O
Princípio Inteligente (PI) através
de sua longa viagem pelos Reinos da Natureza, foi desenvolvendo características
e aptidões importantes e indispensáveis para a sua evolução. Funções
rudimentares e simples, se transformaram, com o passar do tempo, em funções
cada vez mais especializadas e complexas.
Da
função desenvolvida por uma única organela celular tivemos o aparecimento de
maravilhosos e competentes aparelhos e sistemas orgânicos. Tudo isso exigiu um
controle eficiente e preciso; assim o princípio
inteligente foi desenvolvendo simultaneamente o sistema nervoso, para desempenhar esta tarefa.
Após
milênios, de evolução estava pronto o espetacular órgão do corpo humano, o cérebro, que passou a ser o dirigente
e o gerente de cada repartição do corpo físico do homem.
O Cérebro: Ao nascimento, o
cérebro humano pesa aproximadamente 500 gramas e possui cerca de 100 milhões de
neurônios (células nervosas). No adulto o cérebro pesa aproximadamente 1500
gramas e tem também cerca de 100 milhões de neurônios.
Sabemos,
que a partir do nascimento, o homem vai desenvolvendo cada vez mais as suas
aptidões, e este desenvolvimento, como vimos, não decorre da multiplicação das
células nervosas.
Hoje
sabemos que este fato se dá pelo aumento crescente da união entre estas
células, ou seja, de sinapses nervosas
(nome que a Ciência dá à união entre as células nervosas).
Assim,
o que diferencia o cérebro de uma criança do cérebro de um adulto é o número de sinapses nervosas. A Ciência
atual aceita que a maior ou menor aptidão cerebral, se deve ao maior ou menor
número de sinapses nervosas.
Podemos
também estender estes conhecimentos aos animais, diferenciando-os em aptidões
de acordo com o número de sinapses nervosas.
O
que é muito interessante, é que o fator determinante para termos mais ou menos
sinapses é diretamente proporcional ao
exercício e ao estímulo constante ao sistema nervoso, e também, que essa
capacidade de formar sinapses, ao contrário que muitos pensam, é a mesma do
nascimento ao túmulo, ou seja independe da idade do indivíduo demonstrando
cientificamente que, realmente, nunca é
tarde para estudar e aprender.
Qualquer
atividade nossa é comandada pelo cérebro, desde as mais simples, como o piscar
dos olhos, até as mais complexas como escrever, falar, etc.
Se
acompanharmos a evolução do princípio inteligente, vamos observar que as aptidões após serem conquistadas,
são armazenadas como patrimônio eterno
do ser. À medida que aptidões mais complexas se desenvolvem, as mais
simples passam ao controle do inconsciente (automatismo).
Podemos
assim dizer que: o cérebro comanda o nosso corpo físico utilizando-se de ordens conscientes (falar, escrever,
andar, etc.) e ordens inconscientes
(piscar os olhos, bater o coração, respirar, etc.). A Ciência da Terra consegue
explicar como ocorrem as alterações cerebrais diante de um estímulo, qual a
área do cérebro responsável pelo controle de certa função orgânica, explica
como a ordem, partindo do cérebro, atinge o órgão efetor.
A
Ciência terrena se perde quando não consegue entender o motivo pelo qual, a um
mesmo estímulo, duas pessoas respondem
de forma tão diferente em certas circunstâncias. Por que duas pessoas ao
ouvirem uma mensagem ou uma música, uma chega às lágrimas, enquanto a outra
mostra-se indiferente.
Para
entendermos este aspecto, temos de recorrer à ciência não convencional. O
Espiritismo nos explica este fato com clareza. Nós espíritas sabemos a
diferença entre um Espírito encarnado
e outro Espírito desencarnado, e
entre outras coisas, que o encarnado por precisar atuar sobre a matéria densa,
necessita do corpo físico.
A
Doutrina Espírita, nos ensina que o corpo físico desde o momento da concepção é
formado tendo como molde o perispírito. Nosso corpo físico é uma cópia
de nosso corpo perispiritual (réplica rudimentar).
