Miramez – Capítulo 81 do livro Médiuns

Só Eu estou certo!

Portanto és indesculpável quando julgas, ó homem, quem quer que seja;
porque no que julgas o outro, a ti mesmo te condenas;
pois praticas as próprias contas que condenas.
(Romanos, 2:1)

Comumente condenamos aquilo que ainda temos que reparar em nós mesmos. Pensar que somente nós estamos certos é o meio mais fácil de errar.

Não existe perfeição, nem que as virtudes de todos os homens se congreguem. Debatemo-nos ainda em faixa evolutiva inferior, cada um carecendo muito do outro, mas muito.


Fazer essa afirmativa “Só eu estou certo” é complicar o convívio com os nossos semelhantes, é desviar o próximo de nós, contrariando a lei da fraternidade que assegura, para todos os corações, a alegria e a esperança. Apontar faltas nos outros é imputar faltas a nós mesmos.

Os nossos defeitos nos inspiram a ver nos semelhantes os nossos próprios desequilíbrios. A exorbitância da estima de si mesmo é ato adverso à consciência cristã. O Espírito, quando grita muito em defesa própria, torna-se uma alma onerada perante a lei.

O médium certamente é um homem comum, no que tange à sua estrutura visível, porém com alta sensibilidade espiritual, cujo afloramento foi delineado desde sua formação no seio materno, com compromissos firmados bem antes da concepção.

A mediunidade é uma força de ordem divina, que vibra na alma de quem a possui e, em muitos casos, torna-se difícil de ser explicada, por faltarem recursos na linguagem humana.

Quem conhece mais a mediunidade são os próprios médiuns, por sentirem seus efeitos e serem portadores dos fenômenos. As mensagens que ofertamos ao público são endereçadas mais aos que, pela força do destino, carregam consigo os dons mediúnicos.