Miramez – Capítulo 83 do Livro Médiuns

O Evangelho de Jesus Cristo

Mas é necessário que primeiro o Evangelho seja
pregado a todas as Nações. (Marcos, 13:10)

Nos ensinos do Cristo se encontra uma gama infinita de conhecimentos, assimiláveis de acordo com a evolução de cada alma. Para quem já se  converteu à caridade e se esforça no amor, é mais fácil falar as dimensões do saber evangélico, que se perde na eternidade.

O anúncio das verdades espirituais, feitos por Jesus, foi uma misericórdia de Deus à humanidade. Nós, antes do Mestre, éramos como frutos pendentes ao amadurecimento, sem o devido conhecimento da nossa utilidade.


Entrementes, com a receita divina da divina presença do Senhor, sentimo-nos úteis, mesmo na escala a que pertencemos, sentimos a consciência de que realmente vivemos.

E se recebemos tudo de Deus, podemos dar de nós juntamente com Ele, aos que sofrem e aos que choram. O Evangelho é a maior reserva de energias para o Espírito que transita na Terra, na qual se assenta a evolução da humanidade.

E em se falando de médiuns, é em Cristo que eles encontram os caminhos por onde se conscientizam dos seus deveres perante Deus.

A mediunidade é um instrumento valioso, quando endereçada ao bem comum. Se não fora ela, como haveríamos de conhecer os fenômenos imortais registrados pelo Evangelho, e que vieram à luz pelo Cristo e seus Apóstolos?

Mas os dons mediúnicos carecem de muita educação e disciplina, e o Mestre escolheu os seus companheiros entre os melhores sensitivos da época. Em primeiro lugar, abriu uma escola na casa de Simão, de onde, na intimidade com eles, pudesse ensinar-lhes os segredos do exercício mediúnico.

Revelou a eles as principais leis que sustentam a criação, fez conhecer as necessidades do perdão, da caridade e do amor, levantou o padrão moral dos seus discípulos, despertou a alegria coletiva, e em operação endereçada a cada um, incentivou a fé, inflamando a inteligência em todos os ramos do saber.

Apontou para o céu e discorreu sobre a criação do Pai Celestial, e fez por onde criassem asas as imaginações dos apóstolos, dando nova vida à esperança na imortalidade da própria vida.