A maior
prova de que a alma continua vivendo após a morte foi dada por Jesus, ao aparecer para
Maria Madalena, três dias após a sua morte.
Essa
aparição à ex-pecadora se deu exatamente diante do seu túmulo vazio, ocasião em que Ele pediu que ela não
o tocasse,
pois ainda não havia subido às regiões celestiais, ou melhor, ao Paraíso.
Segundo
a Bíblia, o
Cristo em Espírito permaneceu entre nós durante quarenta dias, período no qual, além
de aparecer a Madalena, mostrou-se também a Maria, mãe de Thiago, e Maria
Salomé, quando se dirigiam ao sepulcro.
Foi
visto ainda por cerca de quinhentos dos seus seguidores na Montanha da
Galiléia,
ao fazer para eles suas últimas recomendações. Depois de falar para essa
pequena multidão, o Cristo seguiu com os apóstolos para o Monte das Oliveiras.
Lá, ao
término de suas últimas instruções, levantou as mãos e, enquanto os abençoava,
fez a sua ascensão para a vida espiritual após quarenta dias de sua
desencarnação.
Diante
disso, como
podemos conciliar a promessa do Mestre a Dimas, o chamado “bom ladrão”, no alto da
cruz: “Em verdade te digo que hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”, se Jesus só foi para
lá quarenta dias depois de sua morte?
De fato,
Jesus não mentiu a Dimas, pois ele, ao arrepender-se de todo o mal que havia feito,
rendeu-se inteiramente ao Cristo, significando, portanto, “hoje”, o instante
daquele mesmo dia em que o “bom ladrão” encontrou a paz de espírito. Podemos
concluir, com isso, que o Paraíso é um estado de consciência e não um local determinado
no espaço.
Porém,
ao garantir a Dimas a entrada imediata na Vida Superior, Jesus queria lhe
dizer que isso aconteceria com o propósito de reeducá-lo, para, mais tarde,
reencarnar inúmeras vezes até atingir a perfeição espiritual, a mesma já alcançada
pelo Mestre. Essa perfeição, todos nós, filhos de Deus, alcançaremos também um
dia diante da eternidade!
Gerson Simões Monteiro
Gerson Simões Monteiro é presidente da Fundação Cristã Espírita Paulo de Tarso, do Rio de Janeiro, RJ, e diretor da Rádio Rio de Janeiro.