Elementais Artificiais e Naturais

Elementais Artificiais - Além da Matéria
Joseph Gleber (espírito) e Robson Pinheiro

Ao se falar em criações mentais, contaminações fluídicas e formas pensamento, não poderíamos deixar de abordar um tema tão importante como a atuação de elementais em vários aspectos da vida psíquica.

Esses seres são muitas vezes contatados pelos médiuns e sensitivos de todas as épocas e têm um papel preponderante na vida dos seres pensantes. Muitas vezes, encontra-se na gênese de certos problemas a atuação de forças elementais artificiais ou naturais, que podem ser confundidas com entidades pensantes do reino humano.

Durante certos períodos da história do homem na Terra, o mundo conheceu a atuação de magos do pensamento, cientistas da mente ou magos negros. Principalmente na época recuada da Atlântida, do Egito e da Mesopotâmia, certas forças ocultas foram manipuladas no mundo com objetivos contrários ao progresso.

Ainda na atualidade se conhecem certas lendas e contos relativos a maldições em lugares considerados sagrados. Essas antigas maldições, que na realidade são o produto da manipulação de certos elementais, causaram grande comoção nos meios científicos e no mundo esotérico-religioso, devido ao desconhecimento a respeito do assunto.

A matéria mental, ao ser exsudada da mente, interage com o meio ou atmosfera psíquica atraindo para si elementos imponderáveis. A princípio a mente humana cria formas mais ou menos permanentes, de acordo com o conteúdo emocional e volitivo. Essas criações manifestam-se como vibrações radiantes, semelhantes a relâmpagos, fugazes.

Após se desenvolverem na matéria mental mais densa e, depois, nos fluidos do mundo astral, o elemental artificial passa a ter uma vida aparente, não própria, pois é mantido por pensamentos e emoções externas a ele. Tais formas primitivas poderão, com o tempo, ser atraídas ou enviadas, por uma mente experiente, em direção a determinado alvo ou objetivo.

Caso a pessoa alvo estiver em sintonia, devido a pensamentos ou emoções do mesmo teor que mantém o elemental, absorverá seu conteúdo. Aumenta assim a cota de energia, de caráter nocivo ou positivo, conforme o conteúdo armazenado na própria substância do ser mental.

Sendo uma criação de qualidade positiva, como ocorre nas reuniões de cura e irradiações, a pessoa alvo aumentará sua vibração mental ou emotiva, suavizando-se ou fortalecendo-se também de acordo com o conteúdo da criação elemental com que se afiniza.

Os elementais podem ser constituídos tanto de matéria mental quanto de matéria astral, mais densa. O elemental artificial portador de certa cota de magnetismo pode ser percebido pelos homens de várias formas, dependendo da maneira como interage no organismo humano e da sua ação daninha ou benéfica.

Quando é constituído de “matéria astral”, etérica, inalado durante a respiração, atinge o sistema vital humano. Absorve a vitalidade, produzindo sensação de perda de energia, tontura, mal-estar.

Nas ocasiões em que o elemental é elaborado a partir de “matéria puramente mental”, é absorvido pelas células sutis do sistema nervoso e interfere nas atividades cerebrais:

1. Provoca desequilíbrios do pensamento, intensificando dificuldades de concentração e favorecendo estados mórbidos de alteração da consciência.

2. A vontade é enfraquecida, e o indivíduo passa a ter dificuldades de encontrar a própria identidade. Aparece a tendência a mimetizar aqueles que estão em maior evidência.

3. Ocorrem com maior facilidade as tendências ao monoideísmo e à criação de clichês mentais de conteúdo emocional forte e estressante.

4. Ocorrem pensamentos e sonhos ou pesadelos recorrentes. Há irritabilidade, nervosismo e inquietude sem causa aparente ou devido a questões normais ao cotidiano.

