Matéria Quintessenciada

O homem, se visto de uma forma genérica, sempre foi e continuará sendo o centro das atenções de todo o conhecimento humano que paira sobre o globo, já que, quando falamos em ser humano, falamos num composto de “Força e Matéria”.

Na realidade, quando encarnado, ele é composto por dois tipos de matéria: “Matéria Quintessenciada ou Fluídica e de Matéria Comum”, do mundo Terra, esta formada pelos mesmos elementos químicos aqui existentes, já detectados à exaustão, pela Física e pela Química.


Tais matérias são capitaneadas pela “Força = Espírito”, que as coordena desde a formação do corpo humano até a sua inexorável desencarnação, quando o espírito e a “matéria quintessenciada” (corpo fluídico ou perispírito) retornam ao seu mundo de estágio, no Astral Superior.

A “matéria quintessenciada ou fluídica” é originária do Plano Astral, própria do mundo de estágio de cada ser, mundo este coerente com o estado evolutivo de cada um, onde estagia entre o período de uma encarnação e outra.

A “matéria comum” de que é constituído o corpo carnal do ser humano é própria do mundo Terra, assim sendo, é composta pelos elementos químicos que a ciência conhece e demonstra nos compêndios de Física e Química e de que todos têm conhecimento, como o cálcio, o carbono, o hidrogênio, etc.

A “Força é o Espírito” propriamente dito; logo, pode-se dizer que é imaterial e, como tal, no corpo do ser encarnado na Terra está contida como sendo uma “partícula de Inteligência Universal”, com as mesmas características da Força Universal.

Para ilustrar mais, diz-se que uma gota d'água do oceano tem as mesmas propriedades e características de todo o oceano. Do mesmo modo, o espírito, que é a Força-Partícula, que gere os corpos carnal e fluídico, é idêntica à Força da Inteligência Universal.

Ora, então é fácil deduzir que, se o ser humano é uma partícula da Inteligência Universal, em evolução, é obvio, evidente e manifesto que tem a mesma essência da Inteligência Universal, porém, por dedução lógica, está o homem, ainda, em estado evolutivo inferior e por isso caminha, de encarnação em encarnação, para um dia integrar, em definitivo, o todo da Inteligência Universal, e continuar daí em diante, em Plano Astral, sua caminhada em direção à perfeição.

Sendo o ser humano composto de matéria comum do mundo Terra, de matéria quintessenciada emanada do mundo de estágio do Plano Astral e de Força (espírito), esta como partícula da Inteligência Universal, podemos, sem medo de errar ou equivocar, dizer que quando um espírito encarna, no Mundo Escola Terra, passa a possuir uma tríade corporal, de forma integrada, a saber:

1. corpo mental ou espiritual, que é propriamente denominado de partícula da Inteligência Universal; 2. corpo astral ou fluídico, constituído de matéria quintessenciada ou fluídica própria do mundo de estágio de cada ser, originária, pois, de dito mundo a que pertence o espírito; e 3. corpo carnal, constituído da mesma matéria organizada de que se compõe o mundo Terra.

Feitas estas considerações, voltemos ao nosso tema Matéria Quintessenciada, sobre o qual se pretende adentrar em maiores minúcias e profundidade.

O espírito é imaterial. Material é o seu “corpo astral”, também conhecido como “perispírito ou corpo anímico”, composto de fluido quintessenciado mas matéria, da mesma natureza da substância fluídica do mundo em que estagia no intervalo das encarnações.

Semelhantemente, o seu corpo carnal corresponde à matéria componente deste planeta. Quanto mais adiantados forem os mundos de estágio, mais diáfana é a matéria quintessenciada de que são compostos os corpos astrais.

Nessa ordem de raciocínio, perscrutando os compêndios dos dicionários pátrios, deparamo-nos com a palavra composta “quinta-essência”, que dá a origem do termo “quintessenciado ou matéria quintessenciada”, que nada mais é do que um fluido etéreo que enche os espaços e que significaria um extrato levado ao último apuramento, ou seja, o que há de principal, de melhor ou de mais puro, o mais alto grau, o requinte, a plenitude, o auge: a quinta-essência da delicadeza.

