Divaldo Pereira Franco, fala em seu livro, sobre a visão
espírita e a Nova Geração: as crianças índigo e cristal
1. Quem
são as crianças índigo e cristal? Desde os anos 70, aproximadamente,
psicólogos, psicoterapeutas e pedagogos começaram a notar a presença de
uma geração estranha, muito peculiar.
Tratava-se
de crianças
rebeldes, hiperativas que foram imediatamente catalogadas como crianças patologicamente
necessitadas de apoio médico. Mais tarde, com as observações de outros
psicólogos chegou-se
à conclusão de que se trata de uma nova geração.
Uma
geração espiritual e especial, para este momento de grande transição de mundo
de provas e de expiações que irá alcançar o nível de mundo
de regeneração.
As
crianças índigo são assim chamadas porque possuem uma aura na tonalidade azul, aquela tonalidade
índigo dos blue jeans (Dra. Nancy Ann Tape).
O índigo
é uma planta da Índia (indigofera tinctoria), da qual se
extrai essa coloração que se aplicava em calças e hoje nas roupas em geral. Essas crianças índigo sempre apresentam um comportamento “sui
generis”.
Desde
cedo demonstram estar conscientes de que pertencem a uma geração especial. São crianças
portadoras de alto nível de inteligência, e que, posteriormente, foram classificadas em
quatro grupos: artistas, humanistas, conceituais e inter-dimensionais ou
trans-dimensionais.
As
crianças cristal são aquelas que apresentam uma aura alvinitente, razão pela qual
passaram a ser denominadas dessa maneira.
A partir
dos anos 80, ei-las reencarnando-se em massa, o que tem exigido uma necessária mudança de padrões
metodológicos na pedagogia, uma nova psicoterapia a fim de serem atendidas, desde que
serão as continuadoras do desenvolvimento intelecto-moral da Humanidade.
2. Essas crianças não poderiam ser
confundidas com as portadoras de transtornos da personalidade, de
comportamento, distúrbios da atenção? Como identificá-las com segurança?
Essa é uma grande dificuldade que os psicólogos têm experimentado, porque normalmente existem as crianças que são portadoras de transtornos da personalidade (DDA) e aquelas que, além dos transtornos da aprendizagem, são também hiperativas (DTAH), mas os estudiosos classificaram em 10 itens as características de uma criança índigo, assim como de uma criança cristal.
A
criança índigo tem absoluta consciência daquilo que está fazendo, é rebelde por
temperamento, não fica em fila, não é capaz de permanecer sentada durante um
determinado período, não teme ameaças. Não é possível com essas crianças
fazermos certos tipos de chantagem. É necessário dialogar, falar com
naturalidade, conviver e amá-las.
Para
tanto, os especialistas elegem como métodos educacionais algumas das propostas
da doutora Maria Montessori, que criou, em Roma, no ano de 1907, a sua célebre “Casa
dei Bambini”, assim como as notáveis contribuições pedagógicas do
Dr. Rudolf Steiner.
Steiner
é o criador da “antroposofia”. Ele apresentou, em Stuttgart, na Alemanha, os seus métodos
pedagógicos, a partir de 1919, que foram chamados Waldorf.
A partir
daquela época, os métodos Waldorf começaram a ser aplicados em
diversos países. Em que consistem? Amor à criança. A criança não é um adulto em
miniatura. É um ser que está sendo formado, que merece o nosso melhor carinho.
A
criança não é objeto de exibição, e deve ser tratada como criança. Sem
pieguismo, mas também sem exigências acima do seu nível intelectual.
Então,
essas crianças esperam encontrar uma visão diferenciada, porque, ao serem matriculadas
em escolas convencionais, tornam-se quase insuportáveis. São tidas como DDA ou
DTAH. São as crianças com déficit de atenção e hiperativas.
Nesse
caso, os médicos vêm recomendando, principalmente nos Estados Unidos e na
Europa, a
“Ritalina”, uma droga profundamente perturbadora. É chamada a droga da obediência.
A
criança fica acessível, sim, mas ela perde a espontaneidade. O seu cérebro
carregado da substância química, quando essa criança atinge a adolescência,
certamente irá ter necessidade de outro tipo de droga, derrapando na
drogadição. Daí é necessário muito cuidado.
Os pais,
em casa (como normalmente os pais quase nunca estão em casa e suas crianças são
cuidadas por pessoas remuneradas que lhes dão informações, nem sempre corretas)
deverão observar a conduta dos filhos, evitar punições quando errem, ao mesmo
tempo colocando limites. Qualquer tipo de agressividade torna-as rebeldes, o
que pode levar algumas a se tornarem criminosos seriais.
Os
estudos generalizados demonstram que algumas delas têm pendores artísticos
especiais, enquanto outras são portadoras de grandes sentimentos humanistas,
outras são mais emocionais e outras ainda são portadoras de natureza
transcendental.
Aquelas
transcendentais, provavelmente serão os grandes e nobres governantes da
Humanidade no futuro. As artísticas vêm trazer uma visão diferenciada a respeito do
Mundo, da arte, da beleza. Qualquer tipo de punição provoca-lhes ressentimento,
amargura que podem levar à violência, à perversidade.
3. Você se referiu às características mentais, emocionais dessas crianças. Elas têm alguma característica física própria? Você tem informação se o DNA delas é diferente?
Ainda não se tem, que eu saiba, uma especificação sobre ela, no que diz respeito ao DNA, mas acredita-se que, através de gerações sucessivas, haverá uma mudança profunda nos genes, a fim de poderem ampliar o neocórtex, oferecendo-lhe mais amplas e mais complexas faculdades.
