Parábola da Dracma Perdida


Parábola da Dracma Perdida
(Lucas, XV 8-10)

Qual é a mulher que tendo dez dracmas e perdendo uma não acende a candeia, não varre a casa e não a procura diligentemente até achá-la? Quando a tiver achado, reúne as suas amigas e vizinhas, dizendo: Regozijai-vos comigo, porque achei a dracma que tinha perdido! Assim, digo-vos há júbilo na presença dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.



1. Cairbar Schutel

O principal escopo de Jesus, durante toda a sua existência na Terra, foi demonstrar aos homens a imortalidade da alma, a vida eterna, a bondade, a misericórdia, a solicitude desse Deus, que ele anunciava para com todas as suas criaturas.

Nunca o Mestre exigiu de seus discípulos holocaustos e sacrifícios. O que ele queria é que o amassem, que cressem na sua palavra e confiassem no Pai que ele tinha vindo anunciar, Pai criador e zelador de toda a sua criação, de todas as suas obras.

Pai que veste os lírios e as açucenas, e alimentam os passarinhos; que procura a ovelha perdida; que recebe o filho pródigo, e que sente contentamento quando um de seus filhos para Ele se volta e Lhe solicita os benefícios de que necessita para sua ascensão espiritual.

Para bem gravar os seus ensinos na imaginação de seus ouvintes, o Mestre amoroso, sempre que se lhe oferecia a ocasião, fazia comparações e servindo-se de ocorrências que se verificavam todos os dias, exaltando assim os impecáveis atributos de Deus.

A Parábola da Dracma Perdida, que não passa de um simples episódio, em que Jesus reuniu às exortações que fez certa vez aos publicanos e pecadores, compara ele a alegria que há no mundo espiritual, na presença dos mentores, quando um pecador se arrepende, com a alegria que tem uma mulher ao achar uma dracma, que havia perdido!

E faz ver que, pela mesma forma que a mulher, ao perder a dracma, acende a candeia, varre a casa e procura-a diligentemente até achá-la, também Deus emprega todos os meios que sabiamente sugere aos Espíritos seus mensageiros para encontrar a sua dracma, ou seja o pecador que se perdeu, a fim de ser ele restituído à casa paterna.

O Deus de Jesus, como se vê, é o Deus sábio e benevolente, o Deus amoroso e caritativo, e não o Deus pródigo, cioso, vingativo e mau, ensinado pelas religiões humanas, pelos sacerdotes e pastores.

É isto que quer a parábola: exaltar a bondade e o amor de Deus, que em nós desperta princípios de sabedoria, para nos aproximarmos do Supremo Senhor.