Bem-aventurados os mansos porque eles
possuirão a Terra (Mateus, 5:4) – Rodolfo Calligaris
Já antes
de Alexandre Magno, Júlio César e Gengis Khan, assim como depois de Napoleão,
Mussolini e Hitler, o que vale dizer, desde as mais priscas eras até os nossos
dias, aqui, ali e acolá, a violência foi e continua sendo o meio utilizado pelos homens
para o domínio deste mundo, inclusive dos seres que o habitam.
As idéias — políticas, filosóficas ou religiosas — igualmente hão sido impostas, muitas vezes pela força, custando isso à Humanidade um sacrifício de vidas não menor que o causado pelas guerras de conquista.
No campo da economia, então, os gananciosos sem escrúpulos, que de recursos
opressivos não empregam para conseguir o enriquecimento rápido, indiferentes ao
sofrimento das multidões, vítimas indefesas de suas manobras altistas?
Mesmo
nas instituições e no recesso dos lares, homens há que, para ocuparem os
primeiros lugares ou poderem dizer "aqui mando eu", não titubeiam em constranger
companheiros e tiranizar familiares, pondo em evidência o espírito belicoso que os
caracteriza.
Sim, até agora a Terra tem sido açambarcada pelos violentos, em dano para os mansos e cordatos. Tempos virão, entretanto, em que as relações humanas dos terrícolas serão bem outras.
Sob o império do amor universal pregado pelo Cristo, cada qual verá em seu semelhante um irmão, cujos direitos lhe cumpre respeitar, e não um adversário contra o qual deva lutar; o egoísmo cederá lugar ao altruísmo, de sorte que todos se auxiliarão mutuamente em suas necessidades; e porque ninguém cuidará de elevar-se sobre os outros, mas sim de superar-se a si mesmo, em saber e moralidade, os fracos e os pacíficos já não serão esmagados nem explorados, inexoravelmente, como estamos habituados a presenciar.
Os cépticos talvez imaginem que tal progresso demande ainda muitos e muitos séculos para tornar-se uma realidade entre nós. Sem dúvida, milagres não acontecem, e lenta, muito lenta, tem sido a evolução da Humanidade.
Nosso mundo, porém, está fadado a passar por profundas transformações, físicas e sociais, que o tornem uma estância mais ditosa, e, segundo revelações de entidades amigas do "lado de lá", um processo de expurgo e seleção já se acha em curso, devendo intensificar-se cada vez mais.
Por esse
processo, todos quantos se não afinem com a nova ordem de coisas a ser estabelecida
aqui na Terra sofrerão a desencarnação em massa através de eventos diversos,
sendo atraídos para outros mundos, cujas condições de primitivismo estejam em
conformidade com seus instintos e maus pendores, onde permanecerão até que se
regenerem e façam jus a melhor destino.
A partir
do terceiro milênio, passarão a reencarnar neste mundo apenas as almas que hajam
demonstrado firmeza no bem, e, livres daqueles que lhes quebravam a harmonia,
conhecerão uma nova era de paz e de felicidade, concretizando-se, assim, a
promessa de Cristo: "Bem-aventurados os mansos porque eles possuirão a
Terra".