Passes

O passe é uma transfusão de fluidos de um ser para outro. Emmanuel o define como uma "transfusão de energias fisio-psíquicas". Beneficia a quem o recebe, porque oferece novo contingente de fluidos já existentes. Emmanuel o considera "equilibrante ideal da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos" e compara sua ação a do antibiótico e à assepsia, que servem ao corpo, frustrando instalação de doenças.

Constantemente, estamos irradiando e recebendo fluidos do meio que habitamos e dos seres (encarnados ou não) com que convivemos, numa transmissão natural e automática. O passe, porém, é uma transfusão feita com intenção e propósito. Quem aplica, atua deliberadamente. Para que o passe alcance o melhor resultado, é necessário:

Espiritismo é Cristão?

Como assim? O Espiritismo é cristão? Mas os senhores então acreditam em criação do Mundo em seis dias há seis mil anos? Crêem em três Deuses fazendo o papel de Um? Crêem na infalibilidade da Bíblia? Crêem que estão salvos pelo sangue do Nosso Senhor Jesus Cristo derramado na cruz, para remir nossos pecados? Não? Então como pode o Espiritismo ser cristão? Todo cristão tem por obrigação crer naquelas coisas, pois senão, não podem fazer uso do qualificativo de cristão.

Responderemos às questões propostas pelo articulista, sem a necessidade de demonstrar que se ele realmente pensa desta maneira nada entende de Espiritismo, talvez seja mais um dos que ouviram dizer que o Espiritismo é isso ou aquilo, da boca de outro que ouviu dizer, que por sua vez, também ouviu de outro, e assim sucessivamente.

Allan Kardec, o chefe druida

Influenciados pela moda que varria a França, os Baudin (Émile-Charles, Clémentine e as filhas Caroline e Julie) começaram a conversar com uma mesa girante em 1853, quando ainda moravam na colônia francesa da Ilha da Reunião, na costa oriental da África.

Como em outros lugares, logo constatou-se que a mesa era movida pelas almas dos mortos. Depois de algum tempo, as reuniões passaram a ser dirigidas por um espírito, que se apresentou como o guia espiritual da família. Interrogado a respeito do seu nome, o ser invisível respondeu:

Chamem-me pelo que sou, o “zéfiro da verdade”. Zéfiro era o nome de um vento típico da região. O apelido pegou. Certa noite, o guia previu que seus protegidos mudariam brevemente para Paris: Émile arrumará seus negócios e entrará na Escola Naval. Caroline e Julie tomarão professoras mais competentes e encontrarão seus noivos. E eu procurarei contato com um velho amigo e chefe, desde o nosso tempo de druidas.

A alma dos animais

“É dado ao homem conhecer o principio das coisas? – Não, Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo.” (pergunta 17 do Livro dos Espíritos – Allan Kardec)

“Assim é que o anima atravessa longas eras para instruir-se. Espírito algum obtém elevação ou cultura por osmose, mas através de trabalho paciente e intransferível. O animal, igualmente, para atingir a auréola da razão, deve conhecer benemérita e comprida fieira de experiências que terminarão por integrá-lo na posse definitiva do raciocínio”. ( Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier).

Levando em consideração os postulados acima, estaremos fazendo uma revisão sucinta de várias citações na literatura espírita que tratam alma ou não. Vamos ver até onde já conhecemos sobre o princípio das coisas e como tudo se encadeia na criação de Deus.

Mesmerismo e Espiritismo

É muito usual nos centros espíritas falar-se que o passe tem suas origens em Mesmer, contar-se sobre a tina das convulsões e que o médico vienense magnetizava a água. Estes são alguns dos aspectos do trabalho que foi bem mais amplo e que marcou profundamente a Doutrina Espírita, seja em sua terminologia, seja nos princípios teóricos nos quais se baseia a sua prática.

