Os
elementos químicos que formam os corpos brutos e os seres vivos são os mesmos.
No entanto, nos seres orgânicos, esses elementos adquirem propriedades
específicas, que lhes são conferidas pela maneira como se combinam e se organizam
para gerar a vida.
Os
corpos orgânicos são dotados de FLUIDO VITAL, o qual se desenvolve em virtude
de sua organização íntima, possibilitando a exteriorização deste, latente na
matéria, enquanto tais condições de ordenação molecular não se estabelecem em
definições precisas. É por esta razão, que o homem mesmo sabendo a composição
química dos seres vivos mais simples, não consegue através da união dos
elementos formadores, fabricá-los em laboratório.
Seria
necessário unir tais elementos ao fluido vital, para animá-los e fornecer lhes vitalidade,
personalidade, pois este fluido ainda sofre variações em essência e quantidade
segundo as espécies a que animaliza. Observa-se, portanto, seres de uma mesma
espécie, com maior saturação fluídica, enquanto outros mostram-se mais
apáticos, em virtude da deficiente cota fluídica em movimento pelos órgãos, não
permitir uma aceleração típica do dinamismo gerador da vida saudável.
O
fluido vital impregna todas as células do organismo, no que provoca os estímulos
mantenedores de suas atividades, sendo que tal dinamismo orgânico, responde
pela atividade do fluido, em interdependência semelhante à de um móvel onde o
combustível seja o fluido. Sem combustível o móvel é inútil, e sem as peças
vitais do motor em ordem, de nada vale o combustível.
Durante
a vida, o funcionamento orgânico faculta o desprendimento do fluido vital, que
vem a ser reduzido frente ao desgaste a que se submete o corpo (em função do
tempo) em atividade. No entanto, a quantidade de fluido vital pode ser renovada
em parte, pela absorção de elementos que o contenham tais como: alimentos
orgânicos e minerais, ar, ação da prece como fonte receptiva e pela transmissão
de um indivíduo para outro, quando estes se identificam fluidicamente, tal como
ocorre nos tipos sangüíneos.
Ocorre,
que sempre chega o momento em que os órgãos, pelo esgotamento imposto pelo uso,
não conseguem manter a palpitação da vida. É então que, pela incapacidade de
reter o fluido vital, a morte é inevitável. Em alguns casos, quando o fluido
vital se torna reduzido pela deficiência orgânica, para que seja prolongada a
vida na matéria, o complexo Espírito perispírito é levado a laboratórios do
invisível, onde lhe é aplicada técnica de sobrevida.
Esta
consiste em transfusão de fluido vital, alongando a vida na matéria em
determinado número de anos, necessários à complementação de tarefas importantes.
Mas esse fato é antes excepcional que comum. Essa operação pode ser repetida, mas
chega um ponto em que os órgãos exauridos em seu tempo útil, não mais assimilam
o combustível que os movimentam. É a hora de transferência de domicílio para o
Espírito.
Compilado
do livro “O Perispírito e suas Modelações” de Luiz Gonzaga Pinheiro.