O homem Jesus

Dezembro é um mês muito especial. Como são todos os meses de dezembro. As casas, as ruas, as avenidas se enchem de luzes. Cantos, cantigas, dramatizações do nascimento de uma criança singular se reprisam em escolas, templos e associações.

Em nome de um menino, os corações se sensibilizam e cada qual procura tornar muito bom o dia do Natal. Eclodem emoções. E ante tanta sensibilidade que desfila ao longo desses dias, é de nos indagarmos: Quem é essa criança cujo nascimento é evocado, mesmo após decorridos mais de vinte séculos da sua morte?



Porque afinal, costumamos comemorar o aniversário na terra dos que estão conosco. Depois que realizam a grande viagem, rumo ao invisível, nós lembramos outras datas. Mas ninguém pensa em realizar festa de aniversário para aquele que já se foi.

E outro detalhe muito significativo. No dia em que se comemora o aniversário dessa criança, quem recebe os presentes são os que promovem a festa, numa alegre troca de embrulhos, lembranças e mimos.

A Doutrina de Sócrates e Platão

I. O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação ela existia unida aos tipos primordiais, às idéias da verdade, do bem e do belo; encarnando, separou-se deles, e, lembrando-se do seu passado ela fica mais ou menos atormentada pelo desejo de a ele voltar.

Não se pode explicar mais claramente a diferença e a independência entre o princípio inteligente, ou seja, a alma, e o princípio material, isto é, o corpo.


Além disso, é a doutrina da preexistência da alma, da vaga intuição que ela conserva de um outro mundo ao qual ela aspira, da sua sobrevivência ao corpo, da sua saída do mundo espiritual para encarnar e da sua volta a esse mesmo mundo após a morte, é, enfim, o gérmen da doutrina dos anjos decaídos.

O Chamado

O ambiente era simples. Era, na verdade, um espaço dimensional estruturado na matéria extrafísica, que, por falta de terminologia mais adequada e moderna, chamamos de antimatéria. Fui convidado por Jamar a participar do evento, a fim de mais tarde relatar os acontecimentos aos companheiros da dimensão física, por meio da mediunidade.

Foi ao perceber os espíritos ali presentes que me senti, de repente, como um penetra numa reunião importante. Não fosse o convite de Jamar e de outros amigos espirituais, minha presença ali não teria cabimento.


Da dimensão física, chegava uma imensidão de Antimatéria, aqui, não se refere ao conceito que a física define, mas, como o autor esclarece, trata-se de um recurso linguístico para aludir à matéria extrafísica. Agentes desdobrados, de colaboradores dos diretores evolutivos da humanidade, de várias latitudes do planeta, conduzidos fora do corpo por emissários da espiritualidade.

Os arquivos da Alma

Mergulhado na vida corpórea, perde o Espírito, momentaneamente, a lembrança de suas experiências anteriores, como se um véu as cobrisse. Todavia, conserva algumas vezes vaga consciência dessas vidas, que, mesmo em certas circunstâncias, lhe podem ser reveladas. Esta revelação, porém, só os Espíritos superiores espontaneamente a fazem, com um fim útil, nunca para satisfazer vã curiosidade. (Allan Kardec, “O Livro dos Espíritos”, pergunta 399.)

E não é somente após a morte que o Espírito recobra a lembrança do passado. Pode dizer-se que jamais a perde, pois que, como a experiência o demonstra, mesmo encarnado, adormecido o corpo, ocasião em que goza de certa liberdade, o Espírito tem consciência de seus atos anteriores; sabe porque sofre e que sofre com justiça. (Allan Kardec, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, capítulo 5, item 11.)


O estudo do perispírito, sua organização, suas propriedades, sua utilidade e necessidade na organização humana, suas possibilidades verdadeiramente fabulosas, encantadoras, constituem, por certo, uma das maiores atrações da Doutrina dos Espíritos.