Guardando
certos limites, podemos afirmar que o cérebro
humano é uma réplica do cérebro
perispiritual, e que este cérebro físico seria rudimentar quando comparado
ao cérebro perispiritual, pois nem todas
as características são passadas ao corpo físico, mas apenas as possíveis e
necessárias a cada reencarnação. Seriam dois computadores de gerações
diferentes.
O Pensamento: A ciência espírita
nos ensina que a ordem realmente nasce na vontade do Espírito que, por uma vibração nervosa faz vibrar certa
região de nosso cérebro perispiritual
e este emite uma outra vibração nervosa
que faz a área correspondente no cérebro
físico emitir uma ordem ao órgão efetor do corpo físico.
Ou
seja, quem realmente responde ao estímulo do meio é o Espírito, e a resposta ganha o corpo físico através do perispírito. O Espírito pensa e manda,
o perispírito transmite e o corpo físico materialmente responde.
No
exemplo que citamos, o Espírito ao ouvir a mensagem ou a música responde ao
estímulo. Após julgá-lo utilizando-se de todo seu patrimônio moral e intelectual, adquirido em
reencarnação sucessiva, explicando assim a resposta diferente de dois Espíritos
ao mesmo estímulo.
Ou
seja, ocorre na matéria a exteriorização de tudo aquilo que existe no Espírito
como um todo. Albert Einstein afirmava que todos nós vivemos em um Universo de energias, que a matéria é,
na verdade, a apresentação momentânea da energia, como a água, pode
apresentar-se em seus três estados (sólido, líquido e gasoso).
O
sábio cientista nos ensinou que toda fonte
de energia propaga sua influência no Universo através de ondas (ex.: fonte de calor com ondas de calor, fonte
sonora com ondas sonoras, fonte luminosa como ondas de luz, etc.), e que esta
influência vai até ao infinito.
Ao
campo de influência, existente ao redor de toda fonte de energia (matéria), a Ciência deu o nome de "Campo de influência de Einstein".
Se analisarmos o campo de influência de uma fonte de energia, vamos conseguir
deduzir aspectos importantes desta fonte, mesmo sem conhecê-la diretamente (o
estudo feito pelos astrônomos com a irradiação emitida das estrelas). Cada
fonte de energia tem o seu campo de influência próprio.
Quando
o Espírito pensa, estando encarnado ou não, pois como vimos, quem pensa é o Espírito e não o cérebro
físico, ele funciona como uma fonte de energia, criando as ondas mentais
(partículas mentais) gerando em torno de si o “Campo de influência da Mente Humana”, conhecido com o nome
de hálito mental, como nos
ensina o autor espiritual André Luiz.
Como
cada um de nós pensa de acordo com o seu patrimônio
intelecto-moral, emitimos ondas mentais diferentes, ou seja, cada um de nós
tem o seu Hálito Mental próprio (Hálito
Mental Individual). Projetamos constantemente uma vibração nas partículas que compõem nosso
perispírito de acordo com a nossa evolução (cor, cheiro, sensação agradável
ou desagradável a alguém que se aproxima de nós, etc.).
A
espiritualidade nos ensina que um grupo de Espíritos (encarnados ou
desencarnados) que pensa da mesma forma
(evolução semelhante) formam um Hálito Mental de um Grupo (Hálito Mental de uma Coletividade).
Como
vimos, a energia de uma fonte se propaga através de ondas. A Física nos ensina
que o que diferencia uma onda de outra, são suas características físicas como: amplitude, frequência, comprimento, etc.
Assim, uma onda seria luminosa, outra de calor, outra sonora, outra mental,
segundo estas características físicas.
Para
simplificarmos a análise, utilizaremos apenas a freqüência de uma onda, ou
seja, o número de ciclos em determinado tempo (ciclos por segundo). Assim
teríamos ondas de alta, média e baixa
frequência por exemplo.
