O Armagedom
Espiritual – Compilado do livro
Transição
Planetária – Manoel P. de Miranda e Divaldo Franco
Neste capítulo vamos encontrar Manoel P. de Miranda frente ao processo de
inseminação artificial que possibilitará a encarnação de espíritos oriundos de
outros Orbes, em missão de contribuição ao processo de transformação do planeta.
Havíamos recolhido precioso material para demoradas reflexões em
torno do milagre da vida, nem sempre valorizada pelas criaturas humanas, quando
distantes da fé religiosa, dos valores éticos e morais, dos compromissos com a
realidade existencial.
Durante toda a semana estivemos visitando os grupos
familiares que haviam sido convidados para a reconstrução da nova Terra e a
felicidade dos seus habitantes no futuro, bem como daqueles outros que se haviam comprometido
espontaneamente, quando se deram conta de que estava ocorrendo a grande
revolução do amor no planeta querido.
Voltamos aos lares de Hermenegildo e Rosalinda, de Alonso e Eunice,
e noutros mais onde estivéramos, nos quais os processos de reencarnações
vitoriosas desenvolviam-se conforme esperado.
O benfeitor informou-nos que naquele reduto lôbrego, onde o crime
se tornara uma constante e viviam os nossos irmãos espíritas-cristãos, preservando
o clima de paz em volta, o mensageiro que iria ali renascer demonstraria que o ambiente
não é o responsável exclusivo pelo comportamento do indivíduo, pois que, em
razão do seu estado evolutivo, destacar-se-ia no futuro, seguindo os formosos
caminhos da magistratura, de maneira a modificar a soturna paisagem do lugar,
mudando completamente a sua estrutura social, econômica e humana.
Por outro lado, o filhinho de Alonso e Eunice deveria dedicar-se às ciências
médicas, de modo a mais humanizar essa doutrina, que vem sofrendo grande desrespeito
por parte de alguns dos seus membros, que se olvidam do juramento de Hipócrates,
para dela fazer uma indústria lucrativa em detrimento das vidas que se estiolam
em abandono, longe de qualquer sentimento de compaixão.
Diversos outros, de cujo programa participáramos, estariam comprometidos
com diversas áreas do conhecimento científico e filosófico, com a vivência
ética, especialmente na política, a cujo ministério se dedicariam com
dignidade,
modificando os padrões de conduta vigentes e fazendo respeitar-se as leis
constituídas, iniciando o mister por eles mesmos.
Analisando que essa transformação se operaria em todo o planeta, podíamos
antever um mundo sem as fronteiras do ódio, sem os separatismos étnicos, que
sempre geraram combates impiedosos, sem a miséria econômica portadora de males
incontáveis, e, principalmente, sem a miséria moral, que desapareceria dando
lugar a novos conceitos em torno dos comportamentos.
Enquanto essa transformação não se realiza, embora esteja em franco
desenvolvimento em toda parte, nas sombras dos guetos espirituais inferiores, os
inimigos do Bem urdem ataques e tramam vinganças odientas contra as criaturas.
Nesse sentido, tendo em vista serem os espíritas sinceros os novos cristãos,
sem nenhum desrespeito a outros tantos servidores do Evangelho de Jesus
espalhados no mundo, tanto quanto cidadãos honestos não vinculados a nenhuma
denominação religiosa, porém, valorosos e dignos, as baterias da
maldade estavam sendo colocadas na sua direção.
É claro que também os indivíduos honestos e de sentimentos elevados
não ficavam à margem da ação ignominiosa desses infelizes do Além, por
considerá-los obstáculos aos objetivos que abraçam, quais sejam a extinção do
Bem, as
subjugações e vampirizações coletivas como já se podem observar, porém, em
número mais volumoso, à desventura e alucinação nos jogos dos prazeres
sórdidos.
Com certeza, embora as armadilhas perversas e as perseguições inclementes,
ninguém, que se encontre desamparado, a mercê do mal, exceto quando se
permite espontaneamente a vinculação com essas forças ignóbeis. Deter-nos-emos
especialmente na área do movimento espírita comprometido com Jesus e Sua
doutrina, alvo primordial de determinados grupos da grei autodenominada como o
Mal.
Acercando-se dos médiuns invigilantes, vêm inspirando-os a comportamentos
incompatíveis com as recomendações do Mestre Jesus e dos Espíritos superiores através da Codificação
kardequiana, estimulando-os a espetáculos em que a mediunidade fica
ridicularizada, como se fosse um adorno para exaltar o seu possuidor.
Concomitantemente, fomentando paixões servis nos trabalhadores afeiçoados
ao socorro espiritual nas reuniões mediúnicas, fazendo-os crer que estão reencontrando
seres queridos de outras existências, que agora lhes perturbam os lares e
facilitam convivências adulterinas em flagrante desrespeito aos códigos morais
e aos do dever da família.
Fascinação, subjugação, que se iniciam discretamente e roubam o
discernimento de muitos, constituem o jogo das Entidades insanas, aproveitando-se das
debilidades ainda persistentes em a natureza humana.
Além dessas ações nefastas, trabalham pela desunião dos companheiros de
lide espiritual, pela maledicência e calúnias bem divulgadas, como se estivessem
trabalhando para senhores diferentes e não para Aquele que deu a vida em
demonstração insuperável de amor e de compaixão por todos nós.
Em determinadas situações, desencadeiam enfermidades de diagnose difícil,
ocultando a sua interferência nos organismos debilitados e carentes de
energias,
levando ao fosso do desânimo pessoas afeiçoadas ao dever e comprometidas com a
fraternidade legítima.
Na área da caridade, movimentam os discutidores que perdem o
tempo entre os conceitos de paternalismo e de promoção social, olvidados do socorro
que normalmente chega tarde, quando se aplicam as horas em ociosidade mental e
divagação intelectual.
O Armagedom bíblico do Apocalipse de João e das tradições
judaico-cristãs, não se restringe apenas à estreita faixa do Vale do Megido, ou do monte do mesmo
nome, quando os exércitos de todas as nações se reuniriam para a batalha final.
Todo o planeta hoje pode ser denominado como o Vale de jeosafá, onde já se travam as
batalhas de extermínio em que o Senhor de misericórdia será o vencedor da impostura e da
perversidade.
Legiões de dedicados missionários do Bem movimentam-se em toda
parte, de forma a atenuar as consequências da imprevidência de uns, do desespero
de outros, e
na Seara espírita, as advertências dos mentores são contínuas, não as
entendendo aqueles que se encontram surdos para a verdade, distraídos para a
renovação moral intransferível, volúveis ao compromisso assumido, porque auto fascinados,
tornam-se modernos Narcisos.