Bataclan

Os atentados terroristas em Paris são como uma febre no organismo social. Dói, incomoda e leva a procurar um remédio. E a febre é apenas o sintoma de um drama de natureza moral e espiritual que nunca esteve tão elevado em toda a história da humanidade terrena. O terrorismo nada mais é que a velha necessidade do homem de anular a diferença para preponderar. No caso, usando a lamentável atitude de violência. O nome desse sentimento é poder.

Poder é a coroa de ouro das organizações mais sombrias de todos os tempos. É a mais antiga doença do ser espiritual que faz seu aprendizado nessa escola de provas e expiações onde o egoísmo ainda é soberano.


Uma espessa camada miasmática se forma na chamada psicosfera, a parte astral do planeta mais próxima da matéria física. Esse cinturão de sombras é o resultado dos dejetos mentais da mente encarnada e desencarnada. Culpa, medo, ódio e poder se aglutinam junto a outras matérias mentais formando essa nuvem cinzenta e com vida própria.

Um caso de loucura

Numa pequena cidade da antiga Bourgogne, que nos abstemos de nomear, mas que poderíamos dar a conhecer se necessário, existe um pobre velho que a fé espírita sustenta em sua miséria, vivendo tão bem quanto mal do medíocre produto que lhe traz a venda ambulante de pequenos objetos nas localidades vizinhas.

É um homem bom, compassivo, prestando serviço cada vez que disto acha a ocasião, e, certamente, acima de sua posição pela elevação de seus pensamentos. O Espiritismo lhe deu a fé em Deus e na imortalidade, a coragem e a resignação.


Um dia, numa de suas andanças, encontrou uma jovem viúva, mãe de várias criancinhas, que, depois da morte de seu marido que ela adorava, louca de desespero, e se vendo sem recursos, perdeu completamente a razão.

Atraído pela simpatia para com essa grande dor, procurou ver essa infeliz mulher, a fim de julgar se seu estado era sem remédio. A privação na qual a encontrou redobrou sua compaixão; mas, ele mesmo pobre, não podia lhe dar senão consolações.

Corpo espiritual e religiões

Responsabilidade e Consciência: À medida que a responsabilidade se lhe apossou do espírito, iluminou-se a consciência do homem. A centelha da razão convertera-se em chama divina. A inteligência humana entendeu a grandeza do Universo e compreendeu a própria humildade, reconhecendo em suas entranhas a idéia inalienável de Deus. Conduzindo-se, então, de modo racional, experimentou profundas transformações.

Percebe, nesse despertamento, que, além das operações vulgares da nutrição e da reprodução, da vigília e do repouso, estímulos interiores, inelutáveis, trabalham-lhe o âmago do ser, plasmando-lhe o caráter e o senso moral, em que a intuição se amplia segundo as aquisições de conhecimento e em que a afetividade se converte em amor, com capacidade de sacrifício, atingindo a renúncia completa.


Até à época recuada do paleolítico, interferiram as Inteligências Divinas para que se lhe estruturasse o veículo físico, dotando-a com preciosas reservas para o futuro imenso. Envolvendo-a na luz da responsabilidade, conferiam-lhe o dever de conservar e aprimorar o patrimônio recebido, e, investindo-a na riqueza do pensamento contínuo, entregaram-lhe a obrigação de atender ao aperfeiçoamento de seu corpo espiritual.

Teletransporte espiritual

Numerosas vezes testemunhei a materialização de cristais, outras pedras, crucifixos e medalhas nas regiões palmares dos médiuns de efeitos físicos. Tais objetos são entregues a membros do grupo como magnetóforos ou símbolos de proteção.

Essas pedras estão magnetizadas com energias desconhecidas, capazes de desviar e neutralizar os fluidos negativos projetados como projéteis por espíritos devotados ao mal. As peças como que brotam ou emergem dos tecidos profundos das mãos dos médiuns, inexplicavelmente atravessam sua pele e são depositados nas palmas de nossas mãos, que se acham encostadas na superfície palmar dos sensitivos.


Com os médiuns Gilberto Arruda e Paulo Larossa, os fenômenos foram por mim testemunhados em plena luz solar. É importante ressaltar que praticamente não existe espaço real entre as duas mãos abertas e encostadas uma sobre a outra, e mesmo assim sentimos as pedras emergirem das profundezas dos tecidos orgânicos dos sensitivos.