A
física nos ensina que o campo de influência das ondas que esta fonte emite
(ex.: emissoras de rádio que emitem ondas de mais elevada freqüência atingem
maior distância de seu sinal).
A
espiritualidade nos ensina que esta lei é obedecida na Ciência espiritual, ou
seja, quanto mais evoluído moralmente é
o Espírito (encarnado ou desencarnado) mais
alta é a frequência de suas ondas mentais.
Assim
Espíritos muito evoluídos emitem ondas de altíssima freqüência (maior o seu campo de influência) e
Espíritos pouco evoluídos, ondas de baixa freqüência (menor o campo de influência). Assim, obedecendo a uma lei física,
podemos afirmar que o poder de influência do Bem é muito maior do que do Mal.
A
Física da Terra nos ensina que fontes que emitem
ondas de frequências iguais se atraem e fontes que emitem ondas de
freqüência deferentes se repelem. Assim também ocorre com o Espírito, esteja
ele encarnado ou não. O local (dimensão) do Universo onde Espíritos que emitem
o mesmo tipo de Hálito Mental se
encontram recebe o nome de Faixa
vibratória ou Faixa de Pensamento ou Faixa de Influência.
Quando
se acha em uma faixa vibratória, o
Espírito que aí está atrai e é atraído para esta faixa, ou seja, alimenta e é
alimentado dos sentimentos dessa faixa de pensamentos ou de sentimentos.
Devemos nos burilar, no sentido de sempre estarmos em faixas vibratórias mais evoluídas; tudo depende dos sentimentos (ondas) que criamos diuturnamente.
Ideoplastia: Palavra de origem
grega que trata do estudo das formas
através do pensamento. Na literatura espírita, também podemos encontrar
outras designações com o mesmo significado: criações fluídicas, imagens fluídicas,
formas-pensamento, ou, ainda, construções
mentais.
Sendo
os fluidos espirituais a atmosfera
dos seres espirituais, os Espíritos tiram desse elemento os materiais sobre os
quais operam; é nesse meio que ocorrem os fenômenos perceptíveis a sua visão e
a sua audição.
Mecanismo e Duração: Os Espíritos atuam
sobre os fluidos espirituais empregando o
pensamento e a vontade, seus principais
instrumentos de ação. Por este mecanismo, eles
podem imprimir aos fluidos, direção, pode lhes aglomerar, combinar,
dispersar, organizar, podendo também, mudar-lhes as propriedades. É dessa forma
que as águas podem ser fluidificadas,
adquirindo certas qualidades curadoras.
O
pensamento reflete-se no perispírito, que é sua base e meio de ação; ele
reproduz todos os movimentos e matizes. Na
medida em que o pensamento se faz, instantaneamente o corpo fluídico retrata as
formas criadas, deixando de existir tão logo o mesmo pensamento cesse de
agir naquele sentido.
Para
o Espírito que é, também ele, fluídico, todas
as criações mentais são tão reais como eram no estado material quando encarnado;
mas, pela razão de serem fruto do pensamento, sua existência é tão fugidia
quanto a deste. O pensamento pode materializar-se criando formas de longa
duração conforme a persistência da onda em que se expressa.
Classificação: As construções
mentais podem resultar de uma intenção (voluntária) ou
de um pensamento inconsciente (involuntária).
Basta que o Espírito pense numa coisa para que esta se reproduza. Tenha um
homem, por exemplo, a idéia de matar a outro, embora o corpo material se lhe
conserve impassível, seu corpo fluídico
é posto em ação pelo pensamento e reproduz todos os matizes deste último;
executa fluidicamente o gesto. A imagem da vítima é criada e a cena toda é
pintada, como num quadro, tal qual se lhe desenrola na mente.
Isto
permite entender por que todo e qualquer pensamento pode tornar-se conhecido: por evidenciar-se no corpo fluídico,
pode ser percebido por outros Espíritos, encarnados ou desencarnados, que
estejam vibrando em sintonia.
