Onde vivem os Espíritos

Através da vasta bibliografia espírita sobre o assunto, pudemos ter um maior conhecimento sobre a vida dos espíritos no plano espiritual. E são justamente eles quem nos fornecem diversos dados e detalhes de suas moradias que até pouco tempo eram desconhecidas. André Luiz, foi o precursor desta divulgação, relatando-nos a estrutura e organização da cidade Nosso Lar.


Assim como ela, existem milhares de cidades e postos de socorro com administração, organização e responsabilidades próprias. As cidades ou colônias espirituais, têm uma estrutura "semelhante" às nossas, porém são detentoras de uma organização, atividade e beleza incomparáveis. Pelos relatos que nos foram transmitidos, através das obras supracitadas, essas cidades possuem edificações sólidas, como hospitais, escolas, residências, edifícios, fábricas etc.


Estas construções são realizadas por espíritos especializados, que através de seus pensamentos, manipulam o fluído cósmico universal, a fim de edificarem as construções necessárias, podendo ser alteradas ou "demolidas", por seus criadores, de acordo com a necessidade e a conveniência.

No livro “Devassando o Invisível”, Yvone Pereira, relata-nos: "A força motora dos seus pensamentos, poderosamente associados e disciplinados, irradiando energias cuja natureza o homem ainda não poderá conhecer, agirá sobre aqueles fluídos e essências e edificará o que antes fora delineado e desejado".

Justamente por este motivo, os espíritos não atravessam as paredes das casas, nas colônias espirituais, porque a substância delas é concreta, em relação a eles, tendo a mesma dimensão e o mesmo nível de matéria que à de seus corpos. Porém eles podem atravessar as paredes das casas terrestres, bastando saber como conduzir o próprio pensamento, pois a matéria de seus corpos não está no mesmo nível e dimensão da nossa matéria.

As residências possuem repartições, como sala, quartos e banheiro e são mobiliadas com alguns móveis e utensílios eletrônicos que já conhecemos, como cama, mesa, cadeira, TV, rádio e outros que ainda não conhecemos. Destaca-se que tudo tem sua utilidade, pois lá não há lugar para supérfluos. Da mesma forma, as demais repartições, como hospitais, escolas, etc. também têm utensílios necessários as suas atividades.

Além das construções, nas cidades espirituais há animais e vegetações. Merecendo um destaque especial para os jardins e as flores, que são descritas de forma maravilhosa, com cores mais vivas, belas e com espécies diferentes das que conhecemos na Terra. Um dos motivos de tamanha beleza é à vibração mental dos espíritos que habitam as colônias. André Luiz relata-nos que em Nosso Lar, os habitantes equilibrados têm o compromisso de não emitirem pensamentos contrários ao bem, ou seja, eles devem zelar pela manutenção de um bom padrão vibratório na colônia.

Todas as cidades possuem uma Administração, cujo governo ocorre por determinação superior, segundo o conhecimento, mérito e a capacidade administrativa, sendo que os demais habitantes trabalham não só pelo próprio aperfeiçoamento como também cooperam para a evolução da região onde residem e de um modo geral com o bem comum.

Os postos de socorro, são construções erguidas pelos espíritos de bem dentro da região do “Umbral”, a fim de prestarem o auxílio, principalmente aos espíritos necessitados nas proximidades de sua localização. Tais postos, podem ser fixos ou não, neste último caso, eles possuem mecanismo de deslocamento, o que possibilita sua transferência para a região onde deseja auxiliar.

Por estarem situados no “Umbral”, são cercados por grandes muros, assim como algumas cidades, que servem para protegê-los de eventuais ataques dos espíritos inferiores. Um detalhe interessante é a existência de “Espíritos vigilantes” que cuidam da segurança destes postos e de algumas cidades.

Apesar de serem menores que as cidades, possuem a estrutura semelhante, a fim de proverem suas necessidades. Assim, têm hospitais equipados, para os espíritos enfermos e necessitados, residências ou alojamentos para os espíritos trabalhadores, jardins, plantações, animais e uma estrutura administrativa coordenada por um espírito designado para esta função. Ressalta-se que a maioria dos trabalhadores dos postos de socorro, assim como das cidades de transição, não são espíritos superiores, elevados e sim espíritos medianos, que ainda terão várias reencarnações.

Para encerrar, um fato interessante: em princípios foram os espíritos quem nos forneceram informações sobre as suas moradias, hoje, além deles, os encarnados têm contribuído e muito para esta divulgação.

Vejamos o comentário de Antônio F. Rodrigues: O livro “Life After Life”, do Dr. Raymond A. Moody (pesquisador não espírita), “bestseller nos EUA”, é um desses livros que nos fala dessas experiências inusitadas, agora complementado com o livro “Reflections nos Life After Life”, que nos traz o resultado de novas entrevistas com os que permaneceram alguns instantes na outra dimensão da vida, mas retornaram por não ter ainda chegado a sua hora de regresso à pátria espiritual.

Transformados com essa experiência, emocionados nos relatam o encontro com seres luminosos, quais anjos de bondade e compreensão, que aconselham e consolam, orientam e encorajam. Descrevem cidades com edifícios resplandecentes, assim como nascentes de águas cristalinas, além de música celestial que deliciosamente havia no ar, transmitindo paz infinita, com uma sensação presente de amor. E não se trata de algumas testemunhas, mas sim de centenas de casos quase coincidentes, variando apenas nos pormenores". (Como vivem os espíritos, pág. 37, 38).
                                     
Através deste breve relato, percebemos que existem várias semelhanças entre a estrutura da vida material e da espiritual. E se aqui nós trabalhamos, estudamos e temos várias outras atividades, lá essas são muito mais intensas, conforme veremos no próximo estudo.

Texto de Clarice Cristina de Oliveira
Compilado por Harmonia Espiritual