Espiritismo experimental

O Espiritismo representa uma fase nova da evolução humana. A lei que, através dos séculos, tem conduzido as diferentes frações da Humanidade, longo tempo separadas, a gradualmente aproximar-se, começa a fazer sentir no Além os seus efeitos.

Os modos de correspondência que entretêm na Terra os homens vão-se estendendo pouco a pouco aos habitantes do mundo invisível, enquanto não atingem, mediante novos processos, as famílias humanas que povoam as Terras do espaço.


Contudo, nas sucessivas ampliações do seu campo de ação, a Humanidade tropeça em inúmeras dificuldades. As relações, multiplicando-se, nem sempre trazem favoráveis resultados; também oferecem perigos, sobretudo no que se refere ao mundo oculto, mais difícil que o nosso de penetrar e analisar.

A Regeneração da Humanidade

Os acontecimentos se precipitam com rapidez, também não vos dizemos mais como outrora: "Os tempos estão próximos"; nós vos dizemos agora: "Os tempos estão chegados". Por estas palavras não entendeis um novo dilúvio, nem um cataclismo, nenhum transtorno geral. As convulsões parciais do globo ocorreram em todas as épocas e se produzem ainda, porque se prendem à sua constituição, mas não estão ali os sinais dos tempos.

E, no entanto, tudo o que está predito no Evangelho deve se cumprir e se cumpre neste momento, assim como o reconhecereis mais tarde; mas não tomeis os sinais anunciados senão como figuras das quais é preciso tomar o espírito e não a letra. Todas as Escrituras encerram grandes verdades sob o véu da alegoria, e foi porque os comentaristas se prenderam à letra que se enganaram.


Faltou-lhes a chave para compreenderem seu sentido verdadeiro. Esta chave está nas descobertas da ciência e nas leis do mundo invisível que vem de nos revelar o Espiritismo. Doravante, com a ajuda destes novos conhecimentos, o que era obscuro se tornará claro e inteligível. Tudo segue a ordem natural das coisas, e as leis imutáveis de Deus não serão modificadas. Não vereis, pois, nem milagres, nem prodígios, nem nada de sobrenatural no sentido vulgar dado a estas palavras.

Compreensão – Ave Luz

Filipe estava assustado, em virtude de vários incidentes acontecidos em Betsaida. Junta-se ao povo, procurando algo que pudesse saciar-lhe a fome e a sede materiais e mesmo as necessidades do espírito. É certo que saía dos encontros com Jesus e seus distintos companheiros fortalecidos na fé e no modo pelo qual entendia a vida, nos dois planos que a sua concepção aceitava.

Mas ao se envolver na atmosfera dos homens que negavam as verdades transcendentais do espírito, sentia-se comprometido com determinadas dúvidas, como amarrado a um poste para sacrifício, sem esperança de salvação. O entendimento, nessas horas, fugia-lhe, escapando, igualmente, do seu hábil raciocínio. Era preciso encontrar solução e, para tanto, não existia melhor oportunidade do que as reuniões que se processavam no casarão.


O filho de Betsaida era muito cauteloso nas suas buscas, nunca aceitava idéias sem que, primeiro, examinasse suas propriedades. Tinha verdadeira vigilância contra a influência dos outros para consigo e, quando encontrava uma filosofia, ou mesmo conceitos que o fascinassem, submetia-os à apreciação de outros da sua inteira confiança. A bateia de sua análise não se enganava na escolha do ouro, muito menos da pedra valiosa da verdade, que deveria ser a verdade filosofal dos mestres e dos sábios.

O amor nunca põe limites

Nesse instante, duas entidades que cooperavam nas reuniões mediúnicas normais da Sociedade Espírita adentraram-se, trazendo em maca, adormecido, um dos seus diretores. Tratava-se do confrade Anacleto, com um pouco mais de meio século de existência terrestre, que ficara viúvo, há cinco anos, aproximadamente, que fora antes, dedicado servidor do Evangelho, que se constituíra um dos pilares de segurança da instituição.