As opiniões sobre Franz Anton Mesmer (1734/1814) são controvertidas ainda hoje. Alguns o consideram charlatão, outros místico e biógrafos como Zweig são entusiastas em defender sua erudição e espírito científico, que afirma terem sido subvalorizados pelas instituições acadêmicas de sua época. Sua formação intelectual foi ampla. Possuiu títulos acadêmicos em teologia, filosofia, direito, medicina, geologia, física, química, matemática, filosofia abstrata e música.

José Grosso nos fala que podemos

O Espírito Jose Grosso nos fala que podemos!
Grupo Espírita André Luiz – 07/09/2013
     
Meus amigos, meus irmãos, vamos modificar nossas ações, vamos caminhar para Jesus, trabalhando, servindo e amando. Vamos renovar nossos sentimentos, vamos procurar ser mais fiéis aos ensinamentos de Jesus. Nós podemos! É só querer nos modificar e, abandonar muita coisa que ainda gostamos e, que na realidade não nos convém. Nós podemos fazer isso, Jesus está conosco, fica mais fácil!

É questão de querer abandonar a vaidade, das conquistas das luzes do mundo, que ainda falam muito alto no nosso interior, mas podemos apagar uma de cada vez, devagarzinho, é querer; é lutar; é procurar ser firme; se orarmos com consistência; se tivermos no nosso interior o desejo de renovação, tudo fica mais fácil, fica mais simples, mais ameno.

Magnetismo

O Magnetismo e o Espiritismo
Revista Espírita - 03/1858 - Allan Kardec

Quando apareceram os primeiros fenômenos espíritas algumas pessoas pensaram que essa descoberta (se é que se pode aplicar-lhe esse nome) iria dar um golpe fatal no Magnetismo, e que ocorreria com ele como com as invenções, das quais as mais aperfeiçoadas fazem esquecer a precedente.

Esse erro não tardou em se dissipar, e, prontamente, se reconheceu o parentesco próximo dessas duas ciências. Todas as duas, com efeito, baseadas sobre a existência e a manifestação da alma, longe de se combaterem, podem e devem se prestar um mútuo apoio: elas se completam e se explicam uma pela outra.

Mediunidade curadora

A mediunidade curadora e o magnetismo
Revista Espírita - 09/1865 - Allan Kardec

O conhecimento da mediunidade curadora é uma das conquistas que devemos ao Espiritismo. Os médiuns que obtêm as indicações de remédios da parte dos Espíritos não são o que se chama médiuns curadores, porque não curam por si mesmos; são simples médiuns escreventes que têm uma aptidão mais especial do que outros para esse gênero de comunicações, e que, por essa razão, podem se chamar médiuns consultores, como outros são médiuns poetas ou desenhistas.

A mediunidade curadora se exerce pela ação direta do médium sobre o doente, com a ajuda de uma espécie de magnetização de fato ou pensamento. Quem diz médium diz intermediário. Há esta diferença entre o magnetizador e o médium curador, pois que o primeiro magnetiza com o seu fluido pessoal, e o segundo com o fluido dos Espíritos, ao qual serve de condutor.

Quando o sono é inimigo

O sono foi dado ao homem para a reparação de suas forças orgânicas, informa-nos Allan Kardec. Isso não quer dizer que estejamos a dormir a qualquer hora. Há momento próprio para o sono. Não se poderia imaginar alguém dormindo ou mesmo cochilando no exercício de seu trabalho profissional, cuidando de uma criança na escola, assistindo a uma aula ou dirigindo automóvel.

O sono à hora em que se impõe à vigília torna-se inimigo cruel, diz-nos o Espírito Viana de Carvalho, referindo-se à sonolência nas reuniões espíritas. Conseqüentemente, é estranhável que consideremos uma reunião espírita um acontecimento banal, a ponto de nela cochilar, julgando-a menos importante que nosso trabalho profissional ou uma aula a que assistamos num educandário do mundo, ocasiões em que normalmente permanecemos em vigília. Não se justifica, pois, entregar-se ao sono nos estudos, palestras, reuniões mediúnicas ou demais atividades na seara espírita.