Tratando-se
de Espíritos de uma outra dimensão, é como se ficassem enjauladas na nossa
aparelhagem cerebral, não encontrando correspondentes próprios para
expressar-se. Através das gerações sucessivas, o perispírito irá modelar-lhes o
cérebro, tornando-o ainda mais privilegiado.
Como o
nosso cérebro de hoje é um edifício de três andares, desde a parte réptil, à
mamífera e ao neocórtex que é a área superior, as emoções dessas crianças irão criar
uma parte mais nobre, acredito, para propiciar-lhes a capacidade de
comunicar-se psiquicamente, vivenciando a intuição.
Características
físicas existem, sim, algumas. Os estudiosos especializados na área, dizem que as crianças
cristal têm os olhos maiores, possuem a capacidade para observar o mundo com
profundidade, dirigindo-se às pessoas com certa altivez e até com certo
atrevimento.
Têm
dificuldade em falar com rapidez, demorando-se para consegui-lo a partir dos 3
ou dos 4 anos. Entendemos a ocorrência, considerando-se que, vindo de uma dimensão
em que a verbalização é diferente, primeiro têm que ouvir muito para criar o
vocabulário e poderem comunicar-se conosco. Então, são essas observações iniciais que
estão sendo debatidas pelos pedagogos.
4. Com que objetivo estão reencarnando na
Terra?
Allan Kardec, com a sabedoria que lhe era peculiar, no último capítulo do livro “A Gênese”, refere-se à “nova geração” que viria de uma outra dimensão. Da mesma forma que no tempo do “Pithecanthropus erectus” vieram os denominados “Exilados de Capela” ou de onde quer que seja, porque há muita resistência de alguns estudiosos a respeito dessa tese, a verdade é que vieram muitos Espíritos de uma outra dimensão.
Foram
eles que produziram a grande transição, denominada por Darwin como o “Elo
Perdido”, porque aqueles Espíritos que vieram de uma dimensão
superior traziam o perispírito já formado e plasmaram, nas gerações
imediatas, o nosso biótipo, o corpo, conforme o conhecemos.
Logo
depois, cumprida a tarefa na Terra, retornaram aos seus lares, como diz a
Bíblia, ao referir-se ao anjo que se rebelara contra Deus – Lúcifer.
Na
atualidade, esses lucíferes voltaram. Somente que, neste outro grande momento, estão vindo de
Alcione, uma estrela de 3ª. grandeza do grupo das plêiades, constituídas por
sete estrelas, conhecidas pelos gregos, pelos chineses antigos e que fazem parte
da Constelação de Touro.
Esses
Espíritos vêm agora em uma missão muito diferente dos “Capelinos”. É claro que nem todos
serão bons. Todos os índigos apresentarão altos níveis intelectuais, mas os cristais
serão, ao mesmo tempo, intelectualizados e moralmente elevados.
5. Já que eles estão chegando há cerca
de 20, 30 anos, nós temos aí uma juventude que já está fazendo diferença no
Mundo?
Acredito
que sim. Podemos observar, por exemplo, e a imprensa está mostrando, nesse
momento, gênios
precoces, como o jovem americano “Jay Greenberg” considerado como o novo
Mozart.
Ele começou a compor aos quatro anos de idade. Aos seis anos, compôs a sua
sinfonia. Já compôs cinco.
Recentemente,
foi acompanhar a gravação de uma das suas sinfonias pela Orquestra Sinfônica de
Londres para observar se não adulteravam qualquer coisa. O que é fascinante
neste jovem, é que ele não compõe apenas a partitura central, mas todos os
instrumentos, e quando lhe perguntam como é possível, ele responde: “Eu não faço nenhum esforço, está tudo na minha
mente”.
Durante
as aulas de matemática, ele compõe música. A matemática não lhe interessa e nem uma
outra doutrina qualquer. É mais curioso ainda, quando afirma que o seu cérebro possui três
canais de músicas diferentes. Ele ouve simultaneamente todas, sem nenhuma
perturbação. Concluo que não é da nossa geração, mas que veio de outra
dimensão.
Não
somente ele, mas muitos outros, que têm chamado a atenção dos estudiosos. No México, um menino
de seis anos dá aulas a professores de Medicina e assim por diante... Fora aqueles que
estão perdidos no anonimato.
6. O que você diria aos pais que se
encontram diante de filhos que apresentam essas características?
Os técnicos dizem que é uma grande honra tê-los e um grande desafio, porque são crianças difíceis no tratamento diário. São afetuosas, mas tecnicamente rebeldes. Serão conquistadas pela ternura. São crianças um pouco destrutivas, mas não por perversidade, e sim por curiosidade.
Como vêm
de uma dimensão onde os objetos não são familiares, quando vêem alguma coisa
diferente, algum objeto, arrebentam-no para poder olhar-lhes a estrutura. São crianças que
devemos educar apelando para a lógica, o bom tom. A criança deve ser orientada,
esclarecida, repetidas vezes.
Voltarmos
aos dias da educação doméstica, quando nossas mães nos colocavam no colo,
falavam conosco, ensinavam-nos a orar, orientavam-nos nas boas maneiras, nas
técnicas de uma vida saudável, nos falavam de ternura e nos tornavam o coração muito
doce, são os métodos para tratar as modernas crianças, todas elas, índigo,
cristal ou não.
Entrevista de
Divaldo Pereira Franco ao
Programa
Televisivo O Espiritismo Responde da
União Regional
Espírita - 7ª Região, Maringá, em 21.03.2007.