Segundo pude depreender mentalmente, em razão das emissões do pensamento do nosso mentor, de maneira invigilante ele passou a cultivar ideias de exaltação e comportamento agressivo, tornando-se um espinho ferinte no grupo de trabalho.


Responsável por atividade de relevante importância, manteve-se cauto sexualmente durante o período matrimonial. Após a desencarnação da esposa, igualmente trabalhadora dedicada, passou a cultivar sentimentos perturbadores e tormentos adormecidos, dando largas à imaginação e gerando imagens mentais tóxicas, lentamente absorvidas e transformadas em hábitos psíquicos.

Sexo e corpo espiritual

Hermafroditismo e unissexualidade: Examinando o instinto sexual em sua complexidade nas linhas multiformes da vida, convêm lembrar que, por milênios e milênios, o princípio inteligente se demorou no hermafroditismo das plantas, como, por exemplo, nos fanerógamos, em cujas flores os estames e pistilos articulam, respectivamente, elementos masculinos e femininos.

Nas plantas criptogâmicas celulares e vasculares ensaiara longamente a reprodução sexuada, na formação de gametas (anterozóides e oosfera) que muito se aproximam aos dos animais e cuja fecundação se efetua por meios análogos aos que observamos nestes últimos seres.


Depois de muitas metamorfoses que não cabem num estudo sintético quanto o nosso, caminhou o elemento espiritual, na reprodução monogâmica, entre as vastas províncias dos protozoários e metazoários, com a divisão e gemação entre os primeiros, correspondendo à cisão ou estrobilação entre os segundos.

O Sistema Nervoso

Alguns espíritas consideram o sistema nervoso físico, como uma parte mais materializada do perispírito. Algo assim como um prolongamento ou anexo, responsável pela emissão e recepção de mensagens que chegam e partem do perispírito. Ora, se o sistema nervoso físico integrasse o perispírito, toda parte relativa ao desempenho e controle das atividades do organismo que a ele se submete entraria em desordem com o afastamento perispiritual.

Sendo o físico uma estrutura semelhante ao perispírito, esta semelhança se faz de maneira correspondente à especialização e à "eterização" das partes reproduzidas. No perispírito, o sistema nervoso também é mais etéreo e sutil que os demais sistemas, firmando-se a obrigatoriedade dessa quintessência na especialização cerebral e nervosa, sistema de conduto por onde o Espírito atua diretamente na exteriorização de mensagens e percepções de estímulos ambientais.


Quando o Espírito se encontra encarnado, esses estímulos chegam a seu perispírito pelos cinco canais que constituem a base da sua vida de relação, quais sejam: visão, audição, paladar, olfato e tato. Desencarnado, todo e qualquer estímulo o atinge via perispírito, de maneira generalizada. Podemos dizer que ele ouve, vê e sente por todo o perispírito, sendo este fato de fácil comprovação nas reuniões mediúnicas, quando o Espírito comunicante leva as mãos aos ouvidos para não escutar o doutrinador e a voz o alcança em sua intimidade perispiritual.

Sintonia - Roteiro

As bases de todos os serviços de intercâmbio, entre os desencarnados e encarnados, repousam na mente, não obstantes as possibilidades de fenômenos naturais, no campo da matéria densa, levados a efeito por entidades menos evoluídas ou extremamente consagradas à caridade sacrificial.

De qualquer modo, porém, é no mundo mental que se processa a gênese de todos os trabalhos da comunhão de espírito a espírito. Daí procede a necessidade de renovação idealística, de estudo, de bondade operante e de fé ativa, se pretendemos conservar o contato com os Espíritos da Grande Luz.



Simbolizemos nossa mente como sendo uma pedra, inicialmente burilada. Tanto quanto a do animal, pode demorar-se, por muitos séculos, na ociosidade ou na sombra, sob a crosta dificilmente permeável de hábitos nocivos ou de impulsos degradantes.