Mas,
é importante considerar que o que
realmente é visto pelo observador é a intenção. Sua execução, todavia, vai
depender da persistência de propósitos, de circunstâncias que a favoreçam.
Modificadas as intenções, os planos também sofrerão mudanças.
As
criações fluídicas inconscientes retratam as preocupações habituais do
indivíduo, seus desejos, seus projetos, seus anseios, desígnios bons ou maus. Elas surgem e se desfazem alternadamente.
As idéias, as lembranças vividas, em nível inconsciente, também gravitam em
torno de quem as elabora.
As
criações fluídicas, que são fruto de uma intenção, são programadas com um
objetivo específico. Podem ser
promovidas por mentores espirituais ou obsessores. A técnica utilizada,
tanto por Espíritos bons quanto por Espíritos inferiores, é a mesma.
Os
mentores espirituais atiram as lembranças construtivas e plasmam quadros
superiores que irão gerar renovação e força, equilíbrio, serenidade e confiança
em Deus. Durante o passe, enquanto a pessoa se encontra predisposta, mais
eficazmente as construções superiores são registradas.
Licantropia e Zoantropia:
Alguns
Espíritos podem mostrar-se com a forma semelhante à de determinados animais.
São chamados fenômenos de Zoantropia. Nestes
casos, é utilizado o poder
hipnótico/magnético de uma mente mais poderosa sobre a outra. A gênese de
tais fenômenos encontra-se na consciência culpada da vítima e, a base de ação,
nos elementos plásticos do seu perispírito.
Os obsessores aproveitam sempre a idéia
traumatizante, o sentimento de culpa ou o rebaixamento moral voluntário,
explorando deslizes presentes ou passados, bem como a ignorância dos incautos.
Recursos
ideoplásticos nas Reuniões Mediúnicas: Em cada reunião espírita, orientada com
segurança, existem Espíritos prestativos e operantes, eficientes e unidos que manipulam a matéria mental necessária à
formação de quadros educativos. São recursos imprescindíveis à criação de
formas-pensamento, com vistas à transformação dos companheiros em sofrimento e
desequilíbrio que se manifestam.
Para
se recuperarem, é indispensável que
recebam o concurso de imagens vivas sobre as impressões vagas e descontínuas a
que se recolhem. Esses operadores agem com precedência, consultando-lhes as
reminiscências, observando-lhes o pretérito e anotando-lhes os labirintos
psicológicos, a fim de que nos santuários mediúnicos, sejam conduzidos a
metamorfoses mentais, imprescindíveis à vitória do bem.
Assim,
formam-se jardins, templos, fontes, hospitais, escolas, oficinas, lares e
quadros outros em que os Espíritos comunicantes sintam-se como que tornando à
realidade pregressa, através da qual põem-se mais facilmente ao encontro da
realidade espiritual, sensibilizando-os nas fileiras mais íntimas. Pelo mesmo
processo são-lhes revitalizadas a visão, a audição, a memória e o tato.
Pelos
mesmos recursos ideoplásticos são criados quadros para ajudar a mente dos
encarnados que operam na obra assistencial dentro do Evangelho de Jesus. Para
isso, é necessário oferecer o melhor material dos nossos pensamentos, palavras
e atitudes.
Toda
cautela é recomendável no esforço preparatório de uma reunião espírita para
socorro a desencarnados menos felizes, mesmo quando não sejamos portadores de
maiores possibilidades; através da oração convertamo-nos em canais de auxílio,
apesar da precariedade dos nossos recursos. É imprescindível tranquilidade,
carinho, compreensão e amor para que a programação dos companheiros espirituais
encontrem em nós base segura na sua realização.
O
homem é a sua vida mental. Aquele que se compraz na aceitação da própria
decadência acaba na posição de excelente incubador de bactérias e sintomas
mórbidos. Quanto mais largo é o vôo, mais radiosas as claridades, mais
inebriantes as alegrias sentidas, mais poderosas as forças adquiridas, maiores
possibilidades de ajuda.
Compilado
por Harmonia Espiritual
Fonte:
Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora MG