"E peço isto: que a vossa caridade abunde mais e mais em
ciência e em todo o conhecimento." Paulo. (Filipenses, 1:9.)
Emmanuel (espírito) – Francisco Cândido Xavier
A
caridade é, invariavelmente, sublime nas menores manifestações, todavia, inúmeras pessoas
muitas vezes procuram limitá-la, ocultando-lhe o espírito divino. Muitos aprendizes
crêem que praticá-la é apenas oferecer dádivas materiais aos necessitados de
pão e teto.
Caridade,
porém, representa
muito mais que isso para os verdadeiros discípulos do Evangelho. Em sua carta aos
filipenses, oferece Paulo valiosa assertiva, com referência ao assunto.
Indispensável
é que a
caridade do cristão fiel abunde em conhecimento elevado. Certo benfeitor
distribuirá muito pão, mas se permanece deliberadamente nas sombras da ignorância,
do sectarismo ou da auto-admiração não estará faltando com o dever de
assistência caridosa a si mesmo?
Espalhar
o bem não é somente transmitir facilidades de natureza material. Muitas máquinas,
nos tempos modernos, distribuem energia e poder, automaticamente.
Caridade
essencial é
intensificar o bem, sob todas as formas respeitáveis, sem olvidarmos o
imperativo de auto-sublimação para que outros se renovem para a vida superior,
compreendendo que é indispensável conjugar, no mesmo ritmo, os verbos dar e saber.
Muitos
crentes preferem apenas dar e outros se circunscrevem simplesmente em saber; as atividades de
todos os benfeitores dessa espécie são úteis, mas incompletas. Ambas as classes
podem sofrer presunção venenosa.
Bondade
e conhecimento, pão e luz, amparo e iluminação, sentimento e consciência são
arcos divinos que integram os círculos perfeitos da caridade. Não só receber e
dar, mas também ensinar e aprender.