Dignidade – Ave Luz

A festividade em Betsaida tornara-se natural. Na pacata cidade da Galiléia, para muitas famílias era uma fonte de renda que trouxe abundância para milhares de pessoas que antes viviam em dificuldades. O comércio se estendeu por todas as ruas estreitas, pátios e esquinas. A pesca teve um impulso assustador. Em poucas semanas, os turistas sustentavam a alegria do povo da região, pelos cenários fáceis que lhe caíam às mãos.

No entanto, o Cristo era a atração principal, era o fenômeno do espírito, como luz divina a atrair sofredores, mesmo na inconsciência, como falenas hipnotizadas pela claridade. Mesmo no seio dessa ignorância, onde poucos, lembravam-se da realidade espiritual, os ventos carregavam o bem-estar de que a esperança se faz portadora.



Na verdade, podemos dizer que era uma festividade que se assegurava na fé que, se não alcançara o transportar de montanhas, firmara, por algum tempo, muita alegria. Quem pudesse olhar de longe notaria um homem de porte elegante, mas simples, passando, apressado, no meio da multidão, sem que o intenso movimento o atraísse.

O Espírito desencarnado

O transe da morte é sempre um estado de crise para qualquer indivíduo, variando conforme o adiantamento moral de cada um. Daí a passagem do estado da matéria para a vida espiritual acarretar uma espécie de perturbação mais ou menos longa, até que se quebrem todos os elos entre o Espírito e sua organização física.

Essa crise é um fenômeno natural. Pensemos na hipótese de alguém ter de mudar, abruptamente, do Nordeste brasileiro para um país europeu ou vice-versa. A mudança repentina implicaria em um distúrbio tal no indivíduo, que este levaria algum tempo para se descondicionar do ambiente anterior e se adaptar às novas e diferentes condições de vida. Que diremos, então, da morte em que o fenômeno de desagregação do corpo processa uma modificação muito mais violenta?


Além disso, vários fatores intervêm na situação do desencarnado logo após a morte: a idade em que ocorreu a desencarnação (jovem ou idoso?), o tipo de morte (natural ou violenta?), se era apegado ou desprendido dos bens materiais, se tinha bons hábitos ou vícios inveterados, se possuía idéias materialistas ou espiritualistas. Daí a necessidade do adormecimento do Espírito, logo após o desprendimento do corpo físico, para se refazer do transe da morte.

Obsessão

Graças à valiosa contribuição científica do Es­piritismo no laboratório da mediunidade, constatan­do a sobrevivência do ser e o seu intercâmbio com as criaturas terrestres, a obsessão saiu do panteão místi­co para fazer parte do dia-a-dia de todos aqueles que pensam. 

Enfermidade de origem moral, exige tera­pêutica específica radicada na transformação espiri­tual para melhor, de todos aqueles que lhe experi­mentam a incidência. Ocorre, no entanto, como é fácil de prever-se, que essa “psicopatologia”, qual suce­de com outras tantas, sempre apresenta, no paciente que a sofre, graves oposições para o seu tratamento.


Quando, ainda lúcido, o mesmo se recusa a receber a conveniente orientação, e, à medida que se lhe faz mais tenaz, as resistências interiores se expressam mais vigorosas. De um lado, em razão da vaidade pes­soal, para não parecer portador de loucura, particu­larmente porque assim se sente, e, por outro motivo, quando sob os martelos das obsessões, porque o agente do distúrbio cria dificuldades no enfermo, transmitindo-lhe reações violentas, para ser evitado o tratamento especial.

Pensamento, sintonia e energias

O ser humano é um complexo, que pode ser avaliado sobre diferentes visões: científica, religiosa, filosófica, holística, etc. Cada visão tem suas particularidades e abordagens, que enfatizam as “cores” da sua proposta ou linha de pensamento.

No entanto, um ponto de convergência começa a se consolidar como aceito pela maioria das visões: “o componente energético do ser humano”, e as suas interfaces com a natureza e com os outros seres da criação.