Assim, “quinta-essenciar” significa elevar à quinta essência; apurar até o mais alto grau, requintar, refinar. Como alguém já disse, e fê-lo com muita propriedade e profundidade, é sempre oportuno enfatizar e repetir: Com a surdez que o levava aos últimos quartetos, Beethoven quinta-essenciou música.

Quando falamos em “substância fluídica”, ligamo-nos, incontinenti, à “matéria quintessenciada” da qual, como foi dito, é constituído o corpo astral (perispírito), invisível, por sinal, à maioria dos seres humanos encarnados, que todo vivente humano terrestre tem e que emanou do seu mundo de estágio, em Plano Astral, vindo, juntamente com o espírito, que é “força-partícula da Inteligência Universal”, com o colimado objetivo de, usando a matéria terráquea (elementos químicos), constituir (construir por assim dizer) um corpo carnal.

Formada, então, a tríade: “corpo mental (espírito), corpo astral (perispírito) e o corpo carnal”, vive este complexo, na Terra, o período de uma encarnação, período este que, via de regra, dura 100 anos, ou um pouco mais ou um pouco menos, e que, diante da imortalidade e eternidade do espírito, não significa, sequer, frações de, segundos.

Porém é nas oportunidades reencarnatórias que o espírito (corpo mental) evolui, aliás como acontece com todos os espíritos que se dirigem, com a mesma finalidade para outros planetas de inumeráveis galáxias e sistemas solares que compõem a vastidão do universo.

Nessas circunstâncias, após o período encarnatório ou reencarnatório, já que a morte, ou melhor dizendo, a desencarnação é inexorável, uma vez gravados instante por instante de toda a história do ser humano na vivência terráquea, gravação esta feita exatamente na matéria quintessenciada, fluídica, ou perispírito, retornam os dois corpos (mental ou espiritual e fluídico) ao respectivo mundo de estágio, no astral superior.

Levando esse material para a obrigatória análise de todos os momentos da última encarnação, para, em seguida, programar nova encarnação, quando escolherá continente, país, local e pais onde pretende pôr em ação as metas de progresso, já que, na pureza do mundo de estágio a que pertence o espírito, está este livre de todos os “laços, estigmas ou mazelas” vivenciadas na Terra, no decorrer da encarnação.

Indispensável dizer aqui o que acontece ao corpo carnal que viveu a encarnação juntamente com os corpos mental e fluídico que se foram para o mundo de estágio, mas é sempre bom enfatizar que o corpo carnal, perdendo a manutenção de suas células, em termos de vida, pelo desligamento dos cordões fluídicos do corpo astral ou fluídico que, durante a existência, se ligavam ao coração e ao cérebro.

Assim é que ele entra em rápida decomposição, tanto que, após um período de 24 horas, inicia outro processo natural de transformação, de vez que, em função das reações químicas dos elementos químicos que o constituíam, dá origem a novas formas de vida no planeta Terra e, de imediato, inicia nova escala evolutiva.

Aliás, tem apenas lugar a vigência da Lei Natural há muito descoberta e propalada: “Na natureza nada se perde, tudo se transforma”. Assim é que o corpo astral, também denominado perispírito, é o laço de união entre o corpo mental (espírito) e o corpo carnal”. Ao corpo mental ele está ligado através das vibrações permanentes; ao corpo carnal, por cordões fluídicos.

A composição do “corpo astral” corresponde à natureza da “matéria fluídica” do mundo a que pertence o espírito, da mesma forma que o “corpo carnal” corresponde à matéria de que se compõe o planeta Terra. O corpo astral varia de acordo com a zona a que pertence o espírito, e, quanto maior for a evolução deste, mais diáfano é o seu corpo astral.

Por fim, é interessante esclarecer, que é de capital importância, na evolução, a “matéria quintessenciada”, e que o espírito, ao desencarnar, deixa, definitivamente, o “corpo carnal”, só restando como detentores da vida o “Espírito e o corpo astral”, época em que ambos ascendem ao seu mundo de estágio, que se situa no Astral Superior.

Porém, isso só ocorrerá, se o espírito não ficar preso por algum tempo no astral inferior, que se situa na atmosfera da Terra (mundo-escola) em virtude de desvios de conduta experimentados e assimilações de anômalos comportamentos no decorrer da reencarnação que acaba de vivenciar.