Os vícios podem ser curados? Não!
Mas, a pessoa viciada pode decidir parar com o vício a hora que ela quiser! Vamos
entender melhor este assunto. O
Espírito é que traz consigo o vício, seja através do “karma,
da lei de causa e efeito ou do livre arbítrio.” Quando citamos vícios, nos referimos a qualquer tipo de
dependência.
A palavra “karma” (ação) é o vetor
principal resultante de todos os atos (bons e maus) praticados pelo homem. Ações
conscientes ou não no Bem ou no Mal. Assim, pode-se avaliar que existirá, para
cada indivíduo, "bom karma", como também "mau karma".
A lei de causa e efeito (todo efeito
é resultante de uma causa) nos explica que tudo que vivenciamos, sejam
momentos felizes ou infelizes, é consequência de nossas atitudes no presente ou
no passado. Embora o indivíduo
esteja vinculado a responsabilidade do ato praticado, se direcionar a sua vida
baseada em valores mais nobres, pode alterar, aliviar, atenuar, reparar, e, com
isso reequilibrar o seu passado. E pode até programar o seu futuro.
Os maus atos arremessam os agentes à
dor; os bons à Paz! Ao criar o Espírito humano Deus concedeu-lhe a
faculdade de decidir e praticar o que quiser através do “livre-arbítrio”. O homem pode optar por agir no bem
ou no mal, pois, pela inteligência e pela moral, tem o dom da análise. Sua
existência, feliz ou infeliz, será determinado por ele mesmo. "Aquilo
que o homem plantar; aquilo mesmo terá que colher" Gálatas, 6-7.
Quando uma criatura acumula débitos
perante a Justiça Divina (Leis Naturais), esta concede-lhe as oportunidades
necessárias para o devido resgate, muitas vezes realizado parceladamente, em
várias existências físicas (reencarnação). Explica-se assim o fenômeno
lógico das vidas sucessivas, onde a criatura humana, conservando a individualidade, liberta-se das más tendências,
adquirindo ou aprimorando virtudes. Isso acontecerá, inexoravelmente, pelo bem
ou pela dor.
O corpo humano é um maravilhoso
empréstimo da Vida, para a vida. Qualquer excesso, qualquer
abuso, qualquer uso indevido, repercutirá na consciência, alertando quanto aos
prejuízos. Tudo o que contraria
o equilíbrio somático desajusta a harmonia do trinômio: “corpo,
perispírito (corpo espiritual) e espírito”. Tais desajustes começam por provocar doenças no corpo
físico e terminam por carrear inenarráveis tormentos espirituais.
André Luiz (espírito), no livro "Evolução
em dois mundos" nos diz que: nossos desequilíbrios mentais causam
rupturas nos pontos de interação entre o perispírito (corpo espiritual) e o
corpo físico, ensejando assalto
microbiano consentâneo com nossos débitos de vidas passadas.
O ser humano possui um campo
espiritual de defesa, qual túnica eletromagnética (aura humana) à maneira de
campo ovóide. Essa tela uma vez rompida (com "buracos", causados por
vícios), libera o trânsito de energias bastardas entre os “centros de força” (chakras) que alimentam o espírito e o
perispírito. Aí, sobrevêm as provações obrigatórias.
Infrações violentas, tais
como os tóxicos, rompem essa "carapaça fluídica” do homem e as
consequências são a devastação da saúde física e até a morte, às vezes precedidas da loucura.
Depois vem os tormentos espirituais. Ao desencarnar, o perispírito mantém
integralmente as mesmas sensações experimentadas na jornada terrena.
Encontra no mundo espiritual inúmeros
espíritos, similares, em tendências, gostos, graus de evolução. Com
eles conviverá, pela sintonia e pela atração vibratória. Verá que seu perispírito está
depauperado, destrambelhado, cheirando mal, repleto de náuseas e mazelas (frio,
fome, dor, etc.) Desgraçadamente, terá consciência desses tormentos, de maneira
plena e permanente: não dorme, não desmaia, fica vagando por regiões cinzentas, sem
água, sem sol.
Contudo, a Caridade de Deus,
permanentemente amparando Seus filhos, também ali se manifesta, a todos os
instantes. Basta, apenas, um único pensamento sincero voltado ao
arrependimento, e esse sofredor receberá ajuda do Plano Maior, onde operam os
Prepostos de Jesus. Deus não criou seres
tendo por destino permanecerem votados ao mal, perpetuamente. Cedo ou tarde o
Espírito tem vontade de se tornar feliz.
O que leva um Espírito desencarnado
toxicómano ao arrependimento? A dor, mestra maior e último recurso
natural para reconduzir o homem ao caminho do Bem. O viciado, ao desencarnar,
percebendo que tudo está mais difícil, pois além de não poder satisfazer a
ânsia da droga, ainda está doente, fraco, faminto etc., mais do que nunca,
desejará as drogas.
Onde busca-las? Como consegui-las? Carente,
e sem nenhuma proteção, ficará a mercê de legiões de malfeitores espirituais. Será
sim, admitido nessas legiões, mas como elemento escravizado,
desprezível, inferior. Aprenderá, rápido,
que só no plano material poderá dar vazão ao vício.
Qual vampiro, poucas vezes sozinho, quase
sempre em bandos, acorrerá aos locais de frequência dos toxicómanos encarnados (às
vezes até mesmo em seus lares), aderindo-se a eles, mente a mente, induzindo-os
ao consumo das drogas, ou assediando
criaturas invigilantes, ainda não viciadas, para que o façam. Sem nenhuma
reserva moral, em troca de alguma satisfação do vício, será submetido a uma
série de perversidades.
Os vapores sutis das drogas, ao se
volatilizarem são facilmente detectados pelos espíritos-viciados, os quais
sorvem esses vapores, deles se apropriando e incentivando o encarnado a
consumir mais e mais. Fácil entender porque
o viciado encarnado cada vez quer mais. O fato mais grave do vampirismo é que
as “larvas psíquicas”, são contagiantes: havendo campo próprio, transferem-se para novos
hospedeiros, onde proliferarão. A esse infeliz processo o Espiritismo denomina “obsessão”.
Conjectura-se que o toxicômano
encarnado sustenta o vício próprio e de mais ou menos dez viciados
desencarnados! Com o tempo, poderá,
pelo livre-arbítrio, tomar duas atitudes: Arrependimento ou revolta com desejo
de vingança. Seu poder, ampliado, atingirá um ponto em que a Justiça Divina
considera como saturação, dando um basta: compulsoriamente retornará à carne. Só que em tristes
condições.