Com o desenvolvimento científico e os avanços tecnológicos, cada vez mais se estuda, diagnostica e teoriza sobre energias no complexo humano, como o pensamento emite energias, como se sintoniza e absorve energias do ambiente, etc.

O espiritismo kardecista enfatiza a questão energética do ser humano, colocando o componente energético e suas relações como tão ou mais importante que o componente material (físico, orgânico).

Memória

Para que uma sensação seja notada e incorporada à consciência, é necessário observarmos determinadas condições, tais como: intensidade, duração, e algumas vezes, a observação. Para que se efetue uma percepção, exige-se do fenômeno que a desencadeia uma intensidade compatível com a faixa auditiva, visual, gustativa em questão, para que venhamos a notar-lhe a existência.

Mas se essa intensidade não for seguida de uma duração para que possamos captar detalhes do ocorrido, ou seja, tomar conhecimento mais aprofundado do evento, este não penetra em nossa consciência, a não ser por um esforço de imaginação ao tentar reconstituí-lo.


Ocorre, no entanto, que o Espírito percebe tudo ao seu redor, detendo-se apenas naquilo que lhe interessa, o que se lhe torna consciente ficando gravado em sua intimidade. O que é gravado permanece no campo da consciência por determinado período, recuando para o inconsciente a posteriori, cedendo lugar a outras observações que o Espírito faz em seu constante relacionamento com o meio.

O que está acontecendo com os jovens?

Mais e mais jovens estão sucumbindo às drogas, depressão, e a terríveis atos de violência. O que trouxe essa crise que a geração jovem está encarando? A cabala explica que são os seus desejos que estão em crise, porque não conseguimos mais preenchê-los com as mesmas coisas de sempre.

Enquanto eu sento aqui para ler o jornal, as notícias me assustam novamente. Um adolescente nos Estados Unidos foi a um lindo shopping cheio de pessoas e abriu fogo matando oito pessoas. O que leva uma pessoa jovem com um futuro brilhante pela frente a cometer um ato tão desesperado? Enquanto isso, uma querida sobrinha de um amigo luta pela vida num hospital após engolir um frasco de pílulas numa tentativa de suicídio. Depressão entre os adolescentes alcançou proporções epidêmicas.


O que está acontecendo com os nossos jovens? Não são muito novos para estarem subjugados pelos sentimentos de desespero e desesperança? Há muitos países no mundo onde o desespero seria plausível – Países onde inacreditável sofrimento, pobreza, fome e violência são a realidade diária. Mas muitos desses jovens vêm de casas ricas e amorosas, onde eles têm todas as vantagens que o dinheiro pode comprar.

Serenidade – Ave Luz

Um barco deslizava, ao cair da tarde, nas águas do Lago de Genesaré. Dentro dele, via-se, além do mestiço musculoso que se servia de duas pás à feição de remos, um homem de pequena estatura, envolto em profunda meditação, sem perceber a participação da natureza que tanto admirava, devido ao seu estado de emotividade espiritual naquele momento.

Tal estado o levava a difíceis reajustes nos conceitos que esposara com a vivência de muitos anos como imediato dos rabinos da Galiléia e muita convivência com os de Jerusalém. Várias vezes ministrara ensinamentos nas sinagogas, inspirado nos escritos de Moisés, o chefe espiritual dos judeus.


Tiago (Tiago menor) queria e deveria ser, mais tarde, um dos sacerdotes. No entanto, o destino lhe reservara outro apostolado mais propício, pois a vida nem sempre nos atende nas linhas das nossas aspirações, por não sabermos com exata medida o que mais nos convém.

400.000 acessos! Obrigado Senhor...

Lembro que tudo começou como um sonho em dezembro de 2010 e no primeiro dia de janeiro de 2011 o Blog Harmonia Espiritual publicava sua primeira postagem. As vezes pensamos que tudo aconteceu tão depressa que não deu tempo de compreender todos os desígnios que estão juntos conosco nesse trabalho.

O que importa é que de nossa parte o trabalho vai continuar com todo o amor e carinho que temos dedicado desde seu início. Com certeza o amor é a vitalidade da vida e do Universo, e tudo que realizamos com amor certamente tem um dedo a mais...



Que nosso amado Jesus continue iluminando nossos caminhos e que possamos superar todas as dificuldades que possam surgir ao longo dessa nossa estrada e que ao final do percurso estejamos prontos para o chamado do Mestre.

Que Jesus nos abençoe e nos guie no caminho
harmoniaespiritual.com.br

Memória - Estados vibratórios da Alma

A vida é uma vibração imensa que enche o universo e cujo foco está em Deus. Cada alma, centelha destacada do Foco Divino, torna-se, por sua vez, um foco de vibrações que hão de variar, aumentar de amplitude e intensidade, consoante o grau de elevação do ser. Esse fato pode ser verificado experimentalmente.

Toda alma tem, pois, a sua vibração particular e diferente. O seu movimento próprio, o seu ritmo, é a representação exata do seu poder dinâmico, do seu valor intelectual, da sua elevação moral. Toda a beleza, toda a grandeza do universo vivo se resume na lei das vibrações harmônicas.


As almas que vibram uníssonas reconhecem-se e chamam-se através do espaço. Daí as atrações, as simpatias, a amizade, o amor! Os artistas, os sensitivos, os seres delicadamente harmonizados conhecem essa lei e sentem-lhe os efeitos. A alma superior é uma vibração na posse de todas as suas harmonias.

Cristalização do Espírito

Sinceramente, por mais que me esforce, grande é a minha dificuldade para penetrar os enigmas da cristalização do Espírito em torno de certas situações e sentimentos. Como pode a mente deter-se em determinadas impressões, demorando-se nelas, como se o tempo para ela não caminhasse?

O tempo, para nós, é sempre aquilo que dele fizermos. Lembremo-nos de que as horas são invariáveis no relógio, mas não são sempre as mesmas em nossa mente. Quando felizes, não tomamos conhecimento dos minutos.



Satisfazendo aos nossos ideais ou interesses mais íntimos, os dias voam céleres, ao passo que, em companhia do sofrimento e da apreensão, temos a idéia de que o tempo está inexoravelmente parado. E quando não nos esforçamos por superar a câmara lenta da angústia, a ideia aflitiva ou obcecante nos corrói a vida mental, levando-nos à fixação.

Simbiose espiritual

1. Sustento do princípio inteligente: O princípio inteligente, que exercitara a projeção de impulsos mentais fragmentários para nutrir-se durante largas eras, alçado ao Plano Espiritual, na condição de consciência humana desencarnada, começa a plasmar novos meios de exteriorização, em favor do Sustento próprio.


No mundo das plantas, com o parênquima clorofiliano, aprendeu a decifrar os segredos da fotossíntese, absorvendo energia luminosa para elaborar as matérias orgânicas, e lançando de si os gases essenciais que contribuem para o equilíbrio da atmosfera. No domínio de certas bactérias, inteirou-se dos processos da quimiossíntese, aproveitando a energia química haurida na oxidação de corpos minerais.


Entre os seres superiores, consagrou-se à biossíntese, em novo câmbio de substâncias nos vários períodos da experiência física, para garantir a segurança própria, sob o ponto de vista material e energético.

Habituado aos fenômenos do anabolismo, na incorporação dos elementos de que se nutre, e do catabolismo, na desassimilação respectiva, automatiza-se lhe a existência, em metamorfose contínua das forças que lhe alcançam a máquina fisiológica, através dos alimentos necessários à restauração constante das células e ao equilíbrio dos reguladores orgânicos.

O Princípio Inteligente

A alma pareceria assim ter sido o princípio inteligente dos seres inferiores da criação? Não dissemos que tudo se encadeia na natureza e tende a unidade? É nesses seres, que estais longe de conhecer totalmente, que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e ensaia para a vida, como dissemos. É, de alguma sorte, um trabalho preparatório, como a germinação, em seguida ao qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se toma Espírito. (O Livro dos Espíritos - Allan Kardec - pergunta 607)


No plano da criação divina, podemos admitir o fluido universal como elemento formador da matéria condensada e semi-condensada, tal como os mundos, os corpos dos seres vivos, a parte perispiritual dos seres, o duplo etérico, o fluido vital. Mas cada um desses elementos oriundos do fluido universal, caracterizado como material ou semi-material, sofre as modificações inerentes à matéria, que vão desde as transformações físicas e químicas até a desagregação com conseqüente retorno à fonte que lhes deu origem.


O Espírito, dotado de instinto, inteligência, pensamento, abstração, sentimentos, emoções não poderia possuir as características materiais, sob pena de voltar ao todo universal sem a manutenção de sua individualidade, o que seria inglório para ele, e medíocre como plano traçado por quem detém a sabedoria suprema. Tal pensamento leva-nos a crer, que o princípio inteligente deve ter sido criado distintamente do princípio material, como se ambos fossem de essências diferentes, que deveriam unir-se para aperfeiçoamento conjunto.

O problema do Ser

O primeiro problema que se apresenta ao pensamento é o do próprio pensamento, ou, antes, do ser pensante. É isto, para todos nós, assunto capital, que domina todos os outros e cuja solução nos reconduz às próprias origens da vida e do universo.


Qual a natureza da nossa personalidade? Comporta um elemento suscetível de sobreviver à morte? A essa questão estão afetas todas as apreensões, todas as esperanças da humanidade. O problema do ser e o problema da alma fundem-se num só. É a alma que fornece ao homem o seu princípio de vida e movimento.


A alma humana é uma vontade livre e soberana, é a unidade consciente que domina todos os atributos, todas as funções, todos os elementos materiais do ser, como a Alma divina domina, coordena e liga todas as partes do universo para harmonizá-las. A alma é imortal, porque o nada não existe e coisa alguma pode ser aniquilada, nenhuma individualidade pode deixar de ser.

Animalização da matéria

Os elementos químicos que formam os corpos brutos e os seres vivos são os mesmos. No entanto, nos seres orgânicos, esses elementos adquirem propriedades específicas, que lhes são conferidas pela maneira como se combinam e se organizam para gerar a vida.


Os corpos orgânicos são dotados de FLUIDO VITAL, o qual se desenvolve em virtude de sua organização íntima, possibilitando a exteriorização deste, latente na matéria, enquanto tais condições de ordenação molecular não se estabelecem em definições precisas. É por esta razão, que o homem mesmo sabendo a composição química dos seres vivos mais simples, não consegue através da união dos elementos formadores, fabricá-los em laboratório.


Seria necessário unir tais elementos ao fluido vital, para animá-los e fornecer lhes vitalidade, personalidade, pois este fluido ainda sofre variações em essência e quantidade segundo as espécies a que animaliza. Observa-se, portanto, seres de uma mesma espécie, com maior saturação fluídica, enquanto outros mostram-se mais apáticos, em virtude da deficiente cota fluídica em movimento pelos órgãos, não permitir uma aceleração típica do dinamismo gerador da vida saudável.

Licantropia

Compilado do livro Libertação de
André Luiz (espírito) e Francisco Xavier

A frente de vasta tribuna vazia e sob as galerias laterais abarrotadas de povo, compacta multidão se amontoava, irreverente. Alguns minutos decorreram, desagradáveis e pesados, quando absorvente vozerio se fez ouvido: Os magistrados! Os magistrados! Lugar! Lugar para os sacerdotes da justiça!


Procurei a paisagem exterior, curiosamente, tanto quanto me era possível, e vi que funcionários rigorosamente trajados à moda dos lictores da Roma antiga, carregando a simbólica machadinha (fasces) ao ombro, avançavam, ladeados por servidores que sobraçavam grandes tochas a lhes clarearem o caminho.


Penetraram o átrio em passos rítmicos e, depois deles, sete andores, sustentados por dignitários diversos daquela corte brutalizada, traziam os juízes, esquisitamente ataviados. Que solenidade religiosa era aquela? As poltronas suspensas eram, em tudo, idênticas à sédia gestatória das cerimônias papalinas.