6. Ocorrem alterações e oscilações no sistema nervoso, com estados alternados entre apatia e euforia.

Nos momentos em que o elemental penetra o organismo humano através do plexo solar, interfere nas emoções de uma forma mais intensa e nociva, provocando:

7. Estados de angustia sem causa plausíveis; depressão prolongada e persistente; medo indefinido; sensação forte e recorrente de solidão com conseqüente somatização; desespero; raiva e ódio que se manifestam sem causa aparente.

A absorção desses elementais ocorre de acordo com a sintonia do indivíduo e o campo mental e emocional, que já se encontra estruturado na intimidade, aguardando momento propício para eclodir. Dessa forma, torna-se compreensível que a contaminação seja algo que ocorra de maneira mais fácil devido à sintonia; porém, o livramento da ação perniciosa é mais complexo.

Como os “elementais artificiais” são alimentados por pensamentos e emoções do seu hospedeiro, há de se compreender quanto é difícil para os encarnados livrarem-se da influência deles.

Naturalmente que a terapia espírita oferece recursos imensos para o tratamento desses casos delicados. Entretanto, desconhecemos qualquer situação em que o hospedeiro alcance melhora sem esforços e sem reeducação da mente e das emoções.

Elementais Naturais

Chamamos assim aqueles seres mais conhecidos como “espíritos da natureza”. São princípios inteligentes em processo de individualização e despertamento da consciência. Os seres que estagiaram por longos períodos nos reinos da natureza que antecedem o tronco humano, mas que ainda não tiveram ingresso, pela reencarnação, na humanidade, se agrupam de acordo com suas afinidades.

São elementais porque estruturam uma espécie de corpo ectoplasmático, de natureza híbrida, com elementos da dimensão mental. Trazem na aparência certa semelhança com o ser humano, porém guardam traços muito estreitos com o elemento natural com o qual se afinizam.

Esses seres não têm consciência e noções de moral, ética ou razão. Estão em fase de aprendizado no grande laboratório da natureza, ensaiando nas experiências que antecedem o seu ingresso na fase humana. Essa primeira oportunidade de experienciar a realidade humana não ocorre na Terra.

Para esses ensaios dos seres elementais no reino dos homens, existem mundos apropriados, já que terão de passar por uma elaboração do princípio inteligente, pelo despertamento da razão.

Coordenando esse processo delicado de transição, encontra-se Jesus. Esses seres acordarão um dia sob a presença do Mestre, e somente dele, que os auxiliará na posse da razão, evento que selará definitivamente seu ingresso no reino humano.

Até que ocorra esse avanço evolutivo, os elementais permanecem vinculados aos elementos naturais, como matas, cachoeiras, mares e outros reinos, sempre conduzidos pelas mãos sábias de entidades mais esclarecidas. Nos fenômenos naturais, milhões e milhões de seres participam como elementos divinos a serviço do progresso do mundo.

Contudo, apesar de sua destinação na escala evolutiva, tais seres muitas vezes são manipulados por espíritos conhecedores de certas leis do mundo invisível, os quais os transformam em escravos seus, criando um vínculo magnético intenso. Tais ligações entre os magos do mundo oculto e os elementais podem perdurar durante séculos e séculos, transferindo-se para o futuro a resolução dos problemas criados nesse conluio mental.

Escravos da vontade alheia, muitos desses seres são utilizados em processos obsessivos, aumentando instintos e paixões, vícios e compulsões através da conhecida e assim denominada “magia negra”.

Os especialistas na manipulação do magnetismo e nos elementos astrais podem influenciar de tal forma certos elementais que estes passam a obedecer-lhes cegamente, já que não possuem conhecimento ético ou moral que imponha limites a sua ação.

Muitos processos enfermiços encontrados no dia-a-dia, principalmente daqueles que vêm à casa espírita, têm sua gênese na atuação de elementais naturais ou artificiais que se encontram imantados na delicada tessitura dos corpos energéticos de tais pessoas.

Consideramos de intensa importância para os modernos terapeutas do espírito - os médiuns - estudarem mais a respeito da existência e da atuação desses seres.