O difícil momento do planeta

O difícil momento do planeta
Ricardo Orestes Forni
Aumenta, assustadoramente, a agressividade, nestes dias, nos grupos humanos, sem que haja um programa de reequilíbrio, de harmonização individual ou coletiva.

Trata-se de uma guerra não declarada, cujos efeitos perniciosos atemorizam a sociedade.” – Joanna de Ângelis.

O planeta a que estamos veiculados, na fase evolutiva em que nos encontramos, encontra-se sob fortes mecanismos vibratórios de reforma.

Que o digam as cenas apresentadas do Rio de Janeiro pela televisão, no combate às drogas; a ameaça de um novo confronto entre as duas Coreias; o que já ocorreu no Afeganistão e no Iraque; as frequentes chispas do Irã, em relação à energia nuclear, com finalidades bélicas.

Não foi assim, também, na Primeira e na Segunda Guerra Mundial? E através de toda a história da Humanidade, teremos tido algum período de um jardim do Éden? Ou será que não tínhamos a veiculação de notícias, como temos nos tempos atuais?

Como a própria origem do planeta, tudo segue um ciclo supervisionado pelos Espíritos Superiores que comandam essa escola de almas.

De início, uma bola de fogo. Depois, com o resfriamento da crosta e as condições mínimas de vida, as formas primitivas de habitantes, a iniciarem as primeiras aulas da jornada evolutiva.

Não foi fácil. Nada é fácil. Toda conquista demanda lutas, esforços, quedas e reerguimentos, mortes e ressurgimentos. Estaria o planeta Terra regredindo, contrariando os ensinamentos espíritas?

Joanna de Ângelis, no livro entrega-te a Deus, psicografia de Divaldo, Editora InterVidas, na página Agressividade, ensina-nos que vivem-se, na atualidade, os dias de descontrole emocional e espiritual do querido orbe terrestre.

O tumulto desenfreado, fruto espúrio das paixões servis, invade quase todas as áreas do comportamento humano e da convivência social.

Desconfiança sistemática aturde as mentes invigilantes, levando-as a suspeitas infundadas e contínuas, bem como a reações doentias nas mais diversas circunstâncias.

A probidade cede lugar à avareza, enquanto a simpatia e afabilidade são substituídas pela animosidade contumaz. As pessoas mal se suportam umas às outras, explodindo por motivos irrelevantes, sem significado.

E então, estaria o planeta Terra regredindo, na sua evolução moral, contrariando os ensinamentos espíritas?
Em um novo trecho do mesmo livro, esclarece Joanna:

“A agressividade é doença da alma que deve merecer cuidados muito especiais desde a infância, educando-se o iniciante na experiência terrestre, de forma que possa dispor de recursos para vencer a inferioridade moral que traz de existências transatas ou que adquire na convivência doentia da família”.

Cremos que, nesse trecho, existe a prova de que o planeta Terra não regride, mas ainda não progrediu o suficiente. Cerca de, aproximadamente, vinte e dois bilhões de Espíritos gravitam em torno da escola terrestre.

O número de habitantes e, portanto, de Espíritos que reencarnam está crescendo. A previsão é a de que atinjamos, nos próximos anos, cerca de nove bilhões de habitantes, ou seja, mais Espíritos reencarnados.

Se o planeta é de provas e expiações, isso significa que os Espíritos a ele ligados são, na sua grande maioria, pouco evoluídos.

Ora, quando o número de reencarne dá-se à custa de Inteligências com pouca evolução, o que esperar a não ser mais problemas, para que todos tenham a sua oportunidade de regeneração, nesse mecanismo de burilamento recíproco?
 
Portanto, não estamos regredindo, estamos caminhando lentamente. Segundo a própria Joanna, o progresso moral é lento e exige sacrifícios de todos os cidadãos que aspiram pela felicidade e pela harmonia na Terra.

Se isolarmos o momento atual com toda a agressividade com que ele se apresenta, como se separássemos uma fatia da eternidade, a sensação é a de que estamos regredindo, mas, se contemplarmos o contexto de tudo o que acontece, tomando como referência a eternidade, caminhamos para frente, porque evoluir é uma determinação da Lei.

Como evoluiremos, então? Ouçamos Joanna: “A rigor, com as nobres exceções existentes, a sociedade moderna encontra-se gravemente enferma, necessitando de urgentes cuidados, que o sofrimento, igualmente generalizando-se, conseguirá, no momento próprio, oferecer a recuperação, o reencontro com a saúde, após a exaustão pelas dores...

Instala-se, desse modo, lentamente, o período da paz, da brandura, da fraternidade. Sofrido, o ser humano ver-se-á compelido a fazer a viagem de volta às questões simples e afáveis, à amizade e à ternura, qual filho pródigo de retorno ao lar paterno, após as extravagantes experiências que se permitiu”.

Quando se verificará esse ingresso no tão desejado mundo de regeneração? Novamente ensina Joanna: Que não se demorem esses dias, que dependerão do livre-arbítrio dos indivíduos em particular e da sociedade em geral, embora o progresso seja inevitável, apressando-se ou retardando-se em razão das opções humanas.

Como vai indo a sua parte nessa conquista?
Texto publicado no Jornal “O Clarim”