeste brasileiro para um país europeu ou vice versa. A mudança repentina implicaria um distúrbio tal no indivíduo, que este levaria algum tempo para se descondicionar do ambiente anterior e se adaptar às novas e diferentes condições de vida. Que diremos, então, da morte em que o fenômeno de desagregação do corpo processa uma modificação muito mais violenta?

Lei de Causa e Efeito

O primeiro procedimento adotado por Allan Kardec na abertura da gigantesca obra da Codificação foi se preocupar com as questões filosóficas, desta forma, o mestre inaugura a Doutrina dos Espíritos em seu primeiro parágrafo: Para se designarem coisas novas são precisos termos novos. Assim o exige a clareza da linguagem, para evitar a confusão inerente à variedade de sentidos das mesmas palavras.


Pode-se notar que evitar ambiguidades era uma das tarefas a ser cumpridas. Para minha surpresa, ao pesquisar para este artigo, não encontrei, formalmente, em nenhuma parte da Codificação ou na Revista Espírita a definição da “Lei de causa e efeito”.

Encontramos o axioma (*): “para todo efeito existe uma causa e não há causa sem efeito”. Essa máxima vulgarizada nas obras do mestre como um princípio, foi transformada em lei por espíritos pós-codificação, isto é, a partir deste axioma se torna, facilmente, dedutível a lei implícita.