Entenda melhor essa força gerada pelo
somatório de energias físicas, emocionais
e mentais de duas ou mais pessoas.
Por Dalton Roque
O poder de um símbolo e o seu caráter “benéfico” ou “maléfico”, “positivo” ou “negativo” não existem por si só: dependem do contexto bioenergético e cármico do caso concreto, bem como dos “holopensenes” envolvidos.
Neste artigo, delineamos as noções básicas sobre o assunto. “Holopensene” constitui expressão-síntese. “Holopensene” = holo + pen + sen + ene = conjunto (holo) de pensamento (pen) que gera um sentimento (sen), o qual, por sua vez, gera a respectiva energia (ene).
Um “pensene” é um pensamento decorrente de um sentimento, o qual, por sua vez, produz uma energia, moldada pela qualidade do pensamento que a concebeu.
Um conjunto de pensenes forma uma bolha bioenergética maior: o holopensene – positivo ou negativo, fugaz (efêmero) ou consolidado (duradouro). Seguindo essa linha de raciocínio, a forma-pensamento consiste em um “morfopensene”.
Na psicosfera terrestre, onde, desde tempos imemoriais, coexistem correntes de pensamentos, sentimentos e energias voltadas ao bem e ao mal, ao elevado e ao primitivo, ao relevante e a ao fútil, sobejam as mais diversas espécies de holopensenes.
O holopensene constitui o gênero de que a “egrégora” é espécie. Todas as egrégoras são holopensenes. Todavia, nem todos os holopensenes são egrégoras.
O vocábulo “egrégora”, a propósito, vem do grego “egregorien” (velar, cuidar). Apenas são “egrégoras” os holopensenes elevadíssimos, consolidados ao longo de séculos e milênios de sadia exteriorização de bioenergias, feita por muitos espíritos, desencarnados e encarnados, terrestres e até extraterrestres.
Correspondem a bolhas de bioenergias gravitantes na aura do Planeta, a vibrarem em dada sintonia, invocáveis por meio de mantras, yantras ou simples pensamentos positivos, ressonantes a partir de uma vontade determinada.
Em suma, tão somente o holopensene de altíssimo valor espiritual e “cosmoético”, sedimentado no transcurso de milênios e séculos, ajusta-se à figura de uma egrégora.
Daí porque não existe “egrégora negativa” (expressão tão errada quanto “subir para baixo ou descer para cima”), nem “egrégora fugaz” (um holopensene fugaz pode até ser positivo, mas nunca será uma egrégora, porque não possui pensamentos, sentimentos e energias já consolidadas – caso contrário, não seria fugaz, isto é efêmero).
A antítese da egrégora (holopensene positivo consolidado) pode ser denominada, para fins didáticos, de “negrégora” (holopensene negativo consolidado) – neologismo que propomos na ausência de outra designação conhecida (negro no sentido de sombrio ou trevoso, sem conotação étnica ou racial).
Níveis de graduação
Quanto ao estágio de consolidação das bioenergias, podemos definir três níveis de graduação: holopensene fugaz; holopensene semiconsolidado; holopensene consolidado.
Nessa perspectiva, o sinal “mais” (+) se direciona à egrégora e o de “menos” (-) aponta para a negrégora, de acordo com a seguinte simbologia-neologismo: H= holopensene (gênero).
H+1= holopensene positivo fugaz. Exemplo: duas amigas se encontram por acaso e desejam o bem a uma terceira amiga, ora ausente.
H+2= holopensene positivo semiconsolidado. Exemplo: holopensene das primeiras comunidades cristãs do Império Romano.
H+3= holopensene positivo consolidado = egrégora. Exemplo: holopensenes do pentagrama, de Krishna, de Jesus e de Buda.
H-1= holopensene negativo fugaz. Exemplo: duas amigas se encontram por acaso e desejam mal a uma desafeta, ora ausente.
H-2= holopensene negativo semiconsolidado. Exemplo: grupo de amigos há décadas se reúne em bares, ocasiões em que costumam falar mal de familiares e colegas de trabalho e profissão.
H-3= holopensene negativo consolidado = negrégora. Exemplo: holopensenes há milênios ou séculos associados à magia negra, à violência e à criminalidade.
Manipulando energias
A magia evoca e emprega energias intangíveis para obter efeitos tangíveis.
Símbolo comum em práticas e rituais de magia, o “Pentagrama” (estrela de cinco pontas) pode ser utilizado de forma positiva (de cabeça para cima), a evocar uma egrégora (holopensene positivo consolidado), ou pode ser utilizado de forma negativa (de cabeça para baixo), a evocar uma negrégora (holopensene negativo consolidado).
Na China antiga, considerava-se sagrado o número cinco, simbolizado pela flor de cinco pétalas. O Pentagrama (estrela de cinco pontas) expressa graficamente importantes princípios inerentes ao número cinco. Esteve presente nas culturas hebraicas e egípcia da Antiguidade.
Como o Pentagrama pode ser criado por uma linha fechada entrelaçada, aos pitagóricos, a estrela de cinco pontas dizia respeito à harmonia entre o corpo e a alma – à saúde plena, personificada no “Anthropos teleios”, o ser espiritual ideal.
Chave ou senha para uma egrégora, o pentagrama positivo (não invertido) representa o ser humano bem plantado sobre seus pés, o qual trabalha com suas mãos e se orienta pela cabeça bem colocada – na conduta de tal individuo, a inteligência, o discernimento e a lucidez (chakras superiores) prevalecem sobre os instintos primitivos (chakras inferiores).
No universo, em essência, existem duas substâncias: a consciência (causa primária, vontade ou intenção) e a energia (consequência, efeito ou reação). Os holopensenes são fontes de energia (no caso de egrégoras, energias positivas, emanadas de fonte perenes e abundantes).
O ritual e o símbolo de que a magia lança mão funcionam como “senhas” a viabilizarem o acesso a uma energia, negativa ou positiva. Não basta ter acesso à “ferramenta”. É preciso saber manipulá-la.
Não basta fazer um ritual, copiá-lo ou imitá-lo, indispensável saber evocar o holopensene a partir da mente e criar a sintonia.
Se bastasse fazer um ritual, quaisquer locais onde se acendesse um incenso, se colocasse uma cruz ou se pichasse um pentagrama estariam protegidos de maus espíritos. Não é ocaso. Há muitas variáveis, a depender de quem, como, porque e para que realiza tais práticas.
A eficácia dos rituais de magia (branca ou negra) variam de acordo com a capacidade e a competência bioenergética do praticante e de seu potencial de vontade, bem como dos Karmas positivos e negativos de si próprio (agente) e do receptor.
Em outras palavras, a eficácia da magia decorre da condição consciencial de ambos, agente e receptor, seus méritos e deméritos, semeados nesta e em outras caminhadas evolutivas.
Na magia negra, existe o assédio (manipulação de energias negativas, baseadas em intenções anticosmoéticas). Na magia branca, existe o amparo (manipulação de energias positivas, baseadas em intenções cosmoéticas).
Seus inimigos desencarnados se agregam aos seus inimigos encarnados. Apóiam-se mutuamente. Uma consequência da lei dos semelhantes. Afins atraem afins, mesmo sem terem consciência disso.
Para finalizar este breve texto, é importante lembrar que os rituais são secundários. Em primeiro plano está a conduta do indivíduo, sobretudo a estatura moral de seus pensamentos, sentimentos e energias conscienciais.
Revista Cristã de Espiritismo
Por